Grupo CEEE
Informações atualizadas em 02/12/2022Avaliação dos usuários
Empresa:
Ainda não foram feitas avaliaçõesGestão:
Ainda não foram feitas avaliaçõesTicker | EEEL3, EEEL4 |
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Fundador | Noé de Mello Freitas |
Presidente da empresa | Marco da Camino Ancona Lopez Soligo |
Alavancada? | Não |
Registra lucro? | Sim |
Histórico de distribuição de dividendos | A empresa distribuí dividendos consecutivamente desde 2017. Acesse para conferir o histórico de pagamento de dividendos. |
Participação do Estado | 0% |
Ano de fundação | 1943 |
Ano do IPO | 1970 |
Setor de atuação | Elétrico |
Recuperação judicial? | Não |
Tamanho da empresa | Small Cap |
Links úteis | |
Principais produtos | A empresa atua na concessão de serviços de:
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O que a empresa faz?
O Grupo CEEE é uma concessionária de serviços de geração e transmissão de energia elétrica no Estado do Rio Grande do Sul. Desse modo, a empresa atua em duas frentes:
CEE-GT: A Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica (CEE-GT) é uma empresa de economia mista que pertence ao Grupo CEE. A CEE-GT conta com 15 usinas localizadas em Jacuí e Salto, o que totaliza uma capacidade própria instalada de 909,9 MW.
Além disso, a companhia possui 55 subestações e cerca de 6.000 km de linhas de transmissão. A energia produzida por suas usinas é destinada ao suprimento do Sistema Integrado Nacional (SIN). Já os seus clientes são empresas de Distribuição e Consumidores Livres do mercado.
CEE-D: A Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEE-D) também é uma companhia de economia mista que pertence ao Grupo CEE. Basicamente, a CEE-D é uma empresa de distribuição de energia elétrica destinada ao suprimento do estado do Rio Grande do Sul.
Breve história da empresa
A história do Grupo CEEE teve início em 1943 quando o governo do Rio Grande do Sul criou a Comissão Estadual de Energia Elétrica (CEE), com a finalidade de prever e sistematizar para todo o estado o aproveitamento do potencial hidráulico, em conexão com as suas reservas carboníferas.
Em 1945 a empresa lançou o Plano de Eletrificação do Rio Grande do Sul e no mês de outubro do mesmo ano, através do Decreto nº 18.896, a União concedeu ao governo gaúcho um conjunto de aproveitamentos de energia hidráulica e autorizou ainda a construção de várias termelétricas previstas no plano de eletrificação estadual.
Dois anos depois, entrou em operação a usina do Passo do Inferno, o primeiro empreendimento hidrelétrico da CEEE tendo como base o plano de eletrificação. Sendo que a usina está localizada no rio Santa Cruz, no município de São Francisco de Paula.
A CEEE deu prosseguimento ao plano de eletrificação, assumindo a condição de principal supridora de energia elétrica do estado. Além de realizar a instalação de usinas diesel de emergência em vários municípios, a concessionária também empreendeu na construção de centrais hidrelétricas e termelétricas a carvão.
Na década de 1950 a empresa concluiu as obras da termelétrica de São Jerônimo, em 1953, e a hidrelétrica de Canastra, em 1956. Já em 1961, a CEEE reforçou a sua participação da termeletricidade na produção de energia elétrica, com o início do funcionamento da usina a carvão de Candiota, localizada em Bagé.
No ano seguinte, a CEEE concluiu a primeira etapa da hidrelétrica de Jacuí e colocou em operação as três primeiras unidades geradoras. Em 1951, a CEEE foi transformada em autarquia e em 1961, ela mudou o seu nome para Companhia Estadual de Energia Elétrica.
Posteriormente, em 1963, a companhia passou a ser uma empresa de economia mista. Já em 1967, a CEEE incorporou a Companhia de Energia Elétrica Rio-Grandense (Ceerg) e assumiu a concessão dos serviços de eletricidade em Porto Alegre e Canoas.
Alguns anos depois, em 1972, a Companhia Pelotense de Eletricidade também foi incorporada. No ano de 1974, foi inaugurada a usina termelétrica a carvão de Presidente Médici (Candiota II).
Com isso, a capacidade de geração da companhia foi aumentada. Já em 1968 entrou em operação a Nova Usina Termelétrica de Porto Alegre (Nutepa).
