IPCA-15 tem aumento recorde desde 1994 com alta de 1,14%

24 de setembro de 2021, por Pedro Martoly

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Foi divulgado hoje (24) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve um aumento de 1,14% nesse mês referente a agosto, quando foi registrado uma alta de 0,89%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), setembro de 2021 bateu o recorde de valor mais alto referente aos mesmos meses dos outros anos desde o Plano Real, em 1994, que chegou a 1,63%.

Só esse ano há um total de 7,02% de elevação no indicador. Contudo, se somarmos os últimos 12 meses a contabilização é de 10,05%. Sendo assim, a expectativa era de números abaixo de dois dígitos.

A previsão realizada pelos especialistas do mercado financeiro da Refinitiv após análises era de subir 1,02% nesse mês referente a agosto. Além disso, um avanço também de 9,93% relativo ao dado anual.

Inflação

Vários grupos foram afetados com a inflação do IPCA. A gasolina e a eletricidade, por exemplo, sofreram um grande efeito com 0,17 ponto percentual. No geral, o transporte teve um aumento de 2,22% com uma implicação de 0,46 ponto percentual. Já na categoria de alimentação e bebidas houve uma alta de 1,27% e 0,27 ponto percentual. Ademais, no setor de habitação teve um crescimento de 1,55% e 0,25 ponto percentual.

Transportes

IPCA-15 tem aumento recorde desde 1994 com alta de 1,14%

KTCHN Rebel

O combustível teve um aumento muito grande em setembro de 3,00% em comparação ao mês passado que foi de 2,02%. Por isso, os postos sofreram aumentos também como a alta de:

  • Etanol: Elevação de 4,55%
  • Gasolina: Alta de 2,85% e soma 39,05% nos últimos 12 meses
  • Gás veicular: Aumento de 2,04%
  • Óleo diesel: Subiu 1,63%

As passagens aérea também não escaparam da inflação do IPCA-15 em setembro e os preços aumentaram 28,76%. Sendo assim, o 3º maior efeito com 0,11 ponto percentual.

Alimentação e bebidas

IPCA-15 tem aumento recorde desde 1994 com alta de 1,14%

Civil Eats

Comer em casa ficou muito caro e com elevação de 1,51% esse mês. Vale lembrar que em agosto havia chegado a 1,29%. Portanto, é válido ressaltar que houve alta em ingredientes como, por exemplo:

  • Carne: Subiu 1,10% com efeito de 0,03 ponto percentual
  • Frango em pedaços: Aumento de 4,70%
  • Batata inglesa: Elevação de 10,41%
  • Café moído: Cresceu 7,80%
  • Leite longa vida: Avançou 2,01%
  • Frutas: Alta de 2,81%

Apesar dos altos aumentos, também houve quedas no preço do:

  • Arroz: Diminuiu 1,03%, sendo assim, a 8º vez seguida em baixa
  • Cebola: Reduziu 7,51%, portanto, caiu pela 6º vez seguida

Habitação

GP1

A conta de luz está vindo mais cara também devido a bandeira vermelha patamar 2 ter sido vigorada. Ou seja, a eletricidade teve um aumento de 3,61%. No entanto, é um percentual abaixo do que o do mês passado que foi de 5,00%.

A quantia implementada é de R$9,492 por 100 kilowatts consumidos. Além disso, também surgiu no início deste mês a bandeira tarifária de Escassez Hídrica. Com ela, teve o aumento de R$14,20 para a mesma quantidade de kilowatts gastados.

Posição

No Brasil, quem ocupou a posição de menores altas na inflação foi a Cidade de Fortaleza com 0,68%. Ela registrou quedas de -14,35% no preço do tomate, -0,94% nas carnes e -0,91% em mercadorias de farmácia.

Agora, quem lidera a posição com a inflação mais alta é Curitiba com 1,58%. Lá, a gasolina subiu 5,90% e a eletricidade chegou a 4,92%.

Confira também sobre a Mahle Metal Leve que tem alta de 8% após elevação de compra recomendada pelo BofA!

Fonte: InfoMoney

Imagens: BM&C News, KTCH Rebel, Civil Eats, GP1