1 de setembro de 2021 - por Pedro Martoly
O Ibovespa fechou terça-feira (31) em queda de 0,80% a 118.781 pontos. Ou seja, o último dia de agosto teve como resultado a perda de 2,76% no mês e de 0,48% este ano. Um dos motivos foram as quedas nas ações de siderúrgicas e da Petrobras.
Devido ao alto nível de importância dessas empresas na carteira teórica, o índice do Ibovespa refletiu de forma negativa na Bolsa. Sem contar também os ruídos políticos sobre as negociações do Orçamento do ano que vem, que teve o projeto revelado no Congresso pelo governo.
Além disso, as ações da Usiminas (USIM5), CSN (CSNA3) e Vale (VALE)3) retiraram 0,80%, 4,99%, 1,80%, nessa devida ordem. O recuo foi feito porque os contratos futuros do minério de ferro também fecharam em baixa de 5% durante negociações na bolsa de commodities de Dalian.
O mercado não aceitou bem as baixas de 3,60% e 2,30% da Petrobras (PETR4 e PETR3) e o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro sobre o governo trabalhar na questão do preço dos combustíveis. O mesmo motivo resultou na troca do presidente da estatal, Roberto Castello Branco, pelo general Joaquim Silva e Luna, em fevereiro deste ano.
Desemprego
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a taxa de desemprego no trimestre até junho estava em 14,1%. Sendo assim, apontou uma queda em comparação ao primeiro trimestre que estava em 14,7%. No entanto, ainda está alta em comparação ao mesmo período de 2020, que estava em 13,3%.
Contudo, ainda assim os dados apresentam melhores resultados que as projeções realizadas por analistas, que previam uma taxa de 14,4%. De acordo com o economista da XP, Rodolfo Margato, esse progresso está inclinado a continuar, mas ainda existem riscos devido a pressões inflacionárias e a crise hídrica.
Altas e Baixas
- Braskem (BRKM5): com resultados positivos históricos apresentou alta de 5,60%
- Wall Street: os índices mostraram uma baixa no encerramento. Contudo, teve um acúmulo de ganhos em agosto.
- Dow Jones: apresentou queda de 0,11% a 35.360 pontos
- S&P500: retrocesso de 0,13% a 4.522 pontos
- Nasdaq: baixa de 0,04% a 15.259 pontos
Efeito da variante delta do coronavírus no Ibovespa
A preocupação entre os investidores em relação à variante delta do novo coronavírus ainda é presente. O temor é na baixa do consumo caso novas medidas restritivas aconteçam para controlar a pandemia.
Uma pesquisa realizada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KDCA) revelou que pessoas no Brasil contagiadas com a variante delta da Covid-19, por exemplo, têm 300 vezes mais chances de transmitir o vírus do que o coronavírus comum.
O governo do Rio de Janeiro já pronunciou que o Estado é o principal em casos da variante delta do coronavírus no Brasil. Na Capital, houve um aumento de 92% no número de leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Já no Estado, a alta é de 71%.
Queda do dólar
O Ibovespa caiu e o preço do dólar também com uma baixa de 0,37% a R$5,1697 na venda. Agosto fechou com uma queda de 0,69% após volatilidade durante todo o mês devido a problemas político-fiscais domésticos. Durante as transações de valor, a maior alta de agosto foi de R$5,42 o preço do dólar. Uma alta de 4,13%. Já para o fim do ano, a expectativa é que o dólar seja cotado a R$5,10 e encerre 2022 em R$5,20.
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Fonte: Forbes
Imagens: PUC-RIO, Stoodi, Protrader, Pensar Piauí, Reliever18