O que é o pleno emprego?

9 de agosto de 2024 - por Nathalia Lourenço


O pleno emprego é uma condição econômica em que todos que estão dispostos e aptos a trabalhar encontram emprego.

Em termos práticos, não significa que a taxa de desemprego seja zero, pois sempre há uma certa quantidade de desemprego natural devido a mudanças no mercado de trabalho, como pessoas que estão mudando de emprego ou entrando no mercado de trabalho pela primeira vez.

É um estado desejável para uma economia porque reflete um equilíbrio saudável entre a oferta e a demanda de trabalho. Quer saber mais sobre o assunto? Continue lendo!

O que é o pleno emprego?

O pleno emprego é uma condição econômica em que todos os indivíduos que estão dispostos e são capazes de trabalhar conseguem encontrar um emprego.

O desemprego natural inclui o desemprego friccional (resultante da movimentação normal de pessoas entre empregos) e o desemprego estrutural (resultante de mudanças na economia que afetam a demanda por certos tipos de trabalho).

O pleno emprego ocorre quando a economia está operando de forma eficiente e todos os recursos de trabalho são utilizados de forma ideal, sem gerar pressões inflacionárias significativas.

Portanto, o pleno emprego é um estado onde o desemprego está reduzido ao mínimo necessário para o funcionamento saudável da economia, e não se refere a uma ausência total de desemprego.

Saiba mais: Tipos de desemprego: quais são e como afetam a economia?

Como atingir o pleno emprego?

Para alcançar o pleno emprego, é preciso adotar uma série de políticas e estratégias que melhorem a economia e o mercado de trabalho. Veja como isso pode ser feito:

  1. Política Monetária: Bancos centrais podem ajustar as taxas de juros e a oferta de dinheiro para estimular a economia. Taxas de juros mais baixas, por exemplo, podem incentivar o investimento e o consumo, o que, por sua vez, pode criar mais empregos.
  2. Política Fiscal: O governo pode aumentar seus investimentos em áreas como infraestrutura e educação, além de oferecer cortes de impostos, para estimular a economia e criar novos empregos.
  3. Educação e Treinamento: Investir em educação e programas de capacitação ajuda a garantir que as pessoas tenham as habilidades necessárias para o mercado de trabalho, reduzindo o desemprego estrutural.
  4. Programas de Emprego: Iniciativas que ajudam as pessoas a encontrar trabalho, como orientação profissional e suporte para transições de carreira, podem reduzir o desemprego temporário e ajudar na inserção no mercado de trabalho.
  5. Inovação e Infraestrutura: Incentivar a inovação e melhorar a infraestrutura pode abrir novas oportunidades de emprego e aumentar a eficiência econômica.
  6. Apoio a Setores Emergentes: Investir em setores que têm potencial de crescimento pode gerar novos empregos e absorver a força de trabalho disponível.
  7. Simplificação Regulatória: Facilitar a criação de novas empresas e simplificar regulamentações pode estimular o crescimento econômico e criar mais oportunidades de trabalho.
  8. Inclusão Social: Garantir que todos os grupos da sociedade, incluindo minorias e pessoas com deficiência, tenham acesso a oportunidades de emprego pode ampliar a força de trabalho e ajudar a alcançar o pleno emprego.

Essas medidas, quando combinadas, ajudam a criar um ambiente econômico que favorece o pleno emprego.

Qual a relação do desemprego friccional e do pleno emprego?

O desemprego friccional e o pleno emprego estão interligados de forma significativa.

Desemprego Friccional

Esse tipo de desemprego ocorre quando as pessoas estão entre empregos, mudando de cargo ou procurando um emprego que se ajuste melhor às suas habilidades e preferências.

É uma parte natural e inevitável do mercado de trabalho, mesmo quando a economia está indo bem.

Relação com o Pleno Emprego

No pleno emprego, o desemprego friccional ainda existe, mas é esperado e normal. Isso significa que, mesmo quando a economia está funcionando de forma eficiente e a maioria das pessoas que quer trabalhar está empregada, sempre haverá um certo nível de desemprego devido à movimentação natural dos trabalhadores entre empregos ou ao ingresso de novos trabalhadores no mercado.

Conceito de Pleno Emprego

Pleno emprego não significa desemprego zero, mas sim um nível baixo e estável de desemprego. Isso inclui o desemprego friccional, além de outros tipos naturais de desemprego, como o estrutural, que resulta de mudanças na economia.

O pleno emprego é alcançado quando esses tipos de desemprego estão em níveis considerados normais e sustentáveis.

Importância do Desemprego Friccional

A presença de desemprego friccional pode indicar um mercado de trabalho saudável e dinâmico, onde as pessoas têm a oportunidade de buscar melhores empregos e ajustar suas carreiras. No pleno emprego, essa mobilidade ocorre sem causar grandes desequilíbrios econômicos ou inflação descontrolada.

Quando surgiu o conceito do pleno emprego?

O conceito de pleno emprego começou a se formar no século XIX, quando economistas como Adam Smith e David Ricardo discutiram o mercado de trabalho. No entanto, o termo “pleno emprego” como o conhecemos hoje ainda não estava claramente definido.

Foi durante a Grande Depressão dos anos 1930 que o conceito ganhou mais clareza, graças ao trabalho de John Maynard Keynes.

Em seu livro “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda” (1936), Keynes desafiou a ideia de que os mercados de trabalho se ajustariam automaticamente para alcançar o pleno emprego. Ele argumentou que a intervenção do governo era necessária para manter o pleno emprego, especialmente em tempos de crise econômica.

Nas décadas de 1940 e 1950, economistas como Alvin Hansen desenvolveram a ideia de que o pleno emprego poderia ser um objetivo realista, alcançado através de políticas fiscais e monetárias eficazes.

Eles destacaram a importância de ações governamentais para manter a economia próxima do pleno emprego e garantir uma estabilidade econômica duradoura.

Nos anos 1960 e 1970, o conceito de “desemprego natural” foi introduzido por economistas como Milton Friedman e Edmund Phelps.

Eles explicaram que o pleno emprego não significa desemprego zero, mas sim um nível de desemprego que inclui o friccional e o estrutural, refletindo uma economia que funciona de forma eficiente sem gerar inflação descontrolada.

Assim, o conceito de pleno emprego evoluiu de uma ideia inicial para uma definição mais precisa, moldada pelas contribuições dos economistas ao longo do século XX.

Essas contribuições ajudaram a refinar a nossa compreensão do pleno emprego na economia moderna.

Fontes: suno, agenciabrasil e dicionariofinanceiro

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