30 de setembro de 2020 - por Jaíne Jehniffer

Quer saber o que é diversificação de investimentos? Pense nela como a arte de montar um time de futebol campeão! Imagina só se você colocasse todos os seus craques na defesa. O que aconteceria se o time adversário tivesse um ataque arrasador? Pois é, seu time provavelmente passaria aperto, certo? A lógica para seus investimentos é bem parecida!
Diversificar seus investimentos é como montar um elenco completo, com jogadores em todas as posições, prontos para qualquer desafio. Em vez de apostar todas as suas fichas em uma única empresa ou setor, você espalha seu dinheiro por diferentes negócios e áreas da economia.
Dessa forma, se um setor enfrentar um período complicado, como uma crise inesperada ou uma mudança no mercado, você não corre o risco de perder tudo de uma vez só. Pronto para entender mais a fundo como essa estratégia pode blindar suas finanças?
Leia mais: Carteira diversificada: o que é e como montar uma?
O que é diversificação de investimentos?
A diversificação de investimentos é, simplificando de forma básica, uma maneira inteligente de proteger seu dinheiro das turbulências do mercado. Ela é uma espécie de anteparo contra as quedas, minimizando o impacto de qualquer baixa.
Como isso acontece na prática? É simples: em vez de apostar todas as suas fichas em uma única empresa ou setor, você espalha seu dinheiro por diferentes negócios e áreas da economia. E não para por aí! É bastante interessante que esses investimentos estejam atrelados a diferentes indexadores, como o CDI, o Ibovespa ou a Selic, por exemplo. Assim, você garante que um único fator não desequilibre toda a sua carteira.
Esse jeito de investir serve tanto para quem prefere renda fixa quanto para quem escolhe a renda variável. Claro, a forma como você vai diversificar depende muito do seu perfil de investidor, afinal, cada um tem um apetite diferente para o risco, não é mesmo?
Quer ver exemplos de grandes nomes do investimento? Então, veja o caso de Benjamin Graham e Warren Buffett, está bom para vocês? Eles são defensores desse tipo de investimento, a diversificação. Ou seja, quando você distribui sua grana em diferentes ativos, você não só protege o próprio patrimônio, mas também aumenta suas chances de ter um retorno financeiro mais consistente e, o que é ainda melhor, constante ao longo do tempo.
Ficou mais claro agora como a diversificação pode ser sua aliada no mundo dos investimentos?
Para que serve a diversificação de investimentos?
Diversificar é um jeito esperto de diminuir os riscos e buscar um crescimento mais seguro e constante para o seu dinheiro. Assim, sua jornada no mundo dos investimentos fica menos cheia de altos e baixos e muito mais equilibrada.
O que você ganha ao diversificar? Vamos fazer uma síntese:
- Diminui o impacto de perdas, pois outros investimentos podem compensar.
- Garante mais proteção contra mudanças inesperadas no mercado.
- Aumenta as chances de retornos mais estáveis com o tempo.
- Abre espaço para aproveitar oportunidades em vários lugares.
Aprenda também: Diversificação e pulverização: qual a diferença?
Quais são os tipos de diversificação de investimentos?
Existem alguns tipos de diversificação de investimentos, como por exemplo:
1) Diversificação por classe de ativos
Imagine não depender só de um tipo de investimento. Aqui, você espalha seu dinheiro entre várias categorias, como a segurança da renda fixa, o potencial da renda variável, o rendimento dos fundos imobiliários e as oportunidades lá fora, no exterior. O pulo do gato? Cada uma reage de um jeito quando o mercado se mexe, ajudando a equilibrar seu portfólio como um todo.
2) Diversificação setorial
Já pensou em não apostar todas as fichas num único setor? É disso que se trata: você aplica seu dinheiro em empresas de áreas diferentes, como tecnologia, saúde, energia ou consumo. Se um setor passar por uma fase ruim, você não sente o baque tão forte, porque seu risco está espalhado.
3) Diversificação geográfica
Por que ficar preso só ao Brasil? Nessa estratégia, você distribui seus investimentos por diferentes países ou regiões do mundo. Assim, se um país enfrentar turbulência política ou econômica, seu portfólio não fica tão exposto. E de quebra, você ainda aproveita oportunidades que só o mercado global oferece.
4) Diversificação por prazo
Aqui, o segredo é pensar no tempo. Você combina investimentos que vencem em prazos diferentes – alguns de curto prazo (mais ágeis), outros de médio e longo prazo. Isso te dá flexibilidade: recursos disponíveis quando você precisar, e menos preocupação com as oscilações do mercado no dia a dia.
5) Diversificação por moeda
Se o sobe e desce do câmbio te preocupa, essa é uma boa saída. Você investe parte do seu dinheiro em ativos atrelados a outras moedas, como dólar, euro ou até mesmo mantendo parte em real. Assim, se uma moeda desvalorizar, as outras podem ajudar a proteger seu patrimônio, além de abrir portas no exterior.
6) Diversificação por estilo de gestão
Nem todo investimento é gerido do mesmo jeito. Você pode diversificar entre fundos de gestão ativa(onde o gestor tenta “bater o mercado”) e os de gestão passiva(que simplesmente acompanham um índice, como o Ibovespa). Fazer um mix dos dois definem traz níveis de risco variados para a sua carteira.
7) Diversificação por tamanho de empresa
Grandes, médias ou pequenas? Por que escolher só uma? Investir em empresas de diferentes portes te permite surfar nas oportunidades: o potencial de crescimento acelerado das menores (pequenas caps) e a solidez e estabilidade das gigantes (grandes caps). É uma forma inteligente de equilibrar risco e retorno.
