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É o fim do Brasil? Será que é a hora de vender tudo e investir em outro lugar? É sobre isso que vamos falar! Confira aqui!

15 de abril de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)


Enquanto aqui no Brasil estamos tendo uma discussão muito mais voltada aos investimentos internacionais. Temos alguns números muito surpreendentes de investimentos estrangeiros aqui no Brasil. O IED (Investimento Estrangeiro Direto) está relacionado a empresas ou investidores que investem aqui e tem o objetivo de permanecer de forma duradoura.

Sobretudo, são empresas que compram ao menos 10% de uma empresa local. Ou expandam negócios já existem aqui no Brasil. No geral, firmam compromissos de longo prazo.

E temos uma surpresa interessante sobre isso! Em janeiro, entraram US$6,5 bilhões no Brasil, um crescimento de 132% com relação a 2024. Em fevereiro o número subiu para US$9,3 bilhões. Considerando a série histórica, o Brasil recebia entre US$60/70 bilhões anuais. Ou seja, a projeção para esse ano está acima dessa média, em torno de US$73 bilhões.

E tem pessoas que dizem que podemos nos surpreender ainda mais. Afinal, em um cenário cada vez mais instável, com tensões crescentes entre Estados Unidos e China, e um aumento significativo no investimento militar por parte da Europa, o Brasil se destaca por uma característica rara: a neutralidade em conflitos internacionais.

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Benefícios para empresas estrangeiras

O Brasil tem uma posição geopolítica privilegiada. É um país pacífico, que historicamente evita se envolver em guerras e conflitos.

Além disso, somos uma potência agrícola. Alimentamos mais de 1,5 bilhão de pessoas no mundo, o que nos torna essencial para a segurança alimentar global. Isso, por si só, já o torna um país “intocável” em muitos sentidos. Quem ousaria bombardear seu maior fornecedor de comida?

O Brasil também é conhecido por sua receptividade com as empresas estrangeiras. Qualquer nova marca ou produto que queira se estabelecer por aqui, encontra um país aberto para negociação. Inclusive, com incentivo para instalação de fábricas e centros de distribuição.

Diplomacia brasileira

Muitas vezes subestimada, a diplomacia brasileira é extremamente respeitada no cenário internacional. Os diplomatas formados pelo Instituto Rio Branco são referência global e o corpo diplomático brasileiro tem uma boa relação com praticamente todos os países do mundo.

Isso se reflete, por exemplo, no fato de que o passaporte brasileiro é um dos mais aceitos globalmente, mesmo sem grandes restrições.

Atratividade para investidores

Em tempos de incerteza, investidores institucionais buscam segurança e previsibilidade. E, apesar de seus altos e baixos, o Brasil tem se mostrado um porto seguro em comparação com outras regiões ao redor do mundo.

Além disso, o Brasil atrai investimentos sustentáveis por conta de iniciativas como o Fundo Amazônia. Grandes empresas, mesmo aquelas que impactam negativamente o meio ambiente, precisam mostrar algum compromisso com a sustentabilidade. E por isso, investir no Brasil é uma forma prática e rápida que as empresas encontram para fazer isso e aparecer bonito no relatório anual.

Desvalorização do real

Com a desvalorização do real nos últimos anos, investidores estrangeiros enxergam o país como uma oportunidade de “compra na promoção”. Ou seja, o que antes era caro, hoje está acessível. E por isso, muitos fundos estão se reorganizando para comprar ativos brasileiros e justificar esse movimento para seus acionistas.

Durante e após a pandemia, o Brasil surpreendeu com uma recuperação muito mais rápida que muitos países desenvolvidos. A política de juros oscilou agressivamente, mas permitiu que o país saísse da crise com menor endividamento do que o esperado.

Casas de risco como Moody’s, Fitch e S&P têm olhado para o Brasil com mais otimismo, ainda que com ressalvas. Algumas mantêm a nota abaixo do grau de investimento, mas com perspectiva positiva, considerando reformas fiscais e projeções de crescimento do PIB.

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Pra onde está indo o capital estrangeiro?

O continente africano tem ganhado destaque nos últimos anos. Muitos especialistas o enxergam o país como o “Brasil dos anos 1960”, com uma população jovem e em crescimento (algo que o resto do mundo já não tem mais).

Enquanto países como o Brasil devem parar de crescer por volta de 2050, algumas regiões da África vivem um verdadeiro boom populacional, acompanhado de uma enorme carência de infraestrutura básica. É um terreno fértil para investimento.

A Índia também entra nessa equação como a “nova China”. Com um mercado interno gigantesco e avanços tecnológicos, ela tem atraído cada vez mais atenção e recursos de fora.

E o Brasil nisso tudo? E o Brasil segue sendo um destino interessante para o capital estrangeiro. Porque os investidores fogem de regiões com altos riscos geopolíticos, como os EUA em meio a tensões internas, ou a China em atrito com a União Europeia. E, nesse cenário, o Brasil acaba se tornando um refúgio estratégico.

O Brasil vai acabar?

Muita gente olha para o Brasil hoje e pensa: “ferrou, agora vai tudo pro buraco”. Mas será que é assim mesmo? Para o investidor internacional, esses momentos de instabilidade são também momentos de oportunidade.

Sim, o país enfrenta dificuldades. O custo de capital está alto, muitas empresas estão em recuperação judicial e o mercado de trabalho está apertado. Mas, ao mesmo tempo, isso abre espaço para quem está disposto a correr riscos estratégicos. Afinal, os preços estão mais baixos e boas empresas continuam tendo margens de lucro interessantes.

Um ponto importante e até cruel, é entender que o mercado financeiro não sente a crise da mesma forma que o trabalhador comum. Enquanto a inflação corrói o poder de compra das pessoas, muitas empresas conseguem repassar esse aumento nos preços e manter (ou até melhorar) suas margens de lucro.

Nosso país tem empresas centenárias, uma bolsa de valores consolidada e um histórico de resistência a crises muito mais sérias. Empresas como Petrobras, Vale, Bradesco, Itaú, Klabin, entre outras, continuam firmes e muitas delas já passaram por períodos muito piores do que o atual.

A verdade sobre investir no Brasil

Muita gente desanima quando olha o gráfico do Ibovespa dos últimos 15 anos. “A bolsa brasileira só caiu!” é o que algumas pessoas dizem. No entanto, essa análise feita do topo histórico ao fundo mais recente, ignora um ponto essencial: os investidores aportam constantemente, em diversos momentos.

Quem investiu mensalmente entre 2008 e 2009, por exemplo, pegou uma valorização de mais de 100%. Quem começou a investir em 2015 ou 2019 também está colhendo frutos, mesmo com oscilações no meio do caminho.

O segredo está em investir de forma consistente, ficar atento ao preço médio e manter a calma nos momentos de queda. Quer se aprofundar mais no assunto ou em algum dos tópicos que citei aqui? Então, assista ao vídeo completo!

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