A China deu a cartada final e os EUA vão arregar?

A China deu uma cartada final e esquentou ainda mais o clima com os EUA. Entenda melhor sobre essa nova restrição!

9 de maio de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)


Nos últimos dias, a tensão entre China e Estados Unidos ganhou um novo capítulo e agora, a China deu sua cartada final. Xi Jinping decidiu restringir a exportação de terras raras pesadas para os EUA, uma jogada estratégica que pode mudar o rumo da geopolítica tecnológica mundial. Mas, afinal, o que está em jogo?

Para entender melhor porque essa cartada foi tão significativa, antes, precisamos explicar o que são essas terras.

Terras raras pesadas são um grupo de elementos químicos fundamentais para a produção de tecnologias modernas e equipamentos militares. Entre eles estão o térbio, o diprósio, o escândio e o ítrio, usados em:

  • Caças militares;
  • Mísseis e submarinos;
  • Drones;
  • Chips e servidores;
  • Baterias de carros elétricos;
  • Turbinas eólicas.

Atualmente, a China domina o mercado global dessas substâncias. Ou seja, cerca de 70% da mineração e 90% do refino acontecem em território chinês.

Veja também: Quais são os maiores exportadores do mundo?

Os EUA estão preparados?

A resposta curta é: não. Existem reservas de terras raras em países como Austrália, Groenlândia e até nos EUA (em Mountain Pass, Califórnia). No entanto, a dependência da China no refino ainda é gigantesca. Isso significa que qualquer movimento de interrupção no fornecimento, coloca a indústria americana (civil e militar), em xeque.

A guerra comercial esquentou (de novo)

Diante das novas sanções americanas, que incluem restrições à exportação de chips da Nvidia e AMD para a China, a resposta chinesa foi certeira. Ao restringir a exportação das terras raras, Xi Jinping não apenas dificultou o acesso dos EUA a insumos estratégicos, como também acirrou o clima de “guerra fria 2.0” que se arrasta há anos entre as duas potências.

A Nvidia, por exemplo, alertou para uma possível perda de US$ 5,5 bilhões devido à nova exigência de licenças de exportação. A AMD também estimou um prejuízo de US$ 800 milhões. O impacto foi imediato: as ações das empresas de tecnologia despencaram e o setor de semicondutores sofreu recuos significativos nas bolsas.

Embora ainda estejamos falando de tarifas, licenças e medidas comerciais, a movimentação tem um fundo claro de preocupação militar. Os dois países estão agindo com cautela, mas cada medida indica que ambos temem o que o outro pode fazer com a tecnologia.

A China precisa dos chips americanos?

Alguns especialistas defendem que a China já tem capacidade técnica para produzir chips de forma independente. Ou seja, a importação acontece mais por conveniência e aceitação comercial. Produtos com marca Nvidia, por exemplo, ainda têm mais valor no mercado americano, onde boa parte dos produtos chineses são revendidos.

Como isso afeta o Brasil?

No meio dessa disputa, o Brasil segue como uma peça observadora, mas interessada. O país não produz chips, mas vê oportunidades de exportação de commodities aumentarem à medida que o comércio entre China e EUA se fecha.

Além disso, ao mesmo tempo, a indústria brasileira pode sofrer impactos indiretos, já que algumas cadeias de suprimento dependem de componentes e máquinas afetadas por esse conflito.

Além disso, o Brasil também tenta se aproximar de blocos como a União Europeia, costurando acordos que possam reduzir os efeitos dessa nova guerra fria.

O que esperar daqui pra frente?

Ninguém saiu ileso até agora. A tensão entre as duas maiores potências do mundo pode forçar uma reorganização global das cadeias de produção. Países do Ocidente podem ser obrigados a investir pesado em inovação tecnológica e autossuficiência industrial, enquanto o restante do mundo assiste aos desdobramentos e tenta se adaptar.

A grande questão que fica é: será que vamos continuar apenas em uma guerra comercial ou estamos nos aproximando de algo mais sério? Espero que não.

Quer entender melhor sobre todo esse enrosco? Então, assista ao vídeo na íntegra!

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