2 de junho de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)

Uma série de movimentos feitos pelos durante o governo de Donald Trump vem levantando questionamentos sérios sobre o papel do país no cenário fiscal global. Para autoridades de diversos países, os EUA estão se transformando em um novo paraíso fiscal. Mas o que isso significa, na prática?
Trump chegou a tirar os EUA de acordos internacionais que promoviam a transparência fiscal. Esses acordos ajudavam a trocar informações sobre os verdadeiros donos de empresas registradas em estados como Delaware, conhecido por abrigar muitas offshores. No entanto, sem esses acordos, fica cada vez mais difícil identificar quem realmente está por trás de determinadas operações, o que abre margem tanto para estratégias de elisão fiscal quanto para a ocultação de patrimônio.
Além disso, Trump também retirou os EUA das discussões para a criação de uma convenção da ONU voltada à cooperação tributária internacional. Em resumo, o objetivo é evitar que países disputem investimentos cortando impostos, o que pode causar desequilíbrio na economia global.
Veja também: Fraude fiscal: o que é, como funciona e como evitar?
Um ambiente favorável para bilionários
Com essas medidas, os EUA passou a atrair ainda mais fortunas globais. O raciocínio é simples: se o país é grande, seguro e menos rigoroso com a fiscalização, por que não transferir os ativos para lá?
Essa estratégia fortalece o poder econômico norte-americano. Afinal, atrair ainda mais bilionários e seus interesses para dentro do território nacional significa ganhar força política e econômica nas negociações internacionais.
Fiscalização em baixa
Além de tudo isso que mencionei, a fiscalização sobre práticas de corrupção no exterior também foi praticamente abandonada. Não é que deixou de ser crime, mas eles simplesmente não estão preocupados em investigar.
Na prática, isso tudo aponta para uma política que deixa o dinheiro entrar, mais livremente no país. Ou seja, o foco é em atrair capital estrangeiro a qualquer custo. Para investidores e bilionários, é quase como um convite: traga seu dinheiro e nós prometemos não fazer muitas perguntas. O que fortalece essa ideia de um novo paraíso fiscal.
Imposição de tarifas
Curiosamente, enquanto flexibiliza leis internas, os EUA têm adotado uma postura mais agressiva em relação ao comércio internacional. Tarifas de importação foram aplicadas a diversos países, assustando mercados e promovendo uma espécie de instabilidade proposital.
O resultado? Muitos preferem “estar do lado do imprevisível” do que correr riscos fora do eixo norte-americano. Isso provoca uma migração de capitais para dentro dos EUA, ao mesmo tempo em que transfere o peso de algumas políticas para os cidadãos médios.
Trump aceita qualquer dinheiro
Alguns estados americanos, como Dakota do Sul, já permitem que estrangeiros abram trustes com benefícios fiscais significativos. Ou seja, isso tem sido usado tanto para proteção patrimonial quanto para planejamento sucessório.
Em resumo, tudo isso mostra que os EUA caminham para se tornarem uma verdadeira “mãe” para quem tem dinheiro e deseja investir. Além disso, as barreiras que existiam antes estão sendo derrubadas. Já não importa se você é brasileiro, chileno ou alemão: se você tem capital, os EUA estão prontos para recebê-lo, sem muitas perguntas.
É um movimento controverso. De um lado, beneficia quem quer fugir de regras fiscais rígidas.
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