1 de julho de 2022 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)
Por conta do subprime de 2008, gerado pela alavancagem dos bancos no setor imobiliário, foram impostas regras bem mais rígidas para este setor. Mas como isso influencia na compra de Bitcoin por parte dos bancos?
Para quem não sabe o que foi o subprime, recomendo assistir “A Grande Aposta” é um ótimo filme que explica de forma interessante o que foi esse período caótico para a economia global.
Os bancos e a Bitcoin
O comitê de Basiléia eventualmente passou a entrar em vigor com mais seriedade, e eventualmente definiu como os bancos poderiam utilizar as criptomoedas.
A ideia era que, para ter $100 dólares em Bitcoin como empréstimo, teria de ter equivalentes $100 dólares em capital também.
Dessa forma acabava criando uma inutilização da metade do capital bancário. Estes reclamaram do conservadorismo sistêmico, mas não se manifestaram tanto quanto estão atualmente.
Bancos “bonzinhos”
Não pense que os bancos estão do lado das pessoas nessa proposta libertária que as criptomoedas tem. Tão pouco que estão querendo ser bonzinhos e solícitos com seus clientes.
Os bancos sempre estarão do lado do dinheiro. Dado essa crescente quase que exponencial das “defi”, com investidores institucionais cada vez mais presentes fica óbvio o interesse bancário por fornecer fundos ou até mesmo suas próprias moedas na rede.
Regras para os bancos usarem Bitcoin
Logo, foram definidas regras mais leves com esse eventual crescimento do setor.
O limite do novo comitê de Basiléia considera hoje ser, dentro dos limites saudáveis, 1% o que os bancos podem ter do seu capital em Cripto.
É aplicado como um setor de ativos digitais classificados como de “alto risco”, e as plataformas de empréstimos não podem, de forma alguma, violar o limite dos 1% de reserva.
Assim, se tiverem 0,6% em stablecoin e 0,5% de Bitcoin, acabam violando as medidas impostas.
Dessa forma cria-se um operacional um tanto quanto difícil dado a volatilidade das moedas, com uma subida eminente pode ultrapassar esses 1% em poucas horas. Então fica como um desafio logístico para essas plataformas.
Mas então, o que isso muda para os investidores?
Se acredita numa adoção maior do Bitcoin, independente do seu atual cenário de queda a uma desvalorização superior a 72% desde seu último topo. Essa atenção das grandes incorporações é sim positiva.
Porém, durante estes períodos de queda o mercado começa a ter reações extremas e de completa irracionalidade. “Ai meu deus, Bitcoin acabou, isso é pirâmide, sabia!”
É aí que precisamos nos lembrar de um fato muito relevante, de que nada mais nada menos que bancos gigantescos como a JPMorgan e o comitê de Basiléia estão querendo regular a moeda.
Já viram isso acontecer com uma avestruz master da vida?
Isso já nos traz a para uma realidade na qual o Bitcoin se trata de um assunto sério, com uma real aplicabilidade de reflexos em valores para a sociedade.
Portanto, não sabemos como será a regulação das criptomoedas, mas entendemos que eventualmente pode acontecer e que não vai ser perfeito, assim como no presente sistema financeiro não é.
Gostou do conteúdo? Então, não deixe de assistir ao vídeo acima (do canal Investidor Sardinha) em que detalho mais sobre Criptomoedas.
Aproveite e faça parte da nossa comunidade no Instagram (@oraulsena) pra ficar sempre por dentro dos investimentos e da Bolsa de Valores.
E não deixe de conferir, também: Bitcoin acabou! Morreu! Já era!