Centauro S.A
Informações atualizadas em 02/12/2022Avaliação dos usuários
Empresa:
Gestão:
Ticker | CNTO3 |
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Fundador | Sebastião Bomfim Filho |
Presidente da empresa | Pedro de Souza Zemel |
Alavancada? | Sim |
Registra lucro? | Sim |
Histórico de distribuição de dividendos | Por conta de seu IPO recente a Centauro ainda não distribuiu dividendos aos seus acionistas. |
Prêmios | Prêmio Brand Awareness Provokers / Prêmio Época Reclame Aqui |
Participação do Estado | 0% |
Ano de fundação | 1981 |
Ano do IPO | 2019 |
Setor de atuação | Consumo Cíclico |
Recuperação judicial? | Não |
Tamanho da empresa | Small Cap |
Links úteis | |
Principais produtos | Os produtos da empresa são basicamente artigos esportivos. A marca é detentora do direito de preferência de grandes nomes, como Adidas e Pumas. Além disso, possui exclusividade nos produtos oferecidos pela Nike. Além destes aspectos, a empresa possui marcas próprias, sendo elas: Adams (artigos de futebol, basquete e tênis); Nord Outdoor (Camping e Pesca); Oxer (Academia e ginástica, Corrida, Natação, Ciclismo, Surf e Casual); X-Seven (Skate). |
O que a empresa faz?
Com o seu recente IPO em abril de 2019, a Centauro garantiu sua vaga na carteira de vários investidores, incluindo nós do Investidor Sardinha. No entanto, o que chamamos de Centauro nada mais é do que um nome fantasia, administrado por uma Holding chamada Grupo SBF S.A.
O grupo é uma sociedade anônima fechada, que tem como atividade principal Holdings de instituições não financeiras. Este grupo é quem está por trás das operações que detém a marca Centauro como um todo e que, recentemente, adquiriu os direitos sob a Nike no Brasil.
O nome Grupo SBF S.A vem da abreviação das iniciais do fundador da gigante do varejo esportivo, Sebastião Vicente Bomfim Filho, sócio fundador da Centauro. Agora que você já sabe um pouco mais a respeito do cenário por trás da Centauro, vamos falar de fato como o business da companhia funciona.
Bora lá?!
Como a Centauro (CNTO3) atua?
A Centauro, através do Grupo SBF S.A, trabalha unicamente no fornecimento de produtos no segmento do varejo esportivo. Na B3, a empresa está qualificada na segmentação de consumo cíclico, no nicho de comércio através do fornecimento de produtos diversos.
Por meio de suas lojas físicas e online, a companhia oferece seus produtos em uma plataforma completa composta por site, mobile, aplicativo próprio e, até mesmo, um Market Place.
Sem sombras de dúvidas, a Centauro é a maior do varejo esportivo na América Latina e, em termos de reconhecimento, a companhia é top 1 em Brand Awareness (reconhecimento de marca) em seu segmento.
A gigante do varejo esportivo é dona de 5,2% do Market share, levando em consideração apenas as lojas físicas do setor esportivo. Além de suas lojas físicas, a empresa também garante grande lucratividade no mundo online, empenhando investimentos pesados para penetrar a camada de mercado que mais cresce dentre os consumidores, o e-commerce.
Estrutura e lojas da Centauro (CNTO3) no Brasil
A infraestrutura da empresa no varejo esportivo brasileiro é realmente notável. São 210 lojas espalhadas por quase todos os Estados brasileiros, e mais de 8.000 funcionários. Nesse sentido, o número total de lojas tende a crescer ainda mais com a abertura de capital da empresa, que arrecadou R$ 772,2 milhões na sua oferta inicial.
A companhia possui direitos de preferência em marcas de grande renome, como Adidas e Pumas, com mercadorias chegando primeiro na Centauro do que em diversas outras lojas.
Além da preferência, recentemente o Grupo SBF S.A adquiriu as operações da Nike no Brasil. A operação custou cerca de R$ 900 milhões e garantiu estoques e lojas. Porém as operações não garantiram o direito ao capital intelectual da gigante americana.
Através da aquisição, o Grupo SBF S.A abocanhou 15 lojas da própria Nike em território nacional, aumentando ainda mais seu corpo logístico.
