21 de julho de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)

Impérios nascem, crescem, dominam o mundo… e caem. A história mostra esse ciclo com Roma, com o Império Britânico, com a União Soviética. E agora? Bem, parece que os Estados Unidos estão ensaiando seus passos finais. Seria o início do fim do império americano? É sobre isso que iremos falar hoje!
Ray Dalio, bilionário e autor do livro Princípios para Lidar com a Nova Ordem Mundial, é um dos que apontam o fim iminente da hegemonia americana. Segundo ele, esse declínio pode até ser adiado, mas dificilmente evitado. Quando li isso pela primeira vez, achei um tanto exagerado. Mas, quando Donald Trump voltou para a presidência dos EUA e começou a tomar certas atitudes, percebi que ele não estava completamente errado.
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Decadência de Donald Trump
Trump voltou à Casa Branca como se nada tivesse acontecido. Como se o fato de ter perdido a eleição anterior não fosse um sinal de que o seu “primeiro tempo” foi, no mínimo, controverso. E em vez de tentar resgatar os fundamentos que fizeram dos EUA a maior potência do mundo, ele resolveu ir para o tudo ou nada contra a China.
O problema é que esse “tudo ou nada” parece mais um “nada com nada”.
Trump tem adotado medidas protecionistas, taxando produtos chineses, brasileiros, europeus. Tarifas que, no fim das contas, recaem sobre o consumidor americano. É o famoso tiro no pé.
EUA x China
Trump quer proteger setores ineficientes dos EUA, quer forçar a Apple a fabricar iPhones em solo americano. Mas vamos combinar: se fabricar na China é mais barato, talvez o problema não seja a China, mas os custos internos dos EUA.
E não é só o Trump. O Brasil já fez isso por décadas: tarifas altíssimas para proteger a “indústria nacional”. Resultado? Você consegue lembrar de uma grande fabricante brasileira de celulares? Carros? Exato.
Enquanto isso, a China fez o oposto. Abriu as portas, ofereceu isenções, atraiu empresas estrangeiras e copiou, para depois aprimorar. Hoje, é líder global em produção e inovação. O que é resultado de estratégia, não de tarifas.
Nos anos 80, os EUA tentaram sufocar os carros japoneses com tarifas. Resultado? A Toyota ficou ainda mais eficiente e dominou o mercado global. Enquanto isso, os fabricantes americanos relaxaram, protegidos demais para competir de verdade.
Desenvolvimento da China
Trump parece achar que o problema dos EUA é que o chinês vende mais barato. A culpa, então, não é da falta de produtividade americana, da burocracia, dos impostos. É do chinês que trabalha demais e vende bem. Conveniente, não?
Mas o mundo mudou. Os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) já superaram o G7 em participação no PIB global. E a resposta para isso não pode ser “fechar a porta e jogar a chave fora”.
Ou os EUA aprendem a competir novamente, com eficiência, com inovação, ou vão ver o dólar perder espaço. E isso já está acontecendo. Hoje, menos de 60% das reservas internacionais dos bancos centrais estão em dólar, a menor participação em 30 anos.
Trump vai se reeleger?
Há quem diga que tudo isso é intencional, que Trump quer instabilidade. Que sonha com um cenário onde uma nova reeleição se justifique “pela segurança nacional”. Lembra do Putin, pois é, há quem veja semelhanças demais.
E aí entra o Brasil novamente. Quando Trump taxa o Brasil, será que é por causa da nossa balança comercial? Ou é só uma jogada política para inflar o discurso populista e autoritário? Tem que ser muito inocente pra acreditar que a preocupação dos EUA nesse momento é com o cidadão brasileiro.
Enfim, se você quer entender melhor sobre tudo isso que expliquei e sobre o início do fim do império americano, assita ao vídeo completo!
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