Juros altos? Fod@-se, aprenda a lucrar no Brasil independente da crise

5 de dezembro de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)


Durante uma conversa recente com um investidor experiente, ele me disse algo que à primeira vista me pareceu absurdo: “O Brasil é o paraíso dos investidores.” Minha reação imediata foi de espanto. Afinal, como um país marcado por instabilidade política, crises econômicas recorrentes e altos índices de risco poderia ser considerado um “paraíso” para quem investe?

Mas conforme ele explicou seu ponto de vista, percebi que havia lógica por trás dessa afirmação. O que ele disse se baseava principalmente no comportamento cíclico da economia brasileira.

O argumento dele era simples: apesar da aparente instabilidade, o Brasil tem um padrão quase previsível em seus movimentos econômicos. Como se fosse um “relógio suíço da tragédia”, uma espécie de ciclo que se repete há décadas e que, se compreendido, pode ser usado a favor do investidor.

Comecei a analisar com ele e realmente, ele estava corretíssimo! Desde a criação do Plano Real, em 1994, o país vive um padrão recorrente: períodos de alta inflação seguidos por elevação da taxa Selic, e depois uma fase de queda dessa taxa quando a economia começa a se estabilizar.

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Selic e inflação

Vamos olhar para alguns dados históricos. Em 1995, logo após o Plano Real, a taxa Selic chegou a 36,05%, enquanto a inflação era de 22,41%. Isso representava um juro real de cerca de 11%. Nos anos seguintes, esse movimento de “sobe e desce” se manteve.

Quando a inflação sobe, o Banco Central reage elevando a Selic para conter o consumo e frear a alta de preços. Quando a inflação recua, a taxa de juros também cai, estimulando a economia novamente.

Esse comportamento cria um padrão que pode ser observado em praticamente todos os períodos econômicos do país. E é justamente esse padrão que os investidores mais atentos aprendem a aproveitar.

Quando a taxa Selic está alta, os títulos públicos, como os do Tesouro Direto, se tornam extremamente atrativos. Mas há um detalhe importante: a marcação a mercado.

Como esses ciclos afetam os investimentos?

Esse fenômeno faz com que o valor dos títulos varie conforme a taxa de juros muda. Se você comprou um título prefixado quando a Selic estava alta, e depois ela cai, o valor de mercado desse título sobe; o que gera lucro para quem sabe o momento certo de vender.

Por outro lado, se a Selic está subindo, o preço dos títulos cai e é hora de segurar o investimento (ou, em alguns casos, realocar para outros ativos).

A lógica se repete na renda variável. Quando as taxas de juros começam a cair, o capital migra da renda fixa para a Bolsa de Valores, que tende a se valorizar.

E é aqui que a frase desse meu colega começa a fazer sentido. O Brasil pode parecer caótico. E, de fato, é. Mas, justamente por isso, oferece grandes oportunidades para quem entende os movimentos do mercado. O segredo é entender esse ciclo, diversificar os investimentos e usar o “relógio suíço do caos” a seu favor.

Quer entender melhor toda essa lógica? Então, assista ao vídeo em que comento melhor sobre!

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