A CEEE era responsável pelo atendimento do mercado de energia elétrica de quase todo o estado do Rio Grande do Sul e realizou muitos investimentos importantes na transmissão durante as décadas de 1960 a 1980, implantando mais de 5 mil km de linhas de 230 kV e 138 kV.
Sendo que a CEEE investiu não apenas na geração hidrelétrica, como também na termelétrica. Desse modo, a potência instalada de base hidráulica foi ampliada para 882,9MW, o que correspondia a quase dois terços do total da companhia em 1989.
Sendo que essa expansão ocorreu graças a construção das usinas de Itaúba, Jacuí e Passo Real. Essas três usinas formam o complexo hidrelétrico do rio Jacuí, na região central do estado.
Em conformidade com a Lei Estadual nº 10.900 de dezembro de 1996, a Companhia Norte-Nordeste de Distribuição de Energia Elétrica e a Companhia Centro-Oeste de Distribuição de Energia Elétrica foram constituídas como subsidiárias da CEEE.
Basicamente, a lei previu o desmembramento da CEEE em três empresas de distribuição, uma de geração hídrica, uma de geração térmica e outra de transmissão.
Em 1997 a empresa passou por uma reestruturação e continuou atuante nos segmentos de geração hidrelétrica e transmissão, mantendo a concessão para a distribuição de energia em 72 municípios gaúchos.
Já as três principais termelétricas da companhia foram transferidas para o controle da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), federalizada em 1998 e depois transformada em subsidiária da Eletrobrás.
A CEEE fez parte dos consórcios que venceram os leilões da Aneel entre 1998 e 2000 para a construção e exploração da hidrelétrica de Campos Novos (SC) e das usinas do Complexo Energético de Rio das Antas (RS).
De acordo com a legislação vigente do setor elétrico, as atividades de geração, transmissão e distribuição de energia devem ser alocadas em empresas diferentes.
Dessa forma, ocorreu um processo de desverticalização da CEEE e em 2006 foi criada a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-GT) e a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D).
Atualmente, o grupo CEEE possui 5 usinas hidrelétricas, 8 pequenas centrais hidrelétricas e 2 centrais geradoras hidrelétricas (CGHs) derivadas da participação em projetos realizados por meio de Consórcios ou Sociedades de Propósito Específico.
Diretoria
Marco da Camino Ancona Lopez Soligo (Diretor-Presidente, Diretor Financeiro e de RI)
Giovani Francisco da Silva (Diretor de Distribuição)
Lúcio do Prado Nunes (Diretor Administrativo)
Carlos Augusto Tavares de Almeida (Diretor de Geração)
Gustavo Balbino Dias da Costa (Diretor de Planejamento e Projetos Especiais)
Conselho administrativo
Vera Inez Salgueiro Lermen ( Presidente)
Marco da Camino Ancona Lopez Soligo
Rodrigo Madeira Henrique de Araújo
Paulo Roberto Miguez Bastos da Silva
Principais concorrentes
AES Tietê (TIET3, TIET4, TIET11)
Afluente Transmissão de Energia (AFLT3)
Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE4)
Transmissão Paulista (TRPL3, TRPL4)
Perspectiva para o futuro
O futuro do grupo CEEE é incerto. Em 2021, a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D) foi vendida para a Equatorial Energia. Vale destacar que a CEEE-D está com uma dívida bilionária e a Equatorial Energia foi a única a apresentar uma oferta.
Além disso, a CEEE-T foi vendida para o CPFL. Ao que tudo indica, a intenção é que no futuro próximo, ocorra uma desestatização completa da empresa, já que os segmentos de distribuição (CEEE-D) e de transmissão (CEEE-T), já foram vendidos.
Composição acionária
EEEL3 | Acionista | Percentual |
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1 | Companhia Estadual de Energia Elétrica Participações - CEEE-Par | 67,05% |
2 | Centrais Elétricas Brasileiras - Eletrobras | 32,23% |
3 | Jacinta Campoi dos Santos | 0,10% |
4 | Free Float | 0,62% |
EEEL4 | Acionista | Percentual |
---|---|---|
1 | Companhia Estadual de Energia Elétrica Participações - CEEE-Par | 0,66% |
2 | Centrais Elétricas Brasileiras - Eletrobras | 53,43% |
3 | Jacinta Campoi dos Santos | 5,05% |
4 | Free Float | 40,86% |