4 de junho de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)

A crescente influência da China sobre o Brasil levanta uma série de questionamentos importantes, ao mesmo tempo, em que oferece oportunidades. No entanto, essa aproximação acende alertas, tanto no campo econômico quanto no político. Mas o quanto a China está influenciando o Brasil? Existem três motivos para se preocupar com a influência chinesa no Brasil e também três razões pelas quais ela pode ser positiva. Vamos entender melhor sobre!
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1. O risco da desindustrialização acelerada
Um dos principais motivos de preocupação com a presença crescente da China, é o risco de uma desindustrialização ainda mais acelerada.
O Brasil já enfrenta sérias dificuldades nesse setor. Com a entrada massiva de produtos chineses no mercado brasileiro, essa realidade tende a se agravar. Afinal, a China é capaz de oferecer mercadorias industrializadas a preços muito competitivos, algo que a indústria brasileira não consegue acompanhar.
Além disso, potências como a China não têm interesse em ver o Brasil se tornar um concorrente industrial forte. Como resultado, seguimos ocupando o papel de fornecedor de matéria-prima e meros consumidores A consequência direta? Menos empregos qualificados, menor desenvolvimento tecnológico e maior dependência externa.
2. A dependência econômica das exportações
A China é o principal destino das exportações brasileiras. Isso cria uma relação de dependência perigosa. Isso porque, se a China reduzir a demanda, nossa economia sofreria impactos imediatos e severos.
Esse tipo de relação econômica é instável e pouco benéfica. Se nos tornarmos excessivamente dependentes de um único comprador, ficamos vulneráveis.
E isso pode acarretar quedas nos preços das commodities brasileiras, pressionando nossa balança comercial e enfraquecendo nossa economia.
3. A influência política e a ameaça à soberania
Além das questões econômicas, a influência chinesa também pode se manifestar de forma preocupante no campo político e institucional.
A China opera sob um regime autoritário, com forte centralização de poder, controle estatal sobre a informação e censura de temas considerados sensíveis.
Ao estreitar laços com um parceiro comercial com esse perfil, o Brasil pode ser pressionado a adotar posturas semelhantes ou, ao menos, se calar diante de práticas incompatíveis com os valores ocidentais e democráticos.
Há ainda a crescente presença da China em organismos multilaterais, como a ONU, a OMC e especialmente o BRICS. Com mais poder de influência nessas instituições, a China tende a moldar alianças e diretrizes conforme seus próprios interesses, o que pode limitar a soberania e autