Vale a pena ter plano de saúde ou é melhor juntar o dinheiro?

28 de maio de 2021, por Jaíne Jehniffer

Tempo de leitura médio: 7 min, 25 seg


Muitas pessoas têm dúvida se vale a pena ter plano de saúde ou se é melhor juntar o dinheiro e usar se algum problema de saúde surgir.

A decisão sobre ter ou não um plano de saúde é muito particular e, para decidir, é preciso analisar os preços dos procedimentos médicos, sua situação financeira e os valores dos planos de saúde.

Apesar de falarmos sobre se vale a pena ou não ter um plano de saúde, esse texto não deve ser considerado como uma recomendação para você adquirir um plano de saúde.

Quais são as vantagens em ter um plano de saúde?

Algumas vantagens de ter plano de saúde são:

1- Maior segurança e tranquilidade

Um problema de saúde pode surgir a qualquer momento. Sendo assim, o plano de saúde estará lá para te dar mais segurança – você sabe que, se precisar, vai poder usá-lo. Com isso, poderá levar a vida com mais tranquilidade

2- Praticidade

Com o plano, você tem muito mais facilidade para marcar consultas e exames do que por meio do sistema público de saúde. Muitas operadoras, inclusive, oferecem a praticidade de marcar consultas e exames por aplicativos.

3- Boas acomodações

Outra vantagem dos planos de saúde é que você tem acesso a acomodações bem mais confortáveis do que no sistema público. Dependendo do seu plano, você pode até mesmo ter acomodação em quarto individual.

4- Bons profissionais pelo plano de saúde

O plano possibilita que você seja atendido por bons profissionais. Desse modo, você consegue ser atendido por especialistas na área.

5- Rapidez no atendimento no plano de saúde

Os chamados de emergência são prioridade e podem ser acionados com 24 horas após a contratação do plano. Sendo assim, você não precisa depender do SAMU em caso de urgência e emergência.

6- Redução dos custos

Com o convênio você tem um gasto mensal com saúde, por isso não parece que você está fazendo uma economia. Mas, em casos de emergência, você pode ter gastos médicos muito elevados, especialmente se não tiver um plano. Sendo assim, ter um plano ajuda, sim, na redução de custos com saúde.

7- Possibilidade de trocar de plano

As operadoras têm uma política de portabilidade, de modo que você pode trocar de plano caso o seu convênio atual não esteja atendendo às suas necessidades. Com isso, você consegue ter uma carência zero ou reduzida no novo plano.

8- Atendimento de qualidade pelo plano de saúde

Outro benefício do plano de saúde é o acesso a um atendimento com mais qualidade do que o disponível no sistema público. Se você tiver uma experiência de atendimento ruim, basta prestar uma queixa à operadora.

E as desvantagens?

Algumas desvantagens de ter um plano de saúde são:

1- Demora para marcar a consulta

Uma das grandes desvantagens do plano de saúde é que você pode ter dificuldade para marcar consulta em alguns médicos. Isso porque algumas clínicas e hospitais não veem muitas vantagens em atender pelo plano de saúde. Desse modo, elas acabam empurrando os pacientes do plano para o final da fila.

2- Custo

Anteriormente, eu falei que ter um plano é vantajoso para reduzir custos, e isso é verdade. No entanto, existe a desvantagem de que muitos dos planos têm um valor elevado, o que significa que nem todas as pessoas conseguem contratar um plano de saúde.

Ter ou não um plano de saúde?

A decisão de ter ou não um plano de saúde é muito individual. No entanto, três fatores principais devem ser levados em consideração ao decidir se é melhor ter um convênio ou juntar o dinheiro para usar quando algum problema de saúde surgir.

Primeiramente, é preciso analisar o quanto custam alguns procedimentos, como, por exemplo, as cirurgias. Vamos falar sobre alguns preços de cirurgias, mas é importante lembrar que os preços podem variar de acordo com a região do Brasil.

Além dos custos, é preciso considerar também o valor dos planos de saúde disponíveis no mercado e a sua situação financeira.

1- Custos das cirurgias

Uma cirurgia bariátrica particular custa entre 30 e 50 mil reais. Dessa forma, se você tiver um plano com cobertura total, você não precisa pagar mais nada pela cirurgia. Entretanto, se o convênio for com divisão de custos, a cirurgia custa entre 10 e 20 mil reais.

Já a cirurgia de diabetes tipo 2 custa entre 10 e 20 mil reais com convênio. Contudo, se a cirurgia for particular, você terá que lidar não apenas com o valor da cirurgia mas também com outros custos hospitalares e, no final das contas, a cirurgia vai custar entre 30 e 50 mil reais.

A cirurgia de pedra na vesícula com plano de saúde custa entre 5 e 12 mil reais. Se a cirurgia for particular, vai custar entre 15 e 28 mil reais. As cirurgias de refluxo, com convênio,  custam entre 5 e 12 mil reais. Mas se a cirurgia for particular, custa entre 18 e 30 mil.

Uma cirurgia de endometriose intestinal custa entre 10 e 20 mil com plano de saúde e entre 22 e 50 mil no particular. Já uma cirurgia de hérnia de umbigo custa entre 3 e 8 mil com convênio parcial e entre 9 e 20 mil se for totalmente particular. Uma cirurgia de intestino pode custar entre 10 e 20 mil com plano e entre 28 e 50 mil no particular.

A cirurgia de hemorroida custa entre 5 a 12 mil com convênio parcial e entre 11 e 26 mil de maneira particular. Por fim, se você quiser arcar com os custos de um parto particular, é preciso desembolsar 15 mil somente no parto, fora os outros custos com exames durante a gravidez.

2- Custos dos planos de saúde

Como dito anteriormente, os valores cobrados pelos planos de saúde podem variar conforme a empresa e a região do Brasil. Sendo assim, a média dos planos de saúde com direito a quarto, no Brasil são:

vale a pena ter plano de saúde

Lembrando que essa é apenas uma média e os valores podem variar bastante.

3- Sua situação financeira

Levando em consideração os custos elevados das cirurgias, podemos notar que, se uma família tiver que arcar com uma cirurgia de emergência, ela terá um forte impacto no orçamento familiar.

Se o plano de saúde for parcial, você terá que arcar apenas com parte dos gastos. Contudo, se a cobertura for total, você não terá que pagar mais nada.

Portanto, exceto as famílias que realmente não possuem condição financeira para arcar com um plano de saúde, a prioridade das demais famílias deve ser adquirir um convênio. Essa deve ser uma prioridade, pois a sua saúde deve estar sempre em primeiro lugar, mesmo que você ainda seja jovem.

No entanto, se você não tem renda suficiente para aderir a um plano de saúde, é importante que você tenha um controle financeiro e aumente sua renda.

O controle financeiro serve para que você planeje seus gastos e mantenha suas finanças pessoais sob controle. Por outro lado, aumentar a renda é uma forma de você conseguir pagar um plano de saúde.

Vale a pena ter um plano de saúde?

Levando em consideração os custos elevados dos procedimentos médicos, vale sim a pena ter um plano de saúde, de preferência com cobertura total. Ter um plano de saúde vale mais a pena do que juntar o dinheiro porque é impossível adivinhar quais problemas de saúde você poderá desenvolver.

Desse modo, mesmo que você junte uma alta quantia de dinheiro, dependendo dos problemas o dinheiro não será suficiente. É claro que você pode pagar o plano de saúde durante toda a sua vida e usar pouquíssimas vezes.

Contudo, é melhor ter a consciência tranquila de ter a cobertura do plano do que ser pego de surpresa e ter que arcar com todos os custos. Além disso, se você pagar o plano por anos e nunca utilizar, significa que você conseguiu manter a sua saúde, o que é uma boa notícia.

Além de ter um plano de saúde, é muito importante que você tenha uma reserva de emergência para quando outros tipos de imprevistos surgirem. Enfim, veja o vídeo de Raul Sena, o Investidor Sardinha, e descubra o que fazer se você ainda não pode ter um plano de saúde:

Fontes: Roteiro de Raul Sena, Zelas saúde e Cartão rede sul.