Economia alternativa: o que é, como funciona e como surgiu?

16 de setembro de 2024 - por Nathalia Lourenço


A economia alternativa é uma abordagem nova ao sistema econômico tradicional. Ela foca em práticas mais justas e sustentáveis, priorizando o bem-estar das pessoas e do planeta. Em vez de apenas buscar lucro, valoriza coisas como o comércio justo e moedas locais.

Para entender melhor como essas ideias surgiram e como estão mudando a economia, continue lendo. Descubra como essa nova abordagem pode transformar a forma como vivemos e interagimos com o mundo econômico.

O que é economia alternativa?

Em 2001, o inglês John Anthony Howkins apresentou o conceito de “economia criativa” ou “economia alternativa” em seu livro “The Creative Economy: How People Make Money From Ideas”. Ele explicou que essa nova visão econômica se baseia na criação, produção e distribuição de produtos e serviços, usando conhecimento, criatividade e capital intelectual.

Além disso, hoje, a economia criativa representa quase 3% do PIB brasileiro, de acordo com o Mapeamento da Indústria Criativa de 2019. Agora, a questão é como integrar a indústria criativa aos negócios e incentivar investimentos nesse setor.

A economia alternativa, portanto, é um modelo econômico inovador, uma nova perspectiva. Trata-se de um processo colaborativo que valoriza a criação, produção e distribuição de bens e serviços, utilizando o conhecimento, a criatividade e o capital intelectual como principais recursos produtivos.

Em outras palavras, qualquer empresa, indivíduo ou governo cujo foco esteja na criatividade e no desenvolvimento está inserido nessa visão econômica.

Como funciona e onde vemos a economia alternativa?

A economia alternativa pode ser implementada em vários setores do nosso cotidiano. Veja alguns exemplos:

  • Arquitetura e urbanismo
  • Artesanato
  • Artes cênicas
  • Audiovisual
  • Design
  • Editoração
  • Fotografia
  • Gastronomia
  • Moda
  • Música
  • Publicidade
  • Software
  • Rádio e TV

Além disso, a economia alternativa também se conecta muito bem a startups e fintechs.

De fato, a Organização das Nações Unidas (ONU) apoia o desenvolvimento dessa economia e, por meio de seu site, ONU News, divulga relatórios sobre os nichos emergentes.

Cultura, Criatividade e Empreendedorismo

Em resumo, a economia alternativa se baseia em três pilares principais: empreendedorismo, cultura e criatividade. Esses pilares se manifestam em várias áreas:

  • Consumo: Transporte, publicidade, moda
  • Mídias: Redes sociais, audiovisual
  • Cultura: Artes, música, cinema
  • Tecnologia: Softwares, biotecnologia, inteligência artificial

Além disso, é importante lembrar que inovações ocorrem o tempo todo. Carros elétricos e autônomos estão mudando o setor de transporte. Enquanto isso, empresas investem cada vez mais em redes sociais e plataformas digitais. Aplicativos como iFood, Uber e Netflix estão revolucionando cada vez mais os mercados tradicionais. No setor de vendas, o Mercado Livre, conhecido como o “eBay da América Latina”, democratizou o comércio eletrônico ao criar um marketplace que conecta consumidores e vendedores. São vários exemplos.

Como investir na economia alternativa?

Os principais fomentadores da economia alternativa são os agentes públicos, como o Sebrae, o Senai e outros projetos governamentais. Esses órgãos desempenham um papel crucial no apoio e desenvolvimento do setor.

Atualmente, não existe um fundo específico voltado exclusivamente para as organizações dessa nova economia. Entretanto, ao se tornar consumidor dessas empresas, você contribui diretamente para seu crescimento e sucesso.

Como surgiu o conceito de economia alternativa?

A criatividade e o capital intelectual sempre estiveram presentes. No entanto, quando esses elementos se uniram e cresceram com a tecnologia, surgiu a economia criativa. A sociedade da informação, também chamada de economia do conhecimento, faz parte da economia alternativa.

Mas por que essas atividades entraram no campo econômico? No passado, o potencial criativo não se incluía na economia. Hoje, muitas atividades culturais têm:

  • Valor de Troca: O preço de mercado que produtos e serviços criativos recebem.
  • Valor Funcional: A utilidade prática dos produtos e serviços criativos no dia a dia.
  • Valor Expressivo: O significado cultural, como um design inovador ou um ícone religioso.

Esses produtos e serviços não apenas têm sucesso, mas continuam a ser bem-sucedidos. Por exemplo, entre 1994 e 2004, empresas focadas em design na economia criativa superaram as 100 maiores empresas da Bolsa de Valores do Reino Unido em mais de 200%.

Esses resultados são impressionantes, mas não inesperados. O setor de economia criativa é conhecido por sua inovação e sustentabilidade, com poucos impactos ambientais. Apesar disso, muitos profissionais da economia alternativa preferem se ver como criadores, artistas e ativistas sociais, em vez de trabalhadores industriais.

Fontes: conube e maisretorno

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