Fundos offshore: o que são, como funcionam e tipos

31 de outubro de 2022, por Jaíne Jehniffer

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Os fundos offshore são um tipo de fundo de investimento, cuja sede está localizada formalmente no exterior, contudo, o gestor pode se estabelecer no Brasil.

Sendo que a sede do fundo costuma ser em países onde os impostos são menores como, por exemplo, Suíça, Ilhas Cayman e Luxemburgo. Além da sede, os recursos do fundo também são aplicados em ativos no exterior.

Existem três tipos de fundos offshore: fundo de renda fixa, renda variável e misto. O mais comum, é o de renda variável.

Uma das vantagens desse tipo de fundo, é a diversificação da carteira de investimentos. Além disso, existe a vantagem dos custos reduzidos, já que esses fundos estão em paraísos fiscais.

Em relação à rentabilidade, ela varia bastante de acordo com o tipo de ativo que o fundo investe. Por exemplo, os fundos de renda fixa tendem a apresentar um retorno menor do que os fundos de renda variável.

Quais são os tipos de fundos offshore?

Os três tipos principais de fundos offshore são:

1- Fundos offshore de renda fixa

Como o próprio nome indica, esse tipo de fundo offshore tem como foco a aplicação em ativos de renda fixa. Sendo que esses títulos podem ser públicos ou provados.

2- Fundos offshore de renda variável

Esse tipo de fundo aplica em ativos de renda variável como ações e fundos de investimento, por exemplo. A vantagem desse tipo é a diversificação.

3- Fundo offshore misto

Por fim, esse tipo de fundo aplica tanto em títulos de renda fixa, quanto em ativos de renda variável. Ou seja, ele conta com uma flexibilidade maior para a alocação de capital.

Taxas

As taxas dos fundos offshore podem ser altas, o que é uma desvantagem desse tipo de fundo. As taxas cobradas por cada fundo depende muito do país em que o fundo tem sede oficial.

Dentre as taxas cobradas, temos a taxa de administração, que é cobrada em todos os tipos de fundo. Além dela, existe ainda a taxa de performance, que não é cobrada em todos os tipos.

Portanto, o valor das taxas pode ser um impeditivo para que parte da população invista. Além disso, o valor mínimo para investir costuma ser alto. 

Um detalhe importante sobre os fundos offshore, é que eles não têm garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Sendo assim, existem riscos consideráveis.

Vantagens e desvantagens

Uma das principais vantagens de investir em fundos offshore, é a possibilidade de investir no exterior. Sendo que o rendimento varia de acordo com o tipo de fundo, mas no geral, esses fundos têm alta rentabilidade.

Além disso, esses fundos podem ser uma boa forma de diversificar a sua carteira de investimentos. Lembrando que a diversificação reduz os riscos e potencializa as chances de ganhos.

Por outro lado, uma desvantagem é que o valor mínimo para investir costuma ser alto. Existe ainda a questão das taxas cobradas, que costumam ser altas também.

Por fim, existe ainda o risco, já que esse tipo de aplicação não conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos.

Diferenças entre fundos offshore e fundos de investimento no exterior

Os dois tipos de fundo são formas de investir no exterior. Mas de maneiras diferentes. Primeiramente, os fundos de investimento no exterior têm sede no Brasil. Já os fundos offshore têm sede no exterior.

Outra diferença é que os fundos de investimento no exterior têm uma seleção de ativos própria, que é realizada por um gestor. Já os fundos offshore possibilitam que o próprio investidor selecione os ativos.

Os dois tipos de fundos podem ser classificados como renda fixa ou renda variável, de acordo com a composição do seu portfólio.

Contudo, os fundos offshore têm ainda a classificação de misto. Por outro lado, os fundos de investimento no exterior contam com a opção de fundo cambial, que aplica em moedas estrangeiras.

Fontes: Exame, Mais retorno e Suno.