23 de junho de 2022 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)
Não só de lucros e dividendos vive o investidor. Quem investe com consciência, pro longo prazo, sabe que o mercado é feito de altos e baixos – e não sofre com isto. O “Na Reta” deste mês é a prova de que, mesmo depois de perder R$ 427 mil na carteira do canal, é perfeitamente possível botar um sorrisão na cara.
Pra quem ainda não conhece o “Na Reta”, trata-se de um quadro onde, mensalmente, eu mostro como anda a carteira pública do canal Investidor Sardinha. Ou seja, literalmente, o meu fica na reta, pra todo mundo ver, criticar e, principalmente, aprender.
A série começou em fevereiro de 2019 e, hoje, já estamos no episódio 38. Mas, desta vez, a pancada foi forte. E muito, claro, em função da recente derrocada do bitcoin.
Apenas em 2022, nossa carteira “perdeu” – desvalorizou é a palavra certa – a bagatela de R$ 427 mil. Considerando apenas o mês de junho (1º a 21/6), o recuo foi de R$ 111.388,31.
Com isso, temos um saldo bruto, hoje, de R$ 2.065.269,57 investidos.
Rentabilidade da carteira do canal
Embora os números possam, à primeira vista, parecer assustadores, um olhar mais apurado revela outro cenário. Nos últimos 24 meses, a carteira apresentou rendimento de 42,43%.
Considerando todo o período, desde o início da série, o resultado está positivo em 129,34%. Ou seja, temos a certeza de que estamos, sempre, tomando as decisões certas.
Mantenha a cabeça no lugar
Antes de tudo, o essencial é compreender que o mercado é feito de oscilações. Ou seja, renda variável varia.
Logo, precisamos manter a cabeça no lugar e continuar a fazer os aportes regulares normalmente, seja na alta ou na baixa. Sempre com sabedoria e, mais importante, serenidade.
Não por acaso, eu fiz questão de comentar este momento delicado da carteira do canal, antes mesmo do encerramento do mês. Quis aproveitar o olho do furação, logo após a alta da Selic e a queda livre do bitcoin.
Afinal, não é qualquer um que dá a cara a tapa, sem qualquer ressalva, com quase meio milhão de “perda”.
A ideia é, exatamente, a de mostrar como o mundo real funciona, justamente neste momento de maior revés – até agora – na carteira do canal.
Dito isso, vamos conferir como anda nossa diversificação.
Diversificação da carteira
Qualquer investidor inteligente sabe que é primordial manter uma boa diversificação dos investimentos, com base em uma estratégia sólida. É isso que garante a segurança e a resiliência da carteira.
Pensando nisso, o formato “ideal” da nossa carteira seria, hoje, o seguinte:
- 45% Renda Variável (ações, ETFs e FIIs)
- 20% Renda Variável (Exterior)
- 20% Renda Fixa
- 15% Criptos
Entretanto, dificilmente conseguiremos, na prática, manter os percentuais perfeitamente distribuídos. Apesar disto, estamos bem perto do alvo, com:
- 53% Renda Variável (ações, ETFs e FIIs)
- 18% Renda Variável (Exterior)
- 16% Renda Fixa
- 12% Criptos
Aporte de R$ 200 mil na carteira do canal
Seguindo nossa fiel premissa de sempre aportar, todos os meses, investimos mais R$ 200 mil neste mês de junho.
Entre os ativos contemplados está, claro, o bitcoin. Afinal, jamais deixaremos de aproveitar boas oportunidades, quando elas pintam bem na nossa cara.
Em momentos de forte queda, como este em que estamos, a atitude mais correta é botar a mão no bolso. Sem dó nem medinho!
Compras do mês
Sem mais blá-blá-blá, confira os ativos em que entramos ou aumentamos nossa posição, em junho:
Ações no Brasil
- Itaúsa (ITSA4): R$ 43.250,00
- Ambev (ABEV3): R$ 25.780,00
- Weg (WEGE3): R$ 23.030,00
- B3 (B3SA3): R$ 22.700,00
Renda Fixa
- CDB (16,11%): R$ 10.000,00
Fundos Imobiliários (FIIs)
- Kinea Renda Imobiliaria (KNRI11): R$ 26.180,00
Criptos
- Bitcoin (BTC): R$ 49.586,21
Diagrama do Cerrado na carteira do canal
Para fazer a distribuição correta dos ativos, a gente sempre utiliza o Diagrama do Cerrado.
A ferramenta, disponível para os alunos da escola de investimentos UVP (Única Verdade Possível), ajuda o investidor a tomar a decisão certa na hora de fazer os aportes.
Para isso, o Diagrama utiliza um sistema que categoriza os ativos, de acordo com fatores de risco preestabelecidos, e indica o peso correto (%) que cada um deve ter na carteira. Uma mão na roda, não?
Para conhecer mais detalhes sobre a ferramenta, bem como minha visão sobre o momento atual da Bolsa de Valores e do bitcoin, assista ao vídeo abaixo, que publiquei no canal Investidor Sardinha.
E aí? Gostou de ver o meu na reta? Então, vem comigo!
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