Empresas financeiras esperam inflação ainda maior do IPCA-15 de 9,8%

27 de outubro de 2021, por Pedro Martoly

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A expectativa das empresas financeiras é de que a inflação no total esse ano se tornará superior a 9%. Sendo assim, um percentual de até 9,8%. No entanto, alguns especialistas do mercado econômico acreditam que a taxa chegue nos dois dígitos.

A nova mão de avaliações foi liberada nesta quarta-feira (27) depois que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) desse mês aumentou 1,20% referente a setembro, que teve um registro, também de alta, de 1,14% na base mensal.

Sendo assim, foi o maior avanço desde 1995 no mês de outubro. Só nesse ano o IPCA-15 já possui um total de elevação de 8,30%. Vale lembrar também que nos últimos 12 meses teve um acréscimo de 10,34%. Portanto, superou o mesmo período anterior que teve uma alta 10,05%.

O que influenciou a inflação?

Empresas financeiras esperam inflação ainda maior do IPCA-15 de 9,8%

O crescimento intenso da inflação teve destaque em alguns setores como, por exemplo, as passagens aéreas, que englobam a área de Transportes com uma alta de 35% nesse mês de outubro.

De acordo com a economista, Tatiana Nogueira, elementos como aluguel, hospedagem e cabeleireiro mostraram reajustes de valores relativamente superiores aos previstos. Portanto, a inflação de trabalhos prestados cresceu em torno de 1,03% neste outubro.

Uma quantia bem maior que o mês passado, que subiu 0,73%. É importante ressaltar que nos últimos 12 meses alcançou o percentual de 4,87% e 1,43% dentro de um ano.

Mais aumentos

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A energia elétrica também foi um dos fatores de aumento com 3,91% devido a crise hídrica. Ou seja, uma contribuição provocada pela bandeira tarifária de R$14,20 por cada 100 quilowatt gasto. Vale lembrar que essa é a bandeira tarifária mais cara entre todas as outras.

O gás de botijão também teve alta de 3,80%. E, assim, os valores de cada produto subiram pelo 17º mês seguido. No total, só nesse ano foi registrada uma elevação de 31,65%.

Ademais, os combustíveis subiram 2,03%. Os alimentos e as bebidas também tiveram um aumento de 1,38%. Sendo assim, um destaque para as frutas que cresceram 6,41%.

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