Encargos sociais: o que são, para que servem e quais são?

Encargos sociais são custos extras que as empresas precisam pagar além dos salários dos seus funcionários. Veja para que servem e quais são.

18 de novembro de 2024 - por Sidemar Castro


Os encargos sociais são custos adicionais que as empresas precisam pagar além dos salários dos seus funcionários. Esses encargos são obrigatórios por lei e têm como objetivo garantir benefícios e direitos trabalhistas.

São vários os tipos de encargos sociais, entre eles, o INSS, FGTS, 13º Salário, Férias remuneradas e contribuição sindical. Ademais, os encargos sociais garantem que os trabalhadores tenham acesso a benefícios importantes, como aposentadoria, seguro-desemprego e assistência médica.

Embora os encargos sociais representem um custo adicional para as empresas, eles são essenciais para garantir os direitos dos trabalhadores e promover a justiça social.

Quer ter mais informações sobre os encargos sociais? Continue na leitura.

O que são os encargos sociais?

Encargos sociais são valores que as empresas pagam ao governo sobre os salários dos seus funcionários. Esses encargos vão além do salário pago ao trabalhador e incluem contribuições para a previdência social, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), seguros e outros benefícios exigidos por lei.

Esses custos adicionais garantem alguns direitos aos trabalhadores, como aposentadoria, seguro-desemprego e auxílio-doença. A empresa paga esses encargos mensalmente, de acordo com o valor do salário e a quantidade de funcionários.

Por exemplo, ao contratar um funcionário, a empresa paga, além do salário, uma porcentagem em encargos sociais, como INSS e FGTS. Com isso, o trabalhador tem uma série de proteções e benefícios garantidos.

Portanto, os encargos sociais são fundamentais para assegurar que as empresas contribuam para a segurança e bem-estar dos seus colaboradores.

Quais são os tipos de encargos sociais?

Aqui estão os principais tipos de encargos sociais, com explicações sobre cada um:

1) INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)

O INSS é uma contribuição obrigatória que financia a previdência social. Portanto, as empresas devem recolher 20% sobre a folha de pagamento, garantindo benefícios como aposentadorias, licença-maternidade e seguro saúde aos trabalhadores.

2) FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço)

O FGTS funciona como uma poupança compulsória para o trabalhador, com um depósito mensal equivalente a 8% do salário. Sendo assim, esse fundo é acessado em situações como demissão sem justa causa ou para aquisição de imóvel, proporcionando segurança financeira ao empregado.

3) PIS/PASEP (Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público)

O PIS é destinado a trabalhadores do setor privado, enquanto o PASEP é voltado para servidores públicos. Esses programas garantem um abono salarial anual para os trabalhadores que atendem aos critérios, promovendo uma redistribuição de renda.

4) Salário Educação

Este encargo é destinado ao financiamento da educação básica no Brasil. Ou seja, as empresas devem contribuir com um percentual sobre a folha de pagamento, que é utilizado para melhorar as condições educacionais e garantir acesso à educação para crianças e adolescentes.

5) Contribuição para o Sistema S

Essa contribuição destina-se a entidades como SESC, SENAI e SESI, que oferecem serviços de formação profissional e assistência social. Assim, as empresas pagam um percentual sobre a folha de pagamento, contribuindo para o desenvolvimento social e profissional dos trabalhadores.

Esses encargos sociais asseguram direitos trabalhistas e promovem o bem-estar dos empregados no Brasil.

Para que servem os encargos sociais?

Os encargos sociais servem para financiar benefícios e seguridade dos trabalhadores. Portanto, eles incluem contribuições obrigatórias que as empresas devem pagar ao governo para assegurar que os direitos dos empregados sejam cumpridos.

Entre esses direitos, estão o recolhimento do INSS, que garante a aposentadoria e outros auxílios, o FGTS, que forma um fundo em caso de demissão, e o pagamento de férias e décimo terceiro.

Esses encargos ajudam a proteger o trabalhador contra imprevistos, como doença, acidente de trabalho ou desemprego, e a assegurar uma renda na aposentadoria.

Além disso, eles incentivam a formalização das relações de trabalho, garantindo mais segurança tanto para a empresa quanto para o trabalhador.

Qual a diferença entre encargos sociais e trabalhistas?

A diferença entre encargos sociais e encargos trabalhistas está nos tipos de obrigações e finalidades de cada um.

Encargos sociais são valores que a empresa paga ao governo para financiar benefícios da seguridade social, como o INSS e o FGTS. Assim, eles têm o objetivo de criar uma rede de proteção social, ajudando a garantir benefícios de aposentadoria, auxílio-doença, seguro-desemprego e outros direitos aos trabalhadores.

Já os encargos trabalhistas são diretamente ligados aos direitos dos empregados. Eles incluem custos como férias, décimo terceiro salário, horas extras, adicionais noturnos e de periculosidade. Ou seja, são pagamentos obrigatórios feitos ao trabalhador para compensá-lo diretamente por seu tempo e esforço no trabalho.

Portanto, os encargos sociais vão para o governo para garantir benefícios sociais e previdenciários, enquanto os encargos trabalhistas são pagos diretamente ao trabalhador para assegurar os direitos previstos em lei.

Fontes: Suno, Nexoos, AG Capital, Rock Content

GDR: o que são e como funcionam os Global Depositary Receipts?

Sociedade de Crédito Direto (SCD): o que é e como funciona?

IPI: o que é, como funciona e quando este imposto é cobrado?

Método de equivalência patrimonial: o que é e como funciona?