3 de novembro de 2021 - por Pedro Martoly
Após uma avaliação, o Banco Central (BC) decidiu aumentar a Selic para uma quantidade superior ao ajuste de percentual que aderiu. Essa informação foi revelada hoje (03) pela ata do Comitê de Política Monetária (Copom).
O colegiado também acredita que o andamento aderido é capaz de levar a inflação ao objetivo no ano que vem. Contudo, deve ser ponderado o custo terminal com a diferença.
Segundo o Banco Central, a meta é praticar o desapontamento da queda do ponto de vista das contas públicas. Isso foi o que aconteceu depois de o governo apontar a vontade de se esquivar da norma do teto de gastos para partilhar um benefício de ao menos R$400 no campo do novo Bolsa Família, conhecido agora como Auxílio Brasil.
As considerações levadas pelo Copom
De acordo com a ata do Comitê de Política Monetária, também foi levado em conta as situações já em andamento com ajustes superiores a 1,50 ponto percentual. Porém, a consideração de destaque foi para percursos difíceis da política monetária com percursos de 1,50 ponto percentual.
Sendo assim, vale ressaltar custos terminais distintos que são plausíveis na situação atual com a inflação indo em contrapartida para o objetivo do ano que vem. Por isso, inclui também neste momento a sincronização no balanço de riscos.
Situação fiscal
O Banco Central revelou que os aprimoramentos das situações fiscais provocam o aumento do risco de aumentar ainda mais as previsões para a inflação no cenário comum. Portanto, esse método é superior ao que era tido no passado.
Ainda segundo o BC, o resultado disso foi a conclusão do Copom que o nível ideal de aperto do capital é consideravelmente um método de controlar o mercado econômico acelerado e conter situações de inflação e a circulação de dinheiro, por exemplo.
Por isso, essa atitude contracionista auxilia a seguir intensamente nas atividades de colocar a Selic em um nível que desacelera a economia para ser capaz de combater a inflação.
Combinação do BC e do Copom
O Banco Central (BC) contou ainda pela ata que na última reunião com o Comitê de Política Monetária houve um crescimento significativo dos valores estrangeiros de commodities energéticas. Portanto, isso gerou o efeito inflação aumentado por conta da desvalorização do real.
De acordo com o BC, essa junção foi o principal motivo para o acréscimo das previsões referentes à inflação do Copom para esse ano e também para 2022.
Além disso, o Comitê de Política Monetária apontou que em meio a este período surgem muitos impactos entre os valores das commodities em notas brasileiras que afetam de forma direta a inflação de 2022. Ou seja, cresce as chances de alterações nos valores, de acordo com as previsões.
Acréscimos significativos na Selic
O Banco Central elevou 1,5 ponto percentual na Selic na última semana devido à situação fiscal. Com isso, o patamar foi para 7,75% ao ano, sendo que antes estava em 6,25%. O objetivo era controlar as altas ameaças da inflação.
Vale lembrar que esse foi o maior aumento na taxa básica de juros desde o mês de dezembro em 2002. Nessa época, teve um avanço de 3 pontos da Selic chegando a 25% ao ano. Esse foi um reflexo da dissolução do mercado financeiro e o estouro do preço dólar por preocupações relacionadas à eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além disso, já foi revelado que está previsto para a reunião seguinte um acréscimo de 1,5 ponto percentual da Selic. Esse encontro deve acontecer entre os dias 7 e 8 de dezembro deste ano.
IPCA
Já no caso do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também é esperado um aumento. Sendo assim, saindo de 3,7% e indo para 4,1%. A meta era de 3,5% com margem de flexibilização de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Ainda para 2021, o Banco Central estima uma inflação de 9,5%. Atualmente, está em 8,5%. Já para 2023 é esperado uma elevação de 3,1%.
Segundo economistas do mercado financeiro, a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é ainda pior, chegando a 9,7% em 2021. Para o próximo ano a projeção é de 4,55% e em 2023 chega a 3,27%.
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