Diferenças entre fusão, aquisição e joint venture

Entenda as diferenças entre fusão, aquisição e joint venture e descubra qual estratégia é ideal para expandir e fortalecer o seu negócio.

30 de setembro de 2025 - por Millena Santos


Quando falamos em estratégias de crescimento empresarial, três caminhos surgem: fusão, aquisição e joint venture. Cada uma dessas modalidades oferece possibilidades para expandir mercados, fortalecer a competitividade e impulsionar resultados.

Mas afinal, qual delas faz mais sentido para o seu negócio? Neste texto, a gente fala um pouco mais sobre cada uma delas. Vem com a gente!

O que é fusão?

A fusão é um processo em que duas ou mais empresas decidem se unir para formar uma nova organização.

Aqui, pode ocorrer por diferentes motivações: ampliar o mercado de atuação, reduzir custos, ganhar competitividade ou até mesmo diversificar produtos e serviços. É como quando duas forças se unem para criar algo maior e mais forte do que eram separadamente.

Esse tipo de estratégia é muito comum no mundo dos negócios, e existem diferentes formas de fusão. São elas:

  • Horizontais
  • Verticais
  • Congenéricas
  • Conglomeração
  • Fusão de extensão de produto
  • Extensão de mercado

Como funciona fusão?

Quando duas empresas decidem se unir, o processo não acontece de forma repentina. Ele começa com conversas, em que as partes envolvidas definem os objetivos da fusão, pode ser crescer no mercado, conquistar novas tecnologias, reduzir custos ou até mesmo eliminar concorrentes.

Depois dessa etapa inicial, entram as negociações formais. Nelas, são discutidos pontos como a participação de cada empresa na nova estrutura, responsabilidades, forma de gestão e até questões relacionadas a funcionários e clientes.

Além disso, para que a fusão seja válida, é preciso cumprir uma série de exigências legais e regulatórias.

Isso envolve aprovações de órgãos governamentais, auditorias financeiras e análises jurídicas que asseguram que o processo seja transparente e não prejudique o mercado ou os consumidores.

Mas afinal, por que empresas decidem passar por tudo isso? As motivações são diversas:

  • Ganhar eficiência: ao unir forças, é possível reduzir custos, otimizar processos e aproveitar melhor os recursos.
  • Ampliar o alcance de mercado: juntas, as empresas podem atuar em novas regiões ou atender a um público maior.
  • Acessar novos ativos e tecnologias: a fusão pode ser uma porta de entrada para conhecimentos, patentes ou equipamentos que seriam difíceis de conquistar sozinhas.
  • Fortalecer a competitividade: somar forças pode tornar a empresa resultante mais preparada para enfrentar concorrentes e mudanças no setor.

O que é aquisição?

A aquisição acontece quando uma empresa compra outra e passa a ter o controle total ou parcial sobre ela.

Diferente da fusão, em que duas organizações se unem para formar uma nova, aqui existe uma relação de domínio: a empresa compradora incorpora a adquirida, que pode continuar existindo como marca ou ser totalmente absorvida pela nova gestão.

Como funciona aquisição?

O processo de aquisição começa quando uma empresa identifica oportunidades que podem ajudá-la a alcançar determinados objetivos, seja expandir sua presença em um mercado, obter novas tecnologias, reduzir concorrência ou fortalecer sua posição no setor.

Após essa decisão, a empresa compradora inicia as negociações, que envolvem análise financeira, avaliação dos ativos e passivos, além de verificar se a operação é viável do ponto de vista legal e regulatório.

Uma vez concluída a aquisição, a empresa comprada pode seguir diferentes caminhos:

  • Manter sua própria marca e gestão: em muitos casos, a companhia adquirida continua operando de forma independente, mas sob o controle da nova proprietária. Isso acontece, por exemplo, quando a marca já tem força no mercado e reconhecimento do público.
  • Ser totalmente incorporada: em outras situações, a identidade da empresa adquirida desaparece, e seus recursos, produtos e funcionários passam a integrar completamente a estrutura da compradora.

O que é joint venture?

A joint venture é uma forma de parceria entre duas ou mais empresas que decidem unir forças para criar um novo negócio em conjunto.

