13 de agosto de 2024 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)
Há dois, três anos atrás começou a se falar mais intensamente sobre os carros elétricos e como eles estariam presentes em nosso futuro. E de fato, isso aconteceu. A Tesla começou a vender mais e mais, surgiram novas fábricas de elétricos e aos poucos ele está sendo introduzido em nossa sociedade.
No entanto, nos últimos tempos tem surgido pautas um pouco mais realistas e não tão positivas sobre os elétricos. Vários países tinham colocado uma meta para a partir de x ano, vender apenas elétricos e todos protelaram essa data.
Produtoras que afirmaram que deixariam de produzir os carros a combustão e focariam apenas nos elétricos também voltaram atrás. O que o mercado percebeu é que essa transição da combustão para a eletrificação vai ser mais lenta do que o esperado.
Além disso, os carros elétricos não foram tão bem aceitos pela população do mundo todo. A Deloitte fez uma pesquisa nos países que mais consomem carros, para entender como estava sendo a aceitação dos elétricos.
Nos EUA 67,78% da população prefere os carros à gasolina, enquanto que apenas 6% preferem os elétricos. Na Ásia a situação é similar, apenas 4% da população prefere os carros elétricos.
A preferência pelos carros a combustão se repete na Alemanha, na Coreia e no Japão.
Apenas na China a situação é diferente, com 33% da população preferindo os carros à gasolina/diesel e 33% prefere os elétricos. Isso porque o país é um dos maiores produtores de elétricos, então esse dado faz bastante sentido.
A bolha do mercado de carros elétricos
O grande problema dessa não aceitação, foi que muitas pessoas investiram nessas empresas, esperando esse retorno, que não ocorreu como esperado. No entanto, com o estouro da bolha dos elétricos, os investidores perderam cerca de US$1,5 trilhões de acordo com Valor Econômico.
E quando vamos analisar o preço da Tesla e da BYD, isso fica nítido. As empresas cresceram exponencialmente em um espaço de tempo muito curto.
No entanto, agora o mercado começou a aterrizar no que eu acredito que vai ser a realidade. É claro que os elétricos vão existir, mas a preferência dos consumidores é pelos modelos movidos a gasolina/diesel.
Desvantagens dos elétricos
Apesar dos benefícios que o carro elétrico propicia ao meio ambiente, há várias questões que os tornam pouco acessíveis para uma parte da população.
Primeiramente, o Brasil não tem uma infraestrutura de carregamento que suporte isso. Além disso, por mais que existam modelos com autonomia de 400km, nós precisamos nos lembrar que somos um país de dimensões continentais. Por isso, não dá pra comparar ter um carro elétrico na Itália e no Brasil.
Além disso, o custo é outro fator que não dá pra ignorar. Aqui no Brasil, os elétricos custam 50% mais que os tradicionais e o governo não criou incentivos muito sólidos ou significativos.
A questão da manutenção também é uma questão complicada, porque a maior parte dos componentes são importados. Se o carro estraga demora pra arrumar, é uma burocracia. Enfim, são várias questões que precisam ser pontuadas com relação aos elétricos.
Investir ou não em empresas de carros elétricos?
Nesse momento, o meu conselho é que você tenha cautela. As empresas não estão com bons números e isso pode danificar sua carteira. Por isso, pode ser um bom momento para investir em empresas do mercado tradicional que estão descontadas. Quer saber se eu teria um carro elétrico? Assista ao vídeo completo!
E se você quer aprender a analisar essas empresas para saber se são ou não uma boa alternativa para investir, quero te convidar para conhecer a AUVP, que é nossa escola de investimentos. Faça a sua análise de perfil e se você receber aprovação, além de utilizar um sistema inteligente para a gestão de seus ativos, você vai aprender a investir no Brasil e no mundo inteiro.
E para ficar por dentro das principais informações do mercado financeiro, acompanhe os conteúdos do canal @investidorsardinhae do perfil @oraulsenano Instagram.
Leia também: É o fim dos carros populares no Brasil?