Surpreendentemente, além das marcas que a companhia representa, a Centauro conta com marcas próprias em seu portfólio. Ao todo são quatro marcas, sendo elas:
- Adams (artigos de futebol, basquete e tênis);
- Nord Outdoor (Camping e Pesca);
- Oxer (Academia e ginástica, Corrida, Natação, Ciclismo, Surf e Casual);
- X-Seven (Skate);
Em destaque, vale ressaltar que a Centauro vem modernizando suas instalações em um novo modelo chamado de G5 (geração 5). Além da reestruturação das lojas físicas, a companhia vem desenvolvendo um sistema de omnichannel.
O sistema consiste em transformar as lojas em pequenas centrais de distribuição, reduzir custos por meio do modelo e aumentar a satisfação dos clientes.
Omnichannel, G5 e muito mais
Em meados de 2016, a Centauro estava passando por diversos apuros financeiros. Em decorrência de dívidas de curto prazo e obrigações tributárias, a empresa se viu em um cenário de queda.
Com base em modelos vigentes no mercado internacional, a Centauro começou seus investimentos em uma solução inteligente de médio prazo.
O case de turnover da empresa começou com a reestruturação orçamentaria, trocando dívidas de curto prazo pelas de longo prazo. Com isso, a empresa buscou viabilizar um processo de inovação através de duas vertentes principais:
- Conceito de Omnichannel;
- Criação de lojas interativas chamadas de G5 (geração 5).
Omnichannel da Centauro (CNTO3)
Basicamente, omnichannel vem do latim e significa, em tradução livre, tudo em um só canal. O procedimento é bem familiar para os investidores de MGLU3 (Magazine Luiza), que começaram o processo de turnover de maneira similar. Sendo assim, o omnichannel consiste em integrar todas as lojas em uma só, tanto no mundo online quanto no offline.
Os canais digitais vêm crescendo em números totais na receita da Centauro. No último trimestre, por exemplo, as vendas no meio online corresponderam a incríveis 18,3%, um aumento de 21,8% em comparação com o ano passado.
Por meio da reestruturação feita, o cliente pode comprar mercadorias e retirá-las nas lojas da empresa, que se transformam em miniaturas de Centrais de Distribuição.
É óbvio que a Centauro leva vantagem na implementação desse modelo, quando comparada a outras empresas. Isso porque, os produtos oferecidos pela companhia não são como aqueles oferecidos pelo varejo eletrônico, por exemplo.
Em linhas gerais, a companhia ganha em termos de disponibilidade dos produtos no seguimento esportivo. Através dos canais online, a empresa consegue reduzir os estoques nas centrais, transformando as lojas em pequenos centros de distribuição.
Assim, a Centauro diminui a logística de entrega e o prazo de espera por parte dos clientes. Acima de tudo, os produtos oferecidos pela empresa possuem menores proporções e peso, aumentando assim a facilidade da entrega e a retirada nas lojas em geral.
Comparação varejo esportivo com o varejo eletrônico
Neste organograma, fornecido pela empresa, podemos notar que, logisticamente, o varejo em que a Centauro atua possui algumas peculiaridades benéficas para o funcionamento no omnichannel como, por exemplo:
- Ciclo de reposição mais curto;
- Maior margem bruta de lucro;
- Menor exposição a guerra de preço;
- Menor exposição a risco no fator peso sobre volume (danificação).
Tais aplicabilidades competitivas colocam a CNTO3 em uma posição confortável quando o assunto é o varejo amplo. Além do mais, os fatores fornecem uma logística mais simples no processo de transformação das lojas em centros de distribuição de mercadorias, transformando a cadeia logística em algo mais ágil e simples.
Lojas G5 (geração 5) da Centauro (CNTO3)
Para tornar os canais de distribuição viáveis, a Centauro inovou em um novo conceito de loja, mais moderno e funcional.
Como forma de viabilizar toda a cadeia distributiva, as lojas geração cinco (G5) foram implementadas com uma arquitetura contemporânea e tecnológica – grande aposta do restabelecimento da empresa diante do cenário dos e-commerces.
Além de contar com um visual diferente, a dinâmica por trás das instalações são bastante inovadoras. Cada loja da nova geração possui esteiras para experimentar calçados de corrida, painéis interativos e impressoras em tecidos.
Em resumo, com os novos modelos, a Centauro conseguiu aumentar o seu NPS de 72% (o que já é algo muito bom) para incríveis 82% no ano de 2019.
Panorama para o Futuro da Centauro (CNTO3)
Seja como for, sem dúvidas, a Centauro é uma grande empresa. Sua estrutura de 210 unidades garantem mais de 5% no market share físico o que, querendo ou não, torna a companhia extremamente competitiva.
