8 de outubro de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)

Nos últimos meses, o mercado financeiro tem se movimentado em torno de uma expectativa cada vez mais forte: a queda da taxa Selic. Mas, afinal, o que isso significa na prática para a economia e para os seus investimentos?
A Selic, taxa básica de juros da nossa economia, é um dos principais instrumentos do Banco Central para controlar a inflação. Em linhas simples, quando a inflação está alta, a Selic sobe. Isso reduz o consumo, já que o crédito fica mais caro e ajuda a equilibrar os preços. Por outro lado, quando a Selic cai, o crédito se torna mais acessível, a atividade econômica aumenta e o consumo cresce, o que pode estimular empresas e gerar empregos.
O ponto de equilíbrio é essencial: juros muito altos travam a economia, enquanto juros muito baixos podem gerar descontrole inflacionário.
Veja também: Inflação subjacente: o que é, como se calcula e qual a importância?
Copom vai cortar taxa de juros?
As próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária) devem confirmar os cortes na taxa de juros. Se isso se confirmar, os cortes vão funcionar como um “fôlego extra” para a economia: indústrias ganham mais espaço para investir, empresas voltam a contratar e consumidores têm maior acesso ao crédito.
Para os investidores, essa mudança traz consequências diretas. Quem hoje vive apenas da renda fixa, aproveitando juros altos, vai começar a buscar alternativas mais rentáveis quando os rendimentos caírem.
Aumento na bolsa e fundos
Historicamente, há uma correlação entre a queda da Selic e a alta da bolsa de valores. Sempre que os juros recuam, investidores passam a considerar mais atrativos os ativos de risco, como ações e fundos imobiliários (FIIs).
Isso não significa que investir em ações ou fundos imobiliários seja garantia de retorno imediato. O histórico brasileiro mostra volatilidade e fragilidades estruturais, como baixa abertura de IPOs e problemas fiscais. Porém, em ciclos de queda de juros, é comum surgirem boas oportunidades em empresas sólidas, com lucros consistentes e baixo endividamento.
Além disso, quem investe no longo prazo pode se beneficiar de períodos de crise e desvalorização, comprando ativos a preços mais baixos e colhendo os frutos quando o ciclo econômico melhora.
Vale a pena investir em renda variável?
Se a Selic realmente cair, a renda fixa tende a perder atratividade gradualmente. Nesse cenário, pode ser o momento de:
- Avaliar estratégias de longo prazo em setores resilientes da economia brasileira, como agronegócio e commodities.
- Diversificar para ativos de risco com qualidade (ações, FIIs, ETFs).
- Manter uma parte em renda fixa, priorizando papéis indexados à inflação (IPCA+) para proteção.
Para os investidores, é hora de se preparar para uma possível valorização da bolsa e dos fundos imobiliários, ao mesmo tempo em que a renda fixa perde um pouco de brilho.
O importante é estar posicionado em ativos de qualidade e ter disciplina de longo prazo. Afinal, bons negócios tendem a atravessar crises e oferecer retornos consistentes com o tempo.
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