Leia isso se você está cansado de quebrar negócios

Se você quer parar de quebrar negócios, confira o que eu deixei e comecei a fazer para chegar até aqui!

6 de novembro de 2024 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)


Muitas pessoas já tentaram abrir diferentes empresas, mas nunca alcançaram o sucesso de fato. Então, se você está cansado de quebrar negócios, hoje vou compartilhar algumas dicas que podem ajudar!

Inclusive, passei por isso durante muito tempo. Quebrei vários negócios, abandonei outros pelo caminho, mas consegui reverter essa situação e vou explicar o que fiz para mudar isso!

Sócios na hora de empreender

Normalmente, quando eu tinha uma ideia de negócio, sempre recorria à mesma pessoa. Era aquele amigo que estava sempre disposto a me ajudar e que topava qualquer iniciativa ao meu lado.

Porém, essa é uma abordagem bem amadora. Afinal, estamos falando de uma pessoa que não tem experiência específica no nicho, que gosta de você, e que, naturalmente, tende a concordar com suas ideias e preferências. Com isso, ela pode não conseguir apontar as falhas e os pontos de melhoria necessários para o negócio.

Se você quer empreender e alcançar o sucesso, o ideal é buscar alguém que tenha expertise na área. Alguém que possa agregar tecnicamente e que entenda do setor. Se esse perfil for de um amigo seu, ótimo! Mas se não, talvez seja melhor deixar de lado a proximidade pessoal e focar em quem realmente vai contribuir para o crescimento do negócio.

Pense bem

Todos os dias, recebo comentários de pessoas dizendo: ‘tive uma ideia genial!’ Mas, quando elas compartilham, muitas vezes é uma ideia que simplesmente não faz sentido. E o argumento que escuto é: ‘ninguém está fazendo isso.’ E, de fato, não está, mas provavelmente porque é uma ideia ruim.

Isso não significa que você é um visionário, mas sim que talvez não haja mercado para a ideia. Então, pense bem antes de se apegar ao projeto. Busque referências, procure pessoas que já fizeram algo semelhante e aprenda com a experiência delas.

Se você está simplificando um processo já existente, as chances de sucesso são muito maiores. Agora, se a ideia é completamente nova, o caminho pode ser mais longo e você precisará de tempo para entender se ela realmente funciona.

Portanto, reflita, converse com pessoas de fora do seu círculo e não só com seus amigos. Procure entender o que as pessoas realmente precisam. Muitas vezes, uma ideia mais simples pode ter mais chances de sucesso.

Não tente abraçar o mundo

Algumas pessoas estão sempre trocando de negócio. A cada três meses, se apaixonam por uma nova ‘solução para o mundo.’ Passam alguns meses, e pronto: já encontraram outra coisa que, para elas, é a resposta definitiva.

Mas, desse jeito, fica impossível ter sucesso. Para fazer um negócio dar certo, é preciso escolher algo, estudar o mercado e se comprometer até o fim. Sem essa consistência, as chances de êxito são praticamente nulas.

Há um exemplo famoso de alguém que conseguiu prosperar nessa abordagem de vender o que está em alta: João Apolinário, dono da Polishop. Ele aprendeu a vender qualquer coisa, para o grande público, sempre focando nas pessoas que buscam a ‘última novidade do mercado.’

Se você acha que todo dia surge uma nova forma de enriquecer rápido com algo em tendência, saiba que esse caminho costuma levar ao fracasso. Muitos empreendedores tentaram isso e só tiveram sucesso quando decidiram se dedicar a um produto ou mercado específico.

Analise os concorrentes

É fundamental conhecer e estudar a concorrência para evitar erros que podem levar o negócio a fracassar. Esse conhecimento pode revelar insights valiosos sobre o que funciona e como se destacar. Para ilustrar, vou compartilhar uma história que acompanhei de perto.

Há algum tempo, quando morava em um bairro de alto padrão, vi um empreendedor abrir uma loja em frente a um prédio comercial. Era um local estratégico: na esquina de cima, havia uma das padarias mais caras da cidade; na de baixo, outra padaria grande e renomada. O ponto dele ficava exatamente no meio das duas.

Quando perguntei sobre a escolha do local, ele explicou que não venderia pão como as padarias; ele ofereceria apenas biscoito e pão de queijo — produtos que tinham grande aceitação por ali. E, claro, tinha café também!

A grande sacada foi que ele mantinha o pão de queijo e o biscoito sempre quentinhos e prontos, com custo mais acessível e atendimento rápido, enquanto as padarias exigiam filas e uso de comanda, o que atrasava a experiência dos clientes.

Em questão de seis meses, ele conseguiu construir uma loja bem bonita, melhorou o ambiente e foi incluindo um item de cada vez no cardápio. No final, ele alcançou um ponto de equilíbrio com cerca de dez produtos, incluindo o popular pão na chapa, e até hoje mantém essa simplicidade.

Ou seja, ele conseguiu prosperar entre duas das maiores padarias da cidade com um cardápio enxuto e bem executado. Sem inovar radicalmente, sem vender pela metade do preço, e sem estratégias revolucionárias: ele ofereceu algo básico, feito com qualidade e focado em ganhar com poucos, mas bem-sucedidos produtos.

Produtos baratos ou caros?

Outro ponto importante: se já existe alguém vendendo o produto que você quer, e por um preço muito baixo, eu particularmente não entraria nesse mercado. A margem de lucro é muito pequena para compensar o esforço.

Sempre que começo em um novo mercado, busco os segmentos mais caros. É muito mais prático vender para 10 clientes com maior poder aquisitivo do que para 1.000 com orçamento apertado.

Quando entrei no mercado de sapatos, por exemplo, comecei com um produto de R$2 mil. Talvez você pense que não vendeu, mas, na verdade, esgotou rapidamente. Focamos na máxima qualidade, quase artesanal, e isso atraiu o público disposto a pagar.

Quer entender melhor as estratégias para parar de quebrar negócios e ouvir mais sobre essas histórias? Assista ao vídeo completo!

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