17 de setembro de 2021 - por Pedro Martoly
Caiu para menos de US$100 a tonelada do minério de ferro devido aos parâmetros da China para limpar o setor industrial. No entanto, isso se torna um problema.
O motivo é a desvalorização dos futuros a mais de 50%. Sendo assim, o pico mais alto aconteceu em maio devido às restrições ao aço no País chinês. Além disso, a redução da velocidade no rendimento do setor imobiliário da China também impacta o consumo.
Por causa da diminuição, o minério de ferro se sobressai com uma das piores performances. Por isso, o alumínio se superou e teve o maior preço em 13 anos entre as commodities. O gás e os futuros do carvão também não ficam para trás e tem valores recordes.
Retrocesso do minério de ferro
O valor do minério de ferro abaixo dos US$100 é um choque para as grandes mineradoras globais. Isso não acontecia desde julho do ano passado. A Austrália, por exemplo, sentiu o efeito negativamente, já que é uma das maiores produtoras de minério de ferro. Ou seja, consegue uma arrecadação de 40% das exportações de bens.
Quem sente o alívio são as siderúrgicas. Porém, isso provoca uma baixa de aproximadamente 20% só essa semana nos futuros do minério de ferro. Resultado disso, foi uma negociação na manhã de hoje (17) de US$ 99,55 a tonelada, em Nova York.
Vale ressaltar também que a demanda nos portos é superior a 10% em comparação ao ano passado. Portanto, a estimativa de queda dos pedidos para a China são semelhantes aos de crescimento da oferta mundial. Sendo assim, a previsão é que o preço chegue a US$ 89 no ano que vem. Uma redução de 12% do que era previsto anteriormente.
Aço na contramão
A situação no setor do aço é diferente por continuar com altos preços. Segundo o Citigroup, a oferta ainda é baixa por causa do número de cortes significantes de trabalho da China.
A China também recomenda que as siderúrgicas diminuam a fabricação no decorrer deste ano para moderar o envio de carbono. Por isso, novas restrições podem surgir para diminuir a poluição durante a Olimpíada de Inverno, que deve acontecer em Pequim no próximo ano.
De acordo com a China International Capital Corp, a demanda de produção de aço deve ter uma queda de 8,7% por ano em comparação aos últimos quatro meses. Isso é necessário para ter uma quantidade firme e duradoura. Nos últimos 17 meses, por exemplo, houve uma baixa apenas em agosto e no início de setembro.
Veja também sobre as Alterações climáticas que causam queda de 59% da produção de commodities!
Fonte: Yahoo! Finanças
Imagem: Jeso Carneiro, Minas Jr, CBIC