6 de maio de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)

Quando o Ibovespa passa por quedas consecutivas, é normal se perguntar: por que algumas ações caem mais do que outras? E mais ainda: por que certos ativos conseguem se recuperar rapidamente? Enquanto isso, outros permanecem estagnados por meses ou anos? Se você quer ganhar dinheiro mesmo em meio a volatilidade do mercado, hoje nós vamos te explicar como fazer isso, na prática!
Mas, antes de tudo, você precisa entender o que está causando toda essa volatilidade. Atualmente, todo mundo sabe o que está causando esse cenário, que é o conflito entre EUA e China.
A volatilidade atual tem muito a ver com o estilo direto e imprevisível de Trump. Por exemplo, ele chegou a publicar no Twitter um simples “bom dia para comprar”, e no dia seguinte anunciou a flexibilização de tarifas comerciais. Imediatamente, o mercado reagiu com alta. Em outros momentos, voltou a atacar a China, provocando quedas bruscas. Trump entende de comunicação e suas declarações têm um peso enorme no humor do mercado o que, inclusive, levanta dúvidas sobre possíveis interesses estratégicos por trás desses movimentos.
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Essa volatilidade vai passar?
A resposta mais honesta é: não tão cedo. A disputa entre China e Estados Unidos não se resolverá em semanas. Os EUA não estão dispostos a abrir mão da liderança global, enquanto a China não demonstra intenção de recuar. Situações semelhantes já ocorreram no passado, como no caso do Japão, quando os americanos intervieram para conter o avanço econômico japonês no pós-guerra. No entanto, o contexto atual é mais complexo e a China se mostra preparada para um jogo de longo prazo.
A postura da China pode ser interpretada como uma tentativa de se posicionar como o lado racional do conflito. Em discussões, quem grita geralmente perde a razão. E nesse xadrez geopolítico, parecer calmo pode ser uma vantagem. Enquanto Trump grita, ameaça e recua, a China observa e se posiciona, com um objetivo claro de manter sua trajetória de crescimento e influência global.
Não seja mão de alface
É comum ver traders e investidores sendo engolidos por stops durante eventos imprevisíveis. Imagine: o mercado amanhece caindo 1,80% e parece uma oportunidade fácil para operar vendido. Você se alavanca, monta uma posição agressiva e então, em questão de minutos, uma fala do Trump muda tudo. A mão inverte, o mercado reage e lá se vai seu dia e talvez boa parte do seu dinheiro.
Se até traders experientes devem ter cautela nesses momentos, o investidor de longo prazo deve redobrar a atenção: evite operar no calor do momento, evite mexer na carteira, evite tomar decisões com base em manchetes.
A volatilidade é um teste de nervos, e não passar por ele é o que separa os investidores consistentes dos impulsivos.
Aproveite as oportunidades da crise
Em tempos de crise e volatilidade, surgem os extremos: tem gente vendendo tudo para investir só nos EUA e outros tirando tudo de lá para colocar na China ou no Brasil.
No entanto, nenhuma dessas estratégias faz sentido quando analisadas com calma. Por isso, o investidor inteligente entende que diversificação internacional é uma das melhores formas de se proteger e aproveitar oportunidades globais.
Você não é o Warren Buffett e por isso, sua aposta não move o mercado. Ou seja, faz mais sentido manter uma carteira balanceada, com exposições proporcionais ao tamanho e à relevância das economias. Com isso, se os EUA representarem 30% da sua carteira e derem errado, o impacto será limitado. E o contrário também vale, se um país emergente como a Índia surpreender, você ganha com isso também.
Crises acontecem, mas economias fortes não desaparecem. Os EUA podem até perder o protagonismo, como aconteceu com o Reino Unido, mas continuam com influência global. A ideia é simples: não se joga tudo fora por causa de turbulência política ou econômica. No fim, os mercados se reajustam, novas lideranças surgem e geralmente, há um novo ciclo de crescimento.
Além disso, países que ficam fora da briga podem se beneficiar imensamente. Enquanto EUA e China trocam farpas, o México, o Brasil e a Índia ganham espaço nas cadeias produtivas globais. A Índia, por exemplo, tem crescido silenciosamente e pode se tornar a nova fábrica do mundo. O Brasil, apesar da bolsa estar em baixa, vem exportando commodities em alta, um bom sinal para quem pensa no longo prazo.
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Siga o dinheiro
Por fim, talvez a dica mais surpreendente: em momentos de caos, flexibilidade é rei. E, nesse ponto, até o Lula vira exemplo. Amor ou ódio à parte, o Lula tem uma habilidade rara: falar com todos, sem se comprometer com ninguém. Banqueiros, movimentos sociais, empresários, todos recebem um aceno.
No mercado, essa habilidade se traduz em saber ler o cenário e se adaptar. Não se trata de oportunismo, mas de inteligência estratégica. Quando tudo muda o tempo todo, quem permanece rígido quebra. Quem se adapta, sobrevive e próspera.
Então, se você quer tirar proveito da volatilidade, sem correr o risco de afundar, largue a mão de alface. Foque no longo prazo, diversifique, mantenha a calma e pare de reagir no susto. O mercado premia a disciplina, e não o desespero.
Quer entender melhor como fazer isso? Então, assista ao vídeo na íntegra!
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