3 dicas para chegar no primeiro milhão: minha experiência

Você tem a meta de atingir o primeiro milhão e não sabe como? Vou compartilhar algumas dicas que podem ajudar. Confira!

14 de novembro de 2024 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)


Muitas pessoas me perguntam como conquistei meu primeiro milhão. Vou contar um pouco dessa trajetória e compartilhar 3 dicas para quem também quer alcançar essa meta.

Antes de tudo, como cheguei no primeiro milhão? Para ser sincero, nunca imaginei que isso aconteceria tão cedo. Eu tinha por volta de 24 anos, mas não sei a data exata. E, diferente do que muitos pensam, conquistei essa meta trabalhando. Se você procurar meu nome no Google, vai encontrar algumas das empresas por onde passei, onde ganhava um salário alto. A chave foi investir sempre uma parte do que eu recebia – e foi assim que atingi o primeiro milhão.

Depois de alcançar essa marca, senti a segurança para pedir demissão. Pela primeira vez, não tive receio do que viria pela frente. Com essa liberdade, me mudei para São Paulo, tornei-me sócio de uma produtora que atendia grandes clientes, e iniciei uma transição de carreira, começando a fundar novos negócios.

Esse marco mudou minha mentalidade e me deixou mais confiante. Afinal, se eu tinha conseguido chegar ao primeiro milhão uma vez, isso me deu certeza de que seria possível fazer de novo.

Qual meu maior desafio pra chegar ao primeiro milhão?

Os principais desafios que enfrentei foram, em grande parte, ligados ao desejo de reajustar meu custo de vida. Mesmo com um valor considerável já investido, mantive meus gastos pessoais muito abaixo do que poderia.

Hoje, olhando para trás, penso que talvez tivesse sido bom gastar um pouco mais comigo mesmo. Provavelmente, isso não teria afetado o resultado final de alcançar o primeiro milhão, só teria demorado um pouco mais. Analisando agora, acredito que tomei a decisão certa ao poupar tanto, pois me ajudou a acumular mais capital rapidamente. Mas, com a mentalidade que tenho hoje, eu buscaria um equilíbrio maior.

Na época, investia cerca de 70% do meu salário e vivia com os 30% restantes. Hoje, com uma visão mais madura, tentaria ao menos um equilíbrio de 50% para investimento e 50% para o custo de vida, visando uma vida mais equilibrada.

Outro desafio foi o quanto me envolvi com a meta de investir e acumular dinheiro. Me vi tão focado em multiplicar o que ganhava que, por conta disso, acabei negligenciando a família e amigos. Acabei me divorciando cedo, e quase não tinha uma rede social de apoio. Esse foco excessivo em acumular foi uma escolha minha, mas, ao longo do tempo, percebi que teve um preço emocional alto.

Foi uma jornada que poderia ter sido menos solitária. Com o passar do tempo, percebi que o dinheiro acumulado na conta não é capaz de recuperar o tempo que passou. Esse aprendizado foi, talvez, o mais valioso.

Quais os benefícios de alcançar o 1 milhão?

Apesar dos desafios, alcançar o primeiro milhão trouxe benefícios significativos. Esse marco me deu mais visibilidade e um certo status, já que muitos passaram a me ver como alguém de sucesso, por ter atingido um objetivo financeiro tão grande. Além disso, me trouxe mais credibilidade — as pessoas passaram a confiar em mim para gerenciar seus recursos financeiros. Esses fatores foram essenciais para construir a base do que faço hoje e me ajudaram a abrir portas e oportunidades ao longo do caminho

Como chegar ao R$ 1 milhão?

Agora, se você está no caminho em busca de atingir seu primeiro milhão, vou compartilhar algumas dicas valiosas que podem te ajudar a chegar nessa meta.

1. Priorize investimentos consistentes

Focar apenas em ganhar mais dinheiro não é o caminho. O segredo é acumular e construir uma reserva financeira robusta. Ter uma renda passiva — digamos, R$5 mil por mês — pode ser o que garante sua independência em momentos difíceis. Mesmo que tudo desmorone, essa segurança permite que você se mantenha, se precisar, em um lugar mais simples, mas com as necessidades básicas garantidas, sem depender de trabalho imediato para sobreviver.

Construir um alicerce financeiro é fundamental, pois, com essa base sólida e uma casa própria, você terá a segurança de que poucas adversidades realmente irão te abalar. A liberdade de não se preocupar com o essencial muda a forma de encarar a vida, trazendo mais leveza e confiança nas decisões.

2. Aprenda a balancear risco e segurança

O problema atual é a dificuldade em equilibrar risco e segurança. Recentemente, em uma conversa com um aluno da AUVP, ele compartilhou uma situação: gerente de uma rede de supermercados, com uma trajetória de 10 anos até alcançar a gerência, onde controlava seis lojas e tinha um salário de R$12 mil. Então, uma grande rede ofereceu R$13.400 e alguns benefícios extras. Ele estava pensando em trocar de emprego para ganhar R$1.400 a mais, apesar de saber que, na nova rede, seria apenas mais um entre centenas de funcionários.

Aconselhei que ele falasse com o dono do supermercado, explicando que a nova rede estava se expandindo para a cidade e que ele havia recebido uma proposta. Esse diálogo mostraria que ele estava comprometido, mas que também tinha valor de mercado.

Resultado? Ele não só manteve seu emprego, mas passou a ganhar R$15.400, com mais estabilidade e reconhecimento no local onde construiu sua trajetória.

Se ele tivesse aceitado a nova proposta, estaria assumindo um risco maior, num ambiente onde dificilmente teria a mesma visibilidade e estabilidade. Então, às vezes, o melhor caminho é usar suas conquistas e recursos onde você está para atingir novos patamares.

3. Cultive a paciência e a mentalidade de longo prazo

Muitas vezes, você olha para a planilha e fica frustrado, querendo que tudo aconteça rápido, como se o sucesso tivesse que vir para ontem. Mas, se você não começou 15 anos atrás, imagine como será daqui a outros 15 anos, quando perceber que ainda não fez o que precisa ser feito.

Tudo começa com o primeiro passo e, acima de tudo, com paciência. Esse princípio vale para qualquer área da vida. Se o seu projeto é apenas para o fim do ano, o alcance dele provavelmente será limitado. É preciso pensar a longo prazo, com um planejamento de, no mínimo, 10 anos.

Se você não se organiza para períodos longos, o risco é de as pressões se acumularem a ponto de afetarem até mesmo suas necessidades básicas. Por outro lado, quando planejamos para o futuro, ficamos menos ansiosos e isso transforma a forma como enxergamos a vida.

Espero que este conteúdo te inspire a se organizar e a atingir seu primeiro R$1 milhão. Ficou com alguma dúvida? Então assista ao vídeo completo!

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