IPCA-15 tem maior alta desde 1995 com percentual de 1,20%

26 de outubro de 2021, por Pedro Martoly

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Subiu para 1,20% o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) nesse mês referente a setembro, que teve um registro, também de aumento, de 1,14% na base mensal.

Por isso, foi o maior avanço desde 1995 no mês de outubro. Sendo assim, a maior alteração mensal foi em fevereiro de 2016. A informação foi revelada hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Só nesse ano o IPCA-15 já soma um crescimento de 8,30%. Já nos últimos 12 meses teve um avanço de 10,34%. Ou seja, já supera o mesmo período anterior que teve uma alta 10,05%. O mês de outubro no ano passado teve uma elevação de 0,94%.

Superou as expectativas

Segundo especialistas do mercado financeiro, o número superou as expectativas. A previsão feita pela Refinitiv era de um aumento de 0,97% para esse mês em relação a setembro. Já a confronto anual teria um aumento de 10,09%.

Energia Elétrica

A eletricidade foi o principal elemento de elevação com 3,91% dentro do grupo de Habitação que teve um crescimento de 1,87%.

O avanço acontece, na maioria das vezes, devido a bandeira tarifária. Portanto, teve destaque por conta da Escassez Hídrica. Por isso, a conta de energia elétrica veio com uma alta de R$14,20 por cada 100 quilowatt gasto. Sendo assim, é bandeira tarifária mais cara entre todas as outras.

O crescimento do percentual começou a acontecer dentro da primeira quinzena de setembro na bandeira Escassez Hídrica e também na bandeira vermelha patamar 2, que teve início na segunda quinzena de agosto.

Gás de Cozinha

Um outro setor que também teve um crescimento significante dentro da Habitação foi o gás de cozinha. A alta foi de 3,80%. Dessa forma, os valores por botijão subiu pelo 17º mês seguido. Com isso, já soma só nesse ano uma elevação de 31,65%.

Transportes

IPCA-15 tem maior alta desde 1995 com percentual de 1,20%

As passagens áreas receberam os créditos de serem as maiores com o percentual de 34,35%. Teve aumento em todos os lugares do Brasil sendo a maior de todas em Recife com 47,52%. Em contrapartida, a menor de todos os lugares foi Goiânia com 11,56%.

Além disso, os combustíveis se elevaram em 2,03%. A gasolina, por exemplo, cresceu 1,85% e nos últimos 12 meses já soma um total de 40,44%. Os outros combustíveis também registraram alta:

  • Etanol: 3,20%
  • Gás Veicular 0,36%
  • Óleo Diesel: 2,89%

Ademais, transportes foi o setor que teve maior alteração com 2,06%. Com aumento também em automóveis novos com alta de 1,64%. Já os seminovos com 1,56% e as motos com 1,27%. Outros subitens que registraram avanço também foi o pneu com 1,71% e 31,03% nos últimos 12 meses. O óleo lubrificante subiu 1,36% e 19,19% em outubro do ano passado até esse mês.

O ônibus intermunicipal teve variação de 0,16% por conta dos reajustes entre 11% e 13% no preço das passagens em Fortaleza no último mês com 8,25%.

Alimentos

O setor de alimentos e bebidos teve um aumento de 1,38%. As frutas também cresceram 6,41%. Os principais destaques foram:

  • Batata-inglesa: 8,57%
  • Café moído: 4,34%
  • Frango inteiro: 4,20%
  • Frango em pedaço: 5,11%
  • Queijo: 3,94%
  • Tomate: 23,15%

Contudo, houve também baixa no preço de alguns alimentos após diversos meses consecutivos de alta como, por exemplo:

  • Arroz: -1,06%
  • Carnes: -0,31%
  • Cebola: -2,72%

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