27 de setembro de 2024 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)
Recessão técnica é um termo utilizado no mercado para descrever uma situação econômica específica, marcada por um retrocesso na economia. Ela ocorre quando há uma redução generalizada da atividade econômica em diversos setores. Quando o Produto Interno Bruto (PIB) registra queda, essa situação é classificada como um período de recessão.
Contudo, quando essa queda se estende por dois ou mais trimestres consecutivos, chamamos de recessão técnica. Essa definição surge a partir da comparação dos trimestres atuais com os anteriores no mesmo ano. Em resumo, o país atravessa um período de desaceleração, com redução na produção de bens e serviços, além de menor circulação de dinheiro.
Como a recessão técnica afeta seus investimentos?
Atualmente, o Brasil não se encontra em recessão técnica. No entanto, os economistas têm observado sinais de desaceleração econômica, o que tem levantado preocupações a respeito.
Ao contrário do que algumas corretoras podem sugerir, não há uma estratégia específica para lidar com um período de recessão técnica. O que você deve fazer, independentemente do cenário econômico, é manter uma carteira de investimentos diversificada e bem estruturada.
Não se deixe levar por narrativas alarmistas. A economia pode apenas desacelerar, mas isso não exige nenhuma mudança drástica na sua estratégia de investimentos.
Durante esses períodos de recessão, algumas empresas podem ser mais afetadas que outras, especialmente no setor industrial. Como resultado, as ações dessas empresas podem ficar “descontadas”, com preços mais baixos do que o valor real, o que pode ser uma boa oportunidade de compra para quem busca ativos com potencial de valorização.
Rebalanceamento
Se você já possui empresas do setor industrial em sua carteira, durante uma recessão, é provável que elas percam valor e passem a ocupar uma parcela menor do portfólio.
Ao perceber esse movimento, é essencial realizar o rebalanceamento dos seus investimentos. Ou seja, redistribuir seu capital de forma a manter a proporção desejada entre os diferentes ativos da carteira. Essa prática é fundamental para ajustar seus investimentos às suas metas de longo prazo, além de permitir que você aproveite as oportunidades de compra em momentos de baixa.
Tenha um planejamento
Você pode aplicar a técnica de rebalanceamento em toda a sua carteira de investimentos. Para isso, é essencial definir, de acordo com seus objetivos, quanto do seu patrimônio será alocado em cada ativo.
Ações nacionais, internacionais, fundos imobiliários, REITs, criptomoedas e renda fixa são exemplos de ativos que podem compor sua carteira. A decisão sobre em quais investir e qual porcentagem destinar para cada um depende tanto dos seus objetivos quanto do seu perfil de investidor.
Ter clareza sobre essas metas é fundamental. Na AUVP, por exemplo, temos um sistema exclusivo para nossos alunos que facilita esse processo em poucos cliques.
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