11 de novembro de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)
Se você tem R$ 50.000 para investir, pode estar se perguntando: “Como devo montar minha carteira de investimentos?” Hoje, vou mostrar como organizaria esse valor, criando três perfis distintos: conservador, moderado e agressivo.
Antes de mais nada, vale lembrar que essas classificações não têm nada a ver com a sua personalidade ou estilo de vida. O que realmente importa é sua idade e o tempo que você tem para investir. Quanto mais jovem, maior pode ser a sua tolerância ao risco. Mas atenção: “maior tolerância” não significa “obrigação de ser agressivo”.
Cada carteira tem características diferentes: quanto mais risco, maior a volatilidade, mas também maior a expectativa de rentabilidade no longo prazo. Isso não garante que você sempre vai lucrar, mas aumenta o potencial de retorno.
Veja também: 3 truques comprovados para sair na frente dos outros investidores
Perfil Conservador
O investidor conservador prioriza segurança e estabilidade, buscando crescimento gradual do patrimônio. Para quem está começando ou tem mais idade, a exposição a riscos deve ser limitada.
Aqui está um exemplo de distribuição para uma carteira conservadora com R$ 50.000:
Renda fixa (85%)
- 50% em caixa, via CDI, Tesouro Selic ou CDB de liquidez diária, garantindo acesso rápido ao dinheiro.
- 30% em títulos atrelados à inflação (IPCA), protegendo o poder de compra.
- 20% em títulos pré-fixados, para aumentar a rentabilidade sem comprometer a segurança.
Renda variável (15%)
- 5% em ações pagadoras de dividendos, em setores estáveis como bancos, energia e seguradoras.
- 5% em fundos imobiliários, divididos entre logística, shoppings e fundos híbridos.
- 5% em ETFs internacionais, para diversificação geográfica, incluindo mercados desenvolvidos (ex.: S&P 500) e ouro como proteção em crises.
Essa carteira vai garantir que você durma tranquilo, pois não terá grandes oscilações e já oferece uma diversificação internacional mínima.
Perfil Moderado
O investidor moderado busca um equilíbrio entre segurança e crescimento, aceitando um pouco mais de risco:
Renda fixa diminui para 60%. Assim é possível abrir espaço para ativos mais agressivos.
Renda variável aumenta:
- 17% em ações, incluindo empresas sólidas e algumas mais arrojadas, como Klabin e Weg.
- 10% em fundos imobiliários.
- 10% em ETFs internacionais.
- 3% em Bitcoin, suficiente para buscar retorno significativo em anos positivos, mas limitado para proteger contra quedas.
Essa carteira é ideal para quem já tem alguma experiência com investimentos e ainda tem tempo de crescimento à frente.
Perfil Agressivo
O investidor agressivo aceita maior risco para potencializar retornos:
- Renda fixa (45%) mantém proteção, mas é o menor percentual entre os perfis.
- Renda variável aumenta para 30%, com maior exposição à ações sólidas e algumas mais arrojadas.
- Internacional sobe para 15%, incluindo mercados emergentes.
- Fundos imobiliários permanecem em 5%.
- Criptomoedas aumentam para 5%, permitindo maior aproveitamento de tendências de valorização.
Mesmo sendo agressiva, essa carteira não chega a se basear 100% em renda variável, pois o Brasil ainda apresenta alta volatilidade. A ideia é equilibrar risco e retorno sem comprometer a estabilidade da carteira.
Ponto de partida
Não existe uma “receita pronta” que funcione para todos. A base apresentada aqui é apenas um ponto de partida. O ideal é estudar e compreender os ativos para ajustar a carteira ao seu perfil e acompanhar o mercado.
Com conhecimento e dedicação, mesmo R$ 50.000 podem render significativamente ao longo do tempo. A chave é diversificar, entender seus objetivos e manter disciplina.
Quer entender mais detalhadamente como eu estruturaria essas carteiras? Então, assista ao vídeo em que falo melhor sobre!
E se você quer aprender a fazer isso, mas não sabe como começar, indico que você conheça a AUVP, que é nossa escola de investimentos. Faça a sua análise de perfil e se você receber aprovação, além de utilizar um sistema inteligente para a gestão de seus ativos, você vai aprender a investir no Brasil e no mundo inteiro.

E para ficar por dentro das principais informações do mercado financeiro, acompanhe os conteúdos do canal @investidorsardinha e do perfil @oraulsena no Instagram.
Leia também: 5 investimentos que PARECEM bons, mas na verdade são podres