15 de setembro de 2021 - por Pedro Martoly
Bancos como o Itaú, BTG, Santander e outras agências bancárias, instituições financeiras e casas de análise preveem uma redução no porcentual do Produto Interno Bruto (PIB). Alguns dos motivos da queda econômica seriam os altos juros e o avanço da inflação maiores que o esperado.
Analistas do mercado financeiro, por exemplo, fazem uma nova análise com uma projeção negativa para 2022. Por isso, também está sendo considerado um número maior na taxa de desemprego para o ano que vem.
Com os conflitos atuais na política, é possível notar as tentativas do presidente Jair Bolsonaro de se reerguer na reeleição com estratégias extravagantes. Sendo assim, vamos ver os principais motivos para a queda econômica na visão dos especialistas.
Juros e inflação elevados
Esse é um dos motivos fundamentais da queda econômica, citados pelos economistas. As projeções e os reajustes das previsões do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano, não estão agradando os investidores.
O Banco Central (BC) deve elevar os juros. Ou seja, as famílias devem consumir menos e o investimento das empresas pode cair. Resultado disso, um efeito negativo de modo geral.
Rendimento baixo
A renda da população também deve diminuir, de acordo com os economistas. O motivo seria a baixa renda deste ano também devido à projeção do PIB para 2022.
Sendo assim, os analistas entendem que a soma do aumento dos juros, a inflação e o fim do auxílio emergencial afetam diretamente nos lucros gerados pelo povo brasileiro.
O alto índice na taxa de desemprego esperado pelo Itaú é um dos grandes motivos para a queda econômica no Brasil. Portanto, a previsão do banco é que exista a chance de recuperação somente em 2023. Ou seja, a estabilidade acontecerá só em 2025.
Impacto no retorno total dos comércios
Outro motivo da queda econômica é a volta de todos os serviços pós-pandemia. Mas como assim? As restrições para evitar a contaminação do novo coronavírus devem diminuir. Portanto, as atividades comerciais devem ser retomadas.
Porém, os trabalhadores não estarão preparados para administrar as empresas. Por quê? A inflação estará elevada, os juros também estarão grandes e ruídos sobre oscilações políticas crescerão. Por isso, a combinação de todos esses fatores afeta diretamente a performance do trabalhador.
Demanda global
E a economia mundial deve afetar negativamente o nosso país. A razão disso seria o alto valor das commodities exportadas pelo Brasil. A reabertura de algumas cidades pelo mundo auxiliou no avanço da economia brasileira. Além disso, a vacina contra a Covid-19 também teve um acréscimo significativo de modo geral.
Contudo, esses prós irão desaparecer e os preços das commodities irão crescer, segundo a MCM Consultores. O valor especialmente do setor metálico deve se destacar. Além disso, um dos motivos para a queda econômica é a projeção de um superávit recorde de US$76,6 bilhões para a balança do comércio no Brasil esse ano.
Resultado disso, é a redução para US$74,1 bilhões para o ano que vem. Ainda de acordo com a MCM, essa é a conclusão do diferencial dos preços das exportações e as importações pelo Brasil.
Crise hídrica
A crise hídrica é outro dos grandes motivos para a queda econômica. A seca já gerou um valor altíssimo na bandeira tarifária na conta de energia elétrica.
Ademais, é um problema que não deve ser resolvido tão cedo na visão dos analistas do mercado financeiro. Portanto, está previsto um racionamento de água de energia elétrica para o ano que vem.
A expectativa da XP para os próximos 12 meses, por exemplo, é de 17,2% para as chances de racionamento no cenário dentro da crise hídrica.
Conflitos na política
Os recentes acontecimentos no cenário político estão gerando repercussão e, por isso, também é um dos motivos da queda econômica. A crise político-institucional causam um efeito negativo na agenda de reformas. Como, por exemplo:
- Pagamento dos precatórios
- Criação do programa Auxílio Brasil
- E outros problemas político fiscais
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Fonte: BBC
Imagens: Adital, Suno, Exame, Brasil de Fato