16 de março de 2023 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)
O seguro de vida ainda é um tipo de seguro mantido por uma pequena minoria da população. Apesar de pouco comum, trata-se de uma proteção que eu considero importante, mas não para todo mundo. Hoje, eu vou te mostrar as principais vantagens e desvantagens do seguro de vida. Você vai entender se, de fato, vale a pena fazer e quanto custa um seguro de vida.
Pra quem o seguro de vida é indicado?
Na minha modesta opinião, qualquer pessoa com um bom salário – digamos, acima de R$ 7 mil por mês – pode fazer um seguro de vida. Em outras palavras, para quem ganha menos que isso, um seguro com cobertura para invalidez (permanente ou não) pode ficar caro demais.
Além disso, o seguro de vida vale a pena para quem investe mas ainda não atingiu um patrimônio suficiente para cobrir eventuais doenças ou acidentes graves. E, também, pode ser vantajoso para quem tem filhos e dependentes, e não quer deixar essas pessoas desamparadas caso ocorra um sinistro.
Quem não deve fazer um seguro de vida?
Por outro lado, eu não acho o seguro de vida vantajoso para quem já passou dos 45 anos e não tem dependentes. O valor fica muito alto!
Outro público que não deve fazer o seguro, ao meu ver, são as pessoas que já têm um patrimônio grande o suficiente para viver de renda, com um certo conforto. Afinal, quem já está nessa fase da vida consegue lidar, financeiramente, com quase todas as situações adversas.
O que considerar antes de fazer um seguro de vida?
O negócio das seguradoras é “vender seguro”; e não “pagar seguros”. Ou seja, essas empresas vão fazer de tudo para evitar o pagamento do chamado “sinistro” – quando você precisa acionar o seguro. Por isso, fique atento às seguintes dicas:
- Evite as letrinhas pequenas. Muitas seguradoras usam este artifício para se eximir da responsabilidade, caso você venha a precisar do seguro. Leia atentamente o contrato e entenda todos detalhes referentes à cobertura do seu plano.
- Pesquise a empresa no Reclame Aqui e analise os principais motivos de reclamação.
- Evite contratos do tipo “vida inteira” ou com valores astronômicos. Os preços variam muito, mas um plano “completo” pode passar dos R$ 1.500,00 por mês. Ao invés disso, priorize o básico. Ou seja, um plano que te possibilite viver de forma relativamente tranquila caso sofra algum acidente e precise acionar o seguro. Lembre-se: o objetivo do seguro de vida não é te enriquecer.
- Confira se a seguradora oferece o “congelamento de risco” ou alguma cobertura semelhante. Isso garante que seus benefícios vão continuar inalterados, mesmo que sua condição de saúde mude com o tempo.
- Fique atento aos critérios de análise da seguradora. Muitas vezes, a empresa analisa previamente seus exames e sua condição de fumante, por exemplo. E, no futuro, acaba usando essas informações para barrar o pagamento de sinistros. Logo, se você tem muitos problemas de saúde, talvez não seja vantajoso fazer o seguro.
- Fique atento ao reenquadramento etário. Isso pode fazer seu seguro ficar muito mais caro conforme você envelhece.
- Não mantenha um seguro por toda a vida. As seguradoras vão tentar te convencer de que isso vale a pena. Não vale! Tenha um seguro de vida apenas durante o período em que necessitar de cobertura para uma eventual invalidez. Quando atingir um patrimônio suficiente para viver de renda, cancele o plano. Seguro é um produto temporário!
Compensa?
No fim das contas, a decisão de fazer um seguro de vida é muito pessoal. Mas, na minha opinião, só deve ter um seguro quem ainda está na fase de construção de patrimônio. Ainda assim, o valor mensal não pode passar de 20% do seu salário nem inviabilizar os seus investimentos.
Afinal, são os investimentos que te farão enriquecer e ter uma vida tranquila, no futuro. Ou seja, investindo do jeito certo você já garante uma cobertura natural para você e para toda a sua família.
Gostou do conteúdo? Então, não deixe de assistir ao vídeo acima (do canal Investidor Sardinha) em que detalho se vale a pena fazer um seguro de vida.
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