Leia também: Tipos de ativos financeiros: descubra quais são!
Benefícios e riscos da diversificação de investimentos
Benefícios
Quando você organiza bem seus investimentos, evita que todo o seu dinheiro fique à mercê de um único tipo de problema. Isso vale para riscos de setores, como comércio ou saúde, riscos de mercado, como mudanças nos juros ou no câmbio, e até riscos relacionados a índices financeiros, como o IPCA. E não para por aí: diversificar também significa pensar nos prazos dos seus investimentos, onde eles estão localizados e outros detalhes importantes.
Uma frase antiga, mas que explica tudo direitinho, é: “Não coloque todos os seus ovos na mesma cesta”. Grandes investidores, como o Warren Buffett e o Benjamin Graham, vivem repetindo isso. Eles sabem que dividir o dinheiro em diferentes lugares ajuda a proteger suas economias dos altos e baixos que são normais no mercado.
Riscos
Essa estratégia de não colocar todos os ovos na mesma cesta não é só bom-senso, ela já foi provada pela história. Mesmo quando as coisas apertam, alguns tipos de investimento se comportam de maneiras diferentes. Enquanto alguns caem, outros podem até subir ou simplesmente ficar parados.
Suponha que uma grande empresa de alimentos é flagrada por uma fiscalização por não seguir as normas de higiene. É quase certo que o mercado vai entender que as vendas dessa empresa vão despencar, e o valor de suas ações também.
Isso é algo bem difícil de prever, mas o interessante é que não afeta a maioria das outras empresas no mercado. Na verdade, para algumas concorrentes dessa empresa, pode até ser bom, já que elas podem acabar vendendo mais.
A isso chamamos de risco específico, ou seja, um risco que pode ser minimizado pela diversificação. Se você tivesse investido só nas ações daquela empresa de alimentos, a perda seria bem maior do que se tivesse uma carteira com ações de várias outras empresas.
Claro que o contrário também pode acontecer. Algo muito bom que afete só uma empresa pode fazer com que as ações dela subam, enquanto as outras ficam na mesma. Nesse caso, quem tinha só aquela ação vai ganhar mais. Mas, para isso, a pessoa assumiu um risco bem maior, o que nos mostra que risco e retorno andam sempre de mãos dadas.
Entenda: Saiba como funciona o mercado de ações e a bolsa de valores
Como diversificar os investimentos?
Diversificar bem é como montar um quebra-cabeça financeiro: cada peça no lugar certo faz toda diferença. Não existe fórmula mágica, mas alguns passos ajudam a construir uma carteira mais segura e inteligente:
1) Comece pelos seus sonhos
Pergunte a si mesmo: pra que você está investindo? Aposentadoria? Casa própria? Faculdade dos filhos? Definir objetivos claros é o primeiro passo pra escolher onde colocar seu dinheiro.
2) Conheça seu perfil
Quanto risco você consegue encarar sem perder o sono? Se você é mais cauteloso, talvez prefira títulos e imóveis. Se tem estômago forte, pode incluir mais ações e commodities. O segredo é ser honesto com você mesmo.
3) Misture os ativos
Não ponha tudo no mesmo balaio. Combine renda fixa, ações, fundos imobiliários e até moedas estrangeiras. Essa variedade dá equilíbrio: quando um cai, outro pode segurar a barra.
4) Acompanhe com calma
De tempos em tempos, dê uma olhada na sua carteira. Mercados mudam, sua vida também. Pequenos ajustes mantêm tudo alinhado com seus planos, sem neuras, só revisões periódicas.
5) Pense no longo jogo
Diversificação não é “feito, acabou”. É um processo contínuo. Conforme seus objetivos evoluem (ou o mercado dá piruetas), você reavalia, troca peças, adapta a estratégia.
6) Use atalhos inteligentes
Fundos de investimento (como ETFs ou multimercados) são bons aliados. Eles entregam diversificação instantânea – você compra uma cesta de ativos de uma vez, com gestão profissional.
7) Peça ajuda se precisar
Se achar complexo, um consultor financeiro pode ser um bom investimento. Ele ajuda a montar sua estratégia, ajustar rotas e evitar armadilhas, como um GPS pro seu dinheiro.
Leia também: Investimentos alternativos, o que são? 11 opções para diversificar
Qual a importância de diversificar os investimentos?
É imporante por que diversificar é como não colocar todos os seus ovos na mesma cesta, como diz o antigo ditado. E por quê? Porque o mercado financeiro é imprevisível, vive numa montanha-russa de altas e baixas. Se você concentra tudo num único lugar, um tombo do mercado pode derrubar seu patrimônio de uma vez.
O grande lance da diversificação é que ele dilui os riscos. Quando você espalha seus investimentos, uma queda num setor ou ativo pode ser compensada pela estabilidade (ou até alta) de outros. Isso significa que seu portfólio fica menos vulnerável a sustos do mercado.
O resultado? Seu dinheiro sofre menos com as oscilações bruscas. E se você precisar resgatar parte dos investimentos num momento desfavorável, não corre o risco de sacar tudo no pior momento possível. É a forma mais inteligente de proteger seu patrimônio enquanto busca seus objetivos.
Veja também: Agora que você conhece os conceitos relacionados à aplicação da diversificação de investimentos, veja o vídeo de Raul Sena e confira exemplos práticos de aplicação em diferentes ativos:
E aí, gostou de conhecer sobre a diversificação de investimentos? Então, na hora de escolher quais ativos irão diversificar sua carteira de investimentos, faça uma Análise Fundamentalista, o que é? Conceitos, cálculos e como aplicar
Fontes: Bora Investir, Santander, Tesouro Direto, Warren, Toro e Black Rock.