27 de setembro de 2021 - por Pedro Martoly
Analistas do mercado financeiro acreditam que o próximo mês pode ser um momento crucial para que o Bitcoin (BTC) passe a valer US$100 mil. Além disso, a decisão do governo da China de considerar ilegal qualquer espécie de operação com criptomoedas não afetou o valor do BTC.
Segundo especialistas, a projeção para outubro deste ano é um recorde histórico de alta para o Bitcoin. Ademais, se o preço realmente tiver um aumento, novas máximas podem acontecer ainda este ano. A forte ideia dos analistas é devido ao avanço frequente e duradouro do valor da criptomoeda no decorrer dos últimos anos até os dias atuais.
Vale ressaltar que o Bitcoin teve uma valorização de aproximadamente US$10.600. Porém, isso aconteceu seis vezes seguidas do dia 1° de outubro de 2020 até em abril deste ano.
Ademais, essa valorização do Bitcoin, de acordo com as projeções do analista técnico e fundador da Enfoque, Fausto Botelho, se investida no mercado atual poderia alavancar o preço no mínimo a US$1 milhão. Contudo, em uma previsão mais modesta seria um valor entre US$100 mil e US$200 mil.
De onde o capital surgiria?
Os especialistas do mercado financeiro acreditam que o dinheiro possa vir de grandes fundos de investimento que já demonstraram interesse no BTC. Além disso, apontam também que há muita verba estagnada em instrumentos de baixo lucro que estão disponíveis para serem redirecionados em criptomoedas.
O Diretor Jurídico e de Compliance da Hashdex, Bruno Sousa, a aplicação de fundos de Venture Capital em companhias de criptoativos, por exemplo, estão em um patamar surpreendente. Dessa forma, as instituições fazem rounds de 200, 500, 800 milhões de dólares.
Os analistas do mercado financeiro ressaltam que não são quantias exageradas. Os fundos de Venture Capital aplicaram só na semana passada US$200 milhões em uma nova plataforma referente a mídias sociais com a utilização de moedas virtuais. Além disso, investiram também US$431 milhões na mineradora Genesis Digital Assets.
Estagnação e dúvidas
A estagnação do rodízio de criptomoedas esse ano foi evidente e não aconteceu com um fluxo tão bom quanto em 2020. Portanto, a estabilidade em 2021 está mais abalada.
Diferente do ano anterior quando o rali fez rendas que teriam deixado os hedge funds animados. Mas isso não impede que ao mesmo tempo exista uma possibilidade menor de acobertar uma crise generalizada com um ativo descorrelacionado dos mercados tradicionais.
Apesar do governo da China ter como meta a segurança do País e o equilíbrio social tornando as operações com moedas virtuais ilegais, outros problemas também surgiram, como a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) que está querendo alterações no mercado de criptomoedas com uma regulação disseminada a caminho.
De acordo com o gestor da QR Asset Management, Theodoro Fleury, o conflito entre criptoativos e reguladores está causando certa preocupação entre os investidores institucionais que anseiam por uma trégua entre as duas classes.
Também é esperado sinais macroeconômicos com maior transparência que despertem o interesse na procura por ativos de refúgio. Como foi o caso da crise econômica durante a pandemia da Covid-19 no ano passado.
Exchange Traded Funds de BTC
Metro Nieuws
A expectativa dos analistas do mercado financeiro para o mês que vem é da grande chance de ser permitido o primeiro Exchange Traded Funds (ETF) de Bitcoin (BTC) nos Estados Unidos da América (EUA). Várias ETFs de moedas virtuais foram direcionadas a bancos e gestoras como a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), VanEck, WisdomTree e Goldman Sachs.
No entanto, nenhuma delas foi aprovada. Mas vale ressaltar que o mercado atua com as chances de aprovação em outubro de no mínimo uma ETF de futuros de BTC depois de diversas orientações públicas dos reguladores de que um produto do tipo poderia ser bem recebido.
Sendo assim, muitas gestoras mudaram as solicitações com a possibilidade de permissão. Além disso, mesmo se o ETF de futuros não for o mais recomendado ele já garante a empolgação de quem está aplicando institucionalmente. Para isso, é necessário o uso de meios regulados para se mostrar para as moedas virtuais.
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Imagens: Coin Times, Metro Nieuws