Essa união costuma ter um objetivo muito claro, como desenvolver um produto inovador, explorar um mercado estrangeiro, dividir custos de uma operação de grande porte ou até mesmo compartilhar tecnologia e conhecimento.

Apesar de darem vida a uma nova organização, as empresas que formam esse tipo de negócio não deixam de existir individualmente. Ou seja, cada uma mantém sua identidade, suas operações e até mesmo sua autonomia em outras áreas.

A grande diferença é que, nesse novo projeto compartilhado, elas passam a atuar lado a lado, somando recursos e experiências.

Como o joint venture funciona?

O funcionamento pode variarde acordo com os objetivos e interesses envolvidos, mas, de forma geral, esse modelo costuma assumir duas modalidades principais:

  • Joint Venture Societária: quando as empresas criam, de fato, uma nova pessoa jurídica, com CNPJ próprio, patrimônio e estrutura administrativa independente. É como fundar uma “filha” das duas companhias, que passa a existir formalmente para tocar o projeto.
  • Joint Venture Contratual: aqui, não há criação de uma nova empresa. As partes firmam apenas um contrato detalhando como será a parceria, quais são os deveres de cada uma e como os resultados (lucros e riscos) serão compartilhados.

Independentemente da forma escolhida, a jornada de uma joint venture costuma seguir algumas etapas:

  1. Formação e planejamento: é o momento em que as empresas discutem quais objetivos pretendem alcançar juntas. Aqui entram questões como: qual o mercado-alvo? Que recursos cada parte vai disponibilizar (capital, tecnologia, equipe, know-how)? Quais os prazos?
  2. Estrutura legal e governança: depois de definir a ideia, é hora de dar corpo jurídico ao acordo. Isso inclui a elaboração de contratos, definição de participação acionária, regras de governança e mecanismos de tomada de decisão. Quem será responsável por cada área? Como serão resolvidos impasses? Tudo precisa estar claro para garantir segurança e transparência.
  3. Operação e gestão conjunta: É a fase em que a parceria ganha vida. As empresas passam a atuar em conjunto, administrando recursos, acompanhando metas e lidando com os desafios do dia a dia.

Quais são as diferenças entre fusão, aquisição e joint venture?

A essa altura, nenhum desses termos não são mais estranhos, né?

Na fusão, duas empresas se unem para formar uma nova organização, deixando de existir separadamente.

É como se A + B se transformassem em C, uma companhia totalmente nova, que combina forças, recursos e estratégias para ganhar mais eficiência e competitividade no mercado.

Na aquisição, uma empresa compra a outra e assume o controle de suas operações. Aqui, a compradora continua existindo como antes, mas agora passa a comandar também a adquirida.

Ou seja, A adquire B, e apenas A permanece no controle, aproveitando clientes, tecnologia ou mercado da empresa comprada.

a joint venture é mais flexível: trata-se de uma parceria em que duas ou mais empresas se unem para realizar um projeto em comum, mas sem abrir mão da própria independência.

Nesse caso, A e B continuam existindo separadamente, mas criam juntas uma terceira iniciativa ou firmam um contrato para trabalhar lado a lado em determinado objetivo.

Portanto, a principal diferença entre essas estratégias está no nível de integração.

Fusão, aquisição e joint venture: qual escolher?

A escolha entre fusão, aquisição ou joint venture depende do perfil da empresa, dos objetivos e do quanto se deseja integrar operações.

Também é importante considerar os recursos disponíveis e o nível de risco que cada modelo envolve, já que cada um deles traz vantagens e desafios diferentes.

A fusão é mais indicada quando o objetivo é criar uma nova empresa, unindo completamente duas organizações em termos de gestão, operação e identidade.

A aquisição, por outro lado, é a melhor alternativa para quem deseja assumir o controle de outra companhia, seja incorporando sua marca, seja apenas aproveitando sua estrutura e mercado.

Já a joint venture é ideal quando se busca uma parceria mais flexível, geralmente voltada para projetos ou metas específicas.

Nesse formato, as empresas compartilham investimentos, riscos e conhecimento, mas continuam operando de forma independente em suas demais atividades

Ou seja, tudo vai depender do perfil da empresa e também dos objetivos.

Fonte: 3Capital, M&A, b3, DealRoom.

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