19 de setembro de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)
Nos últimos anos, um fenômeno curioso tem chamado atenção: cada vez mais pessoas ricas estão abandonando a ostentação. Essas pessoas estão abandonando os carros de luxo, relógios caríssimos e roupas de grife, para adotar uma postura mais discreta. Mas o que está por trás dessa mudança?
Antes, os chamados old money (famílias ricas há gerações), prezavam pela discrição. Eles vestiam roupas elegantes, mas sem logomarcas, levavam uma vida sofisticada, mas sem exageros ostensivos. Esse estilo sempre contrastou com o chamado novo rico, que fazia questão de mostrar conquistas materiais: carros, mansões, joias.
No entanto, esse visual minimalista e refinado acabou virando moda. E por isso, hoje em dia, qualquer pessoa encontra roupas no estilo old money na Shein ou em lojas populares. A estética que antes era símbolo da elite, tornou-se acessível.
E aí, o que a maioria diz é que os “old moneys” se sentiram ofendidos com isso e por isso, estão migrando.
Veja também: Herdeiros mais ricos do mundo: saiba quem eles são
O preconceito contra os novos ricos
No Brasil, a mobilidade social é um desafio enorme. Crescer financeiramente exige esforço, resiliência e anos de trabalho duro. Por isso, deveríamos admirar mais quem conquista tudo do zero, e não apenas quem nasceu em berço de ouro.
Nunca vi muito sentido nas pessoas que criticam os “novos ricos”, apenas porque eles não tem o mesmo gosto estético que as pessoas ricas de berço. Essa pessoa teve que se esforçar muito pra chegar até ali e eu acho super válido que ela ostente o carro ou a mansão que conseguiu conseguiu conquistar com o próprio suor.
Mas, infelizmente, ainda existe uma glamourização da herança. É como se riqueza herdada fosse mais “nobre” do que a construída. Essa lógica, ao menos do meu ponto de vista, é totalmente distorcida. Conquistar uma vida melhor deveria ser motivo de orgulho, não de crítica.
O novo modelo de ostentação
Se antes ostentar era exibir objetos, agora a moda é exibir o estilo de vida. Entramos na era do wellness. A cultura do bem-estar é o novo luxo.
Postar stories tomando sol às 10h da manhã em plena segunda-feira. Mostrar o café da manhã saudável e perfeitamente preparado. Ter uma rotina de treinos no meio da tarde, sugerindo liberdade financeira e de tempo.
Tudo isso sinaliza: “eu não apenas tenho dinheiro, eu tenho tempo“. E tempo, como sabemos, é um luxo que muita gente não pode comprar.
Mas essa tendência traz um problema: ela impõe novos padrões inalcançáveis para a maioria. Quem trabalha em horário comercial, enfrenta transporte lotado e luta para pagar as contas dificilmente terá como replicar esse estilo de vida.
Confira: 5 ativos para conquistar a liberdade financeira
Os riscos da aparência estética
Esse novo modelo de ostentação também cria pressões perigosas. Agora, não basta ter um carro bonito ou uma bolsa de grife. É preciso ter o corpo perfeito, uma alimentação impecável, rotina equilibrada e ainda aparentar tranquilidade.
Na prática, isso faz muita gente se sentir insuficiente, como se a vida real fosse sempre “menos” do que deveria ser. E, para tentar alcançar essa aparência de bem-estar, muitas pessoas recorrem a dietas extremas, remédios para emagrecer ou treinos exagerados, tudo para caber em um padrão irreal.
Não compare sua vida com a dos outros
Tudo isso me deixou bem preocupado, sinceramente e por isso eu decidi criar esse conteúdo. Hoje, meu convite é pra te convidar a não entrar nisso. Comparar-se o tempo todo com a vida perfeita que vemos nas redes sociais é a receita perfeita para frustração. A verdade é que boa parte desse conteúdo serve para vender algo: suplementos, cursos, remédios, estilos de vida.
Em vez de cair nessa armadilha, busque uma vida saudável e equilibrada dentro da sua realidade. Trabalhe, cuide da saúde, invista no seu futuro, mas sem transformar sua rotina em um palco para os outros.
Afinal, viver bem é muito mais sobre ser do que sobre parecer. Não consuma quem tenta te provar o tempo todo que você vive errado. Acho que esse é o ponto. Se você segue pessoas assim, o meu conselho é pra que deixe de seguir.
Viva sua vida da maneira mais saudável que você conseguir, aproveite seu tempo livre e não se deixe cair nessas armadilhas.
Quer entender melhor sobre isso que falei aqui? Então, assista ao vídeo completo!
E se você quer aprender a investir, ter uma vida equilibrada e sem sufocos financeiros, te convido a conhecer a AUVP, que é nossa escola de investimentos. Faça a sua análise de perfil e se você receber aprovação, além de utilizar um sistema inteligente para a gestão de seus ativos, você vai aprender a investir no Brasil e no mundo inteiro.
E para ficar por dentro das principais informações do mercado financeiro, acompanhe os conteúdos do canal @investidorsardinha e do perfil @oraulsena no Instagram.
- Leia também: O que os 1% mais ricos do mundo fizeram?