Como proteger seu patrimônio e família em caso de doenças ou invalidez?

7 de junho de 2024, por Raul Sena (Investidor Sardinha)

Tempo de leitura médio: 6 min, 14 seg


Se tem algo assustador para a maioria dos brasileiros, é o risco de desenvolver doenças graves ou até mesmo de sofrer um acidente que te faça perder alguma parte do corpo. Nesses momentos de insegurança e medo de ficar sem emprego, como proteger seu patrimônio e assegurar sua família de que vai ficar tudo bem?

Esse assunto acaba sendo desconfortável para muita gente, mas esse é o momento de pensar no “e se” e encontrar formas de se preparar para situações ruins.

Neste artigo vamos falar sobre como agir de forma preventiva e se resguardar torcendo para que o pior cenário nunca aconteça.

Seguro cobre doenças graves?

Seguros de vida não se limitam apenas a cobrir a morte do contratante. Muitos planos incluem cobertura para doenças graves, como câncer e outras enfermidades severas, além de acidentes e invalidez.

Essa proteção é essencial, pois oferece um suporte financeiro indispensável em momentos de extrema dificuldade.

Imagine ser diagnosticado com uma doença grave e não ter que se preocupar com as finanças enquanto se concentra na recuperação. Essa é só uma das finalidade de um bom seguro de vida.

Como funciona o seguro de vida?

Um seguro de vida é um contrato no qual você paga um valor mensal ou anual para garantir um prêmio, ou seja, um valor que será pago em caso de eventos específicos como morte, invalidez ou doença grave.

É muito importante ler atentamente as cláusulas do contrato para evitar qualquer surpresa, afinal de contas, algumas seguradoras não cobrem todos os danos que as pessoas acreditam que elas cobrem.

No Brasil, algumas das principais seguradoras incluem a Prudential, Mongeral Aegon, Bradesco Seguros, SulAmérica e Metlife.

4 critérios importantes antes de adquirir um seguro

Antes de contratar um seguro de vida, verifique a reputação da empresa pelo Reclame Aqui e conheça de antemão os principais problemas que cada uma pode ter, e considere os prós e contras ao tomar uma decisão.

Mas saiba que, diferente do que vendem as seguradoras, os seguros mais baratos possuem uma cobertura restrita, que nem sempre valerá o seu gasto. Por isso, levar em conta estes quatro critérios na hora de escolher um é importante:

  1. Não ter atingido a liberdade financeira

Se você depende unicamente da sua força de trabalho para se sustentar e ainda não conquistou a independência financeira, ter um seguro de vida pode ser útil em um momento de dificuldade no qual você não puder amparar sua família.

  1. Renda superior a R$ 7 mil

Ganhar mais de R$ 7 mil por mês também é relevante na hora de contratar um seguro de vida, e você não necessariamente precisa ser um investidor para isso, até porque se presume que ao contratar um seguro de vida, você não tem patrimônio estabelecido.

  1. Ter filhos e dependentes

Nesse critério, até mesmo os seguros mais baratos podem valer a pena, principalmente se o seu maior receio é vir a faltar na vida de seus entes queridos e deixá-los sem assistência, até para custear os gastos decorrentes da perda.

  1. Ter menos de 45 anos

Até os 45 anos é a idade ideal para contratar um seguro de vida, já que depois desse patamar os valores dos seguros de vida se tornam muito altos, dificultando a contratação por parte de algumas pessoas.

Seguro como investimento é bom?

Muitas vezes, seguros são apresentados como uma forma de investimento. Contudo, a verdade é que um seguro só é um bom investimento se ele realmente atender às suas necessidades específicas.

Isso porque os seguros não são totalmente rentáveis para as empresas que os emitem. Devido a sinistros e outros fatores, elas optam por criar uma “cesta de seguros” para repassar investimentos ruins como se fossem seguros de fato.

Enquanto por um lado as companhias oferecem serviços de cobertura em caso de acidentes, invalidez, doença e morte, por outro acrescentam uma proposta duvidosa para você pagar durante um determinado período e depois receber “pelo resto da vida”.

Esse tipo de serviço costuma ser um investimento e normalmente não vale a pena, sendo mais vantajoso se pesquisar e aprender a investir no mercado financeiro de verdade, sem depender desses mecanismos ruins.

Sempre se atente aos detalhes contratuais para evitar se prender por anos à uma proposta duvidosa.

Cuidados ao contratar um seguro

Antes de contratar um seguro, é essencial verificar a reputação da empresa e ler com atenção as reclamações de outros clientes.

Além disso, é importante entender as condições de reajuste dos prêmios e como a empresa trabalha com congelamento de risco, ou seja, com o surgimento de novos problemas de saúde. Afinal de contas, existem seguradoras que, por questão de detalhes, podem cancelar seu contrato.

Gravar conversas e pedir confirmações por escrito, por e-mail ou WhatsApp, de todos os pormenores referentes ao seu seguro pode evitar surpresas desagradáveis no futuro.

Dá uma olhada neste meu vídeo onde te conto todos os cuidados extras que você deve tomar para evitar ser lesado por uma seguradora:

O seguro é temporário?

A maioria dos seguros de vida possui caráter temporário, especialmente aqueles contratados antes dos 45 anos, pois após essa idade os prêmios tendem a ficar muito caros.

O ideal é manter o seguro até atingir um patamar financeiro que permita a autossuficiência em caso de invalidez ou outro evento coberto.

Seguros costumam ser mais vantajosos durante o período em que o segurado ainda está construindo seu patrimônio.

Seguro por invalidez: como funciona?

O seguro por invalidez paga uma indenização proporcional à perda de capacidades do segurado. Por exemplo, a perda de três dedos pode ser compensada com um percentual do valor total da cobertura.

É possível simular cenários para entender melhor como o seguro funciona em casos específicos. Solicitar essas simulações por escrito antes de assinar o contrato pode ser uma boa prática.

Vale a pena fazer um seguro de vida?

A resposta depende de diversos fatores, como sua idade, situação financeira e responsabilidades familiares.

Para quem ainda não atingiu independência financeira e possui dependentes, um seguro de vida pode ser uma proteção indispensável.

No entanto, para indivíduos acima de 45 anos ou aqueles que já têm um patrimônio consolidado, o custo pode não justificar o benefício.

Para mais informações sobre como proteger seu patrimônio, visite a AUVP, faça sua análise de perfil e aprenda comigo a investir no Brasil e no mundo para assegurar o seu futuro e o da sua família.

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