23 de junho de 2022 - por Ricardo Cassiano
A semana passada foi um verdadeiro teste pra cardíaco na Bolsa de Valores. A chamada “super quarta”, data em que são divulgadas as novas taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos, deixou muita gente de cabelo em pé.
O banco central norte americano (FED) surpreendeu o mundo, ao anunciar aumento de 0,75 ponto percentual nos juros, por lá, o que não se via desde 1994. Foi mais uma tentativa dos ianques de conter a inflação, que já soma 8,6% nos últimos 12 meses. Simplesmente, o maior patamar em 40 anos.
Taxa Selic em 13,25 ao ano
Aqui no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, também deu mais uma guinada na Selic. Com aumento de 0,5 ponto percentual, a taxa básica de juros atingiu incríveis 13,25% ao ano.
A modus operandi segue a mesma cartilha: continuar subindo os juros para desestimular o consumo e frear a inflação. Hoje, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), principal índice que mede a alta de preços, no Brasil, está em 11,73% ao ano.
Enquanto isso, a China continua promovendo mini lockdowns para conter o avanço do coronavirus e a guerra na Ucrânia segue sem trégua.
Desfragmentação na zona do euro
Para piorar o cenário já tenso, o Banco Central Europeu convocou reunião de emergência, também na quarta-feira, para tratar da política de juros.
Isso porque, além da inflação recorde na zona do euro, existe o risco da chamada fragmentação entre os países que adotam a moeda.
O fenômeno econômico acontece quando há uma disparidade muito grande no custo de empréstimos, via títulos públicos, entre os países mais ricos e os mais pobres do grupo.
Na prática, o que está acontecendo é que os juros dos títulos públicos estão subindo muito em alguns países, como a Itália, que já está oferecendo taxa de 4% ao ano.
Já a Suiça decidiu subir os juros, pela primeira vez em 15 anos.
Tudo isso acaba endividando demais a zona do euro, que já está muito alavancada, e pode se tornar um problemão lá na frente.
Como remédio, o Banco Central Europeu disse que já está desenvolvendo um criar um mecanismo para combater a fragmentação. A medida anti-inflação (aumento da taxa básica de juros), no entanto, ficou para o mês que vem.
Bitcoin derretendo
Como se não bastasse esse amplo leque de notícias negativas, o bitcoin resolveu piorar tudo e, simplesmente, desabou na semana passada. E isso fez com que várias corretoras chegassem ao ponto de bloquear os saques mundo afora.
A moeda amargou 24% de queda, em apenas 5 dias, e quase 40% entre os dias 6 e 18 de junho. Como de costume, o mergulho acabou puxando, pra baixo, todo o mercado de criptoativos.
É o fim dos tempos? O que fazer?
Diante de todo esse cenário de temor e incerteza, surgem as perguntas inevitáveis. Estamos diante de um precipício? Como ficam meus investimentos? É hora de correr pra renda fixa?
Para sanar estas e outras dúvidas, o especialista em investimentos e influenciador Raul Sena fez uma live, no formato perguntas e respostas, no canal Investidor Sardinha.
O investidor recomendou serenidade para enfrentar este momento delicado da economia e, principalmente, coragem para aproveitar as melhores oportunidades.
Confira a íntegra da live, abaixo, e aprenda a se preparar para o que pode ser o melhor momento de entrada nas bolsa do Brasil e dos Estados Unidos.
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