29 de outubro de 2025 - por Millena Santos
Quando o assunto é tirar um projeto do papel, surge uma dúvida: usar capital próprio ou capital de terceiros? Afinal, essa escolha vai muito além de uma simples questão financeira.
Neste texto, a gente vai te contar mais sobre isso. Vamos lá?
O que é capital próprio?
O capital próprio é o dinheiro que os sócios ou o dono de uma empresa investem do próprio bolso para fazer o negócio acontecer. Ou seja, é o recurso que vem de dentro da empresa, sem depender de empréstimos ou financiamentos externos.
Esse valor faz parte do Patrimônio Líquido, que representa o que realmente pertence aos donos da companhia. Ele pode vir tanto do investimento inicial dos sócios quanto dos lucros que a empresa decide reinvestir no próprio crescimento.
Vantagens e desvantagens do capital próprio
Vantagens
- Sem dívidas: como o dinheiro vem dos próprios sócios, não há necessidade de recorrer a empréstimos ou financiamentos, o que evita o acúmulo de juros.
- Mais tempo para investir: sem a pressão de prazos para pagar credores, é possível planejar o crescimento da empresa com mais tranquilidade.
- Comprometimento dos sócios: quando o investimento é próprio, o engajamento e o cuidado com o negócio tendem a ser maiores.
- Liberdade de decisão: sem interferência de bancos ou investidores externos, as decisões podem ser tomadas com mais autonomia.
Desvantagens
- Recursos limitados: o dinheiro disponível depende do que os sócios têm para investir, o que pode restringir o crescimento em alguns momentos.
- Custo de oportunidade: ao aplicar o próprio capital no negócio, os sócios deixam de investir esse dinheiro em outras opções que poderiam render mais.
- Crescimento mais lento: como o aporte depende de recursos próprios, o processo de expansão da empresa pode levar mais tempo.
O que é capital de terceiros?
O capital de terceiros é o dinheiro que a empresa consegue de fontes externas, como bancos, instituições financeiras ou investidores.
Ele vem na forma de empréstimos, financiamentos ou linhas de crédito, sempre com prazos e taxas de juros definidos em contrato.
Portanto, é quando o negócio usa recursos de fora para crescer. Essa opção, inclusive, pode ser ótima para quem quer expandir o negócio, mas exige um bom planejamento para não se perder nas dívidas.
Vantagens e desvantagens do capital de terceiros
Vantagens
- Acesso rápido ao dinheiro: a empresa consegue o capital exatamente quando precisa, sem depender do que já tem em caixa.
- Possibilidade de juros menores: dependendo da negociação e do crédito da empresa, os juros podem ser acessíveis e vantajosos.
- Preservação do controle: os sócios não precisam abrir mão de participação no negócio para captar recursos.
- Previsibilidade financeira: os prazos e valores de pagamento são definidos desde o início, o que facilita o planejamento do fluxo de caixa.
Desvantagens do capital de terceiros
- Endividamento: o principal risco é comprometer o caixa com o pagamento de parcelas e juros, o que pode afetar o equilíbrio financeiro.
- Risco de imagem: empresas muito endividadas podem ser vistas como de alto risco no mercado, dificultando novos créditos no futuro.
- Dependência externa: o excesso de capital de terceiros pode deixar o negócio vulnerável a mudanças nas taxas de juros ou condições econômicas.
Capital próprio ou capital de terceiros: qual é a diferença?
A principal diferença entre o capital próprio e o capital de terceiros está na origem do dinheiro que a empresa utiliza.
No capital próprio, os recursos vêm dos sócios ou do próprio negócio, seja por meio de aportes iniciais ou da reinversão dos lucros.
Já no capital de terceiros, o dinheiro vem de fontes externas, como empréstimos, financiamentos ou investidores, e precisa ser devolvido com juros dentro de um prazo acordado.
Portanto, o capital próprio dá mais autonomia, mas pode limitar o crescimento. O capital de terceiros oferece maior poder de expansão, mas traz junto o compromisso das dívidas.
Capital próprio ou capital de terceiros: qual escolher?
Na hora de decidir entre capital próprio ou capital de terceiros, a grande questão que vem à tona é: como crescer gastando o mínimo possível e mantendo a saúde financeira do negócio?
De modo geral, o capital de terceiros tende a ter um custo mais baixo, já que os juros podem ser menores em comparação ao retorno exigido pelos sócios. Certo?
No entanto, ele traz um compromisso fixo: as parcelas precisam ser pagas, mesmo que o desempenho da empresa não esteja indo tão bem.
Já o capital próprio não gera dívidas, mas pode representar um custo de oportunidade. Isso porque o dinheiro investido pelos sócios deixa de ser aplicado em outros lugares.
Por isso, a escolha depende de uma análise mais detalhada: leve em conta o plano de negócios, a capacidade de investimento dos sócios, as projeções financeiras, o tipo de investimento e, claro, o nível de tolerância ao risco.
O equilíbrio entre os dois tipos de capital costuma ser o caminho mais inteligente para crescer com segurança.