Autoridades da China exigem que o bilionário da Evergrande pague dívidas

26 de outubro de 2021, por Pedro Martoly

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Autoridades da China exigem que o bilionário Hui Ka Yan utilize a própria fortuna para realizar o pagamento da dívida da Evergrande. Vale lembrar que o homem é o fundador da incorporadora.

O governo de Pequim entrou em contato com o bilionário após a primeira esquiva da empresa de não pagar o cupom do título em dólar que tinha como prazo inicial o dia 23 de setembro.

Governos de vários lugares da China estavam inspecionando as contas bancárias da incorporadora para se certificar que a companhia teria utilizado a verba para finalizar projetos de habitação que ainda não estavam terminados. Sendo assim, evitar que houvesse um desvio de dinheiro para fazer pagamentos para credores.

Táticas do Governo da China

Devido à solicitação das autoridades da China para Hui Ka Yan de usar o patrimônio particular para fazer o pagamento da dívida da Evergrande realça as suposições de que o governo não realizará um resgate. Ou seja, sem levar em consideração que a crise da empresa chinesa afete outras incorporadoras dentro do mercado imobiliário.

Mesmo assim, ainda não há informações sobre a quantia líquida do bilionário para uma diminuição relativa do passivo da incorporadora. Sendo assim, a companhia já acumula um valor superior a US$300 bilhões só em Junho deste ano.

A fortuna pessoal do Hui Ka Yan abaixou aproximadamente para US$7,8 bilhões referente ao que ele tinha em 2017 no valor de US$42 bilhões. Essa quantia, portanto, é um cálculo de aproximação do Índice de Bilionários da Bloomberg. No entanto, esses dados podem ser significativamente incertos.

Patrimônio do Hui Ka Yan

Autoridades da China exigem que o bilionário da Evergrande pague dívidas

A maioria da fortuna de Hui Ka Yan vem do seu envolvimento na administração da Evergrande e também dos dividendos em dinheiro que adquiriu da companhia desde que foi listada em Hong Kong no ano de 2009.

Hui recebeu aproximadamente US$8 bilhões na década passada devido a ganhos da incorporadora, ainda segundo as estimativas da Bloomberg. Contudo, não foi divulgado como foi feito os reinvestimentos dos dividendos do bilionário.

Na última semana, a incorporadora chamou a atenção do mercado depois de se esquivar de um default após pagar um cupom de US$83,5 milhões para credores estrangeiros dentro do prazo final que se encerraria em 23 de outubro. No entanto, ainda não se sabe ao certo de onde a verba veio.

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