As inovações no segmento digital se tornaram a base do crescimento da empresa. Em um futuro próximo, por exemplo, o que vai determinar seu crescimento, provavelmente, será a permanência ou não no atual cenário.
Em previsões, a companhia visa expandir o conceito de omnichannel, alcançando assim mais usuários através do seu corpo de unidades de distribuição e transmissão de mercadorias.No nicho online a empresa continua crescendo, trimestre após trimestre, aumentando assim a parcela do segmento dentro de sua receita.
Não apenas por meio das unidades presenciais, como também em suas plataformas digitais, a Centauro vem demonstrando cativar o cliente. Para um panorama futuro podemos esperar grandes resultados da empresa, a depender da sua capacidade de se estabelecer nos e-commerces, e manter o seu NPS acima dos 80%.
Breve história da empresa
A história da Centauro, mais precisamente do grupo SBF S.A, tem início em 1981, há exatos 39 anos. O empreendedor Sebastião Bomfim Vicente Filho, aos 26 anos, havia acabado de quebrar um business de fábrica de balanças, de acordo com ele, por descuidos de fluxo de caixa.
A história começa em Belo Horizonte MG, com Sebastião tentando reestruturar-se nos negócios. Após perder seu primeiro empreendimento, Sebastião notou o crescimento dos hábitos esportivos no cenário nacional e, com isso, teve a ideia de criar a By Tenis.
Como era filho de comerciante, o empreendedor sabia bem sobre o empreendedorismo do dia a dia e começou sua venda de tênis por toda BH. No primeiro dia do mês de abril, em 1981, foi inaugurada a primeira loja da Centauro, com um modelo considerado extremamente inovador para a época.
Em resumo, a ideia por trás do nome da marca era juntar a força com a inteligência baseada na imagem mitológica do Centauro.
Crescendo com base em modelos testados
Após visitar uma recém-inaugurada livraria, chamada Megastore, Sebastião teve vislumbre sobre um formato diferente de instalações. Em suma, os amplos e espaçosos corredores, inspiraram Bomfim a criar o molde atual das lojas Centauro, que foi utilizado amplamente ao longo dos anos.
Apesar do receio de administradores de shoppings centers, Sebastião conseguiu implementar a primeira referência que temos de espaços esportivos – como o da Centauro – no ano 2000.
Com, aproximadamente, incríveis 1.000 metros quadrados surgiu a unidade do Shopping West Plaza, em São Paulo/SP. Nem é preciso falar que a estrutura foi um sucesso, e inspirou interesse nos administradores de grandes Shoppings pelo Brasil.
Primeiros passos no meio digital
Logo após a implementação das lojas em mais localidades, em 2003, a empresa deu o primeiro passo no universo online. O site da Centauro começou a operar em 2003 e alcançou consumidores de todo o país.
Após se estabelecer digitalmente, a Centauro começou a caminhada para se tornar uma empresa presente em quase todos estados brasileiros. Algum tempo depois da criação do site, em 2009, a companhia inaugurou sua loja no Amazonas. Assim, a empresa foi consolidada nas cinco regiões do país.
O processo de crescimento da Centauro aconteceu de maneira orgânica. Três anos depois de se consolidar nas cinco regiões, em 2012, a marca já contava com 233 lojas físicas.
Após apresentar bons resultados, a empresa chamou a atenção do GP Investments – gestora de capital privado – que adquiriu 36% do capital social da companhia.
Com a entrada da GP, as coisas começaram a acontecer mais rápido do que qualquer um poderia imaginar. No ano seguinte, em 2013, a empresa abriu seu segundo centro distribuidor, em Jarinu SP.
Ao final da instalação das estruturas, a Centauro contava com exatos 59.809 metros quadrados somando-se os centros de distribuição. Dessa forma, a localidade favorecia muito, o que contribuiu ainda mais para a escalada da marca.
Desenvolvendo um consumo inteligente
Em um estágio mais maduro a empresa foi a patrocinadora oficial da Copa do Mundo de 2014 e lançou um site na versão mobile.
Depois de ser patrocinadora do evento, em 2015, a empresa passou por uma reforma mais do que importante em suas estruturas operacionais, que levaram ao desenvolvimento do aplicativo para o segmento de Smartphone.
Uma vez consolidadas as reformas, em 2016, a Centauro começou a implementação do sistema omnichannel, integrando as lojas físicas com as digitais em um só canal. O movimento foi de grande impacto nas operações da empresa, que acarretaram, entre outras coisas, no desenvolvimento inicial de um Market Place.
Apesar da reestruturação organizacional, o ano de 2016 foi marcado por alguns apuros financeiros, porém nada disso impediu que a empresa lançasse seu mercado online no ano seguinte.
Reformando a casa
Após o lançamento da plataforma própria de vendas, a companhia iniciou o chamado turnover na empresa. Apesar de assistir de camarote empresas como NetShoes ganhando espaço no cenário de e-commerce brasileiro, a Centauro ainda contava com uma estrutura colossal.
Portanto, inspirada no sentimento de mudança, a empresa inovou e reformulou seus espaços, tanto no âmbito físico quanto no digital.
Basicamente, no ano de 2017, começaram as primeiras unidades no modelo G5, e o estreitamento de omnichannel, que hoje é referência em seus serviços. Depois de um ótimo ano de 2018, com uma nova copa do mundo, a Centauro aprendeu com suas experiências de crescimento no mercado online.
Isso porque, ao todo, as vendas online da companhia corresponderam a 16% do faturamento da empresa naquele período. Ou seja, depois de testado, o modelo tinha tudo pra dar certo, e deu.
Com 16 novas lojas no molde G5 a companhia transformou todas as 16 em mini centros de distribuição. O salto foi notável. Se comparado ao ano anterior, o crescimento foi de 41,2%. Agora, a empresa já conta com três centros de distribuição e dois de transferência para fazer fluir seu funcionamento por todo o Brasil.
Abrindo lojas e também capital
Depois do sucesso das operações no ano de 2018, o grupo SBF S.A decidiu fazer o registro da sua abertura de capital na CVM. A princípio, a operação contou com grandes nomes da bolsa. Dentre eles: Bradesco BBI, Itaú, BTG Pactual, Goldman Sachs e Credit Suisse.
O IPO foi precificado numa faixa indicativa variando de R$ 12,10 a R$ 14,70, fechando inicialmente um pouco acima do mínimo em R$ 12,50. Desta forma, a empresa captou R$ 772,2 milhões e foi a primeira do ano a abrir seu capital, vendendo no mercado acionário 61,776 milhões de ações.
Em conclusão, o dinheiro foi custeado para a amortização e na construção de novas unidades no modelo G5 que hoje já somam mais de 20 no país.
Diretoria
Diretoria Executiva:
Pedro de Souza Zemel (Diretor Presidente)
José Luís Magalhães Salazar (Diretor Financeiro e de Relações com Investidores)
Claudio de Assis Abreu (Diretor Comercial)
Gustavo de Lima Furtado (Diretor de Clientes)
Thiago Rebelo (Diretor de Operações)
Olivia Gryschek (Diretora de Recursos Humanos)
Marcel de Araújo Viana (Diretor de Inovação e Tecnologia)
Conselho administrativo
Conselho Administrativo:
Sebastião Vicente Bomfim Filho
Fersen Lamas Lambranho
German Pasquale Quiroga Vilardo
Luiz Alberto Quinta
João Henrique Braga Junqueira
Larissa Furletti Bomfim
Rizza Furletti Bomfim
Gonzalo Fernandez Castro
Renan de Paula Pereira Henrique
Márcio Luiz Simões Utsch
Principais concorrentes
Via Varejo S.A (VVAR3)
Magazine Luiza (MGLU3)
B2W Digital (BTWO2)
C&A Modas (CEA3)
Arezzo Indústria e Comércio S.A (ARZZ3)
Alpargatas (ALPA3)
Lojas Renner (LREN3)
Perspectiva para o futuro
O futuro da Centauro como negócio tende a ser promissor. Por meio do acordo com a Nike, a empresa oferece grande vantagem competitiva em relação às demais empresas do seu setor.
Em termos de logística, a Centauro vem demonstrando imensa capacidade, transformando suas antigas instalações em um conceito novo chamado de G5 (geração 5).
Além disso, o conceito de Omnichannel por trás das operações da empresa tende a otimizar sua atuação no mercado, promovendo grande mudança no cenário de consumo de materiais esportivos no Brasil.
Composição acionária
CNTO3 | Acionista | Percentual |
---|---|---|
1 | PACIPAR | 45,65% |
2 | GP Investments | 26,24% |
3 | Management | 0,73% |
4 | Free Float | 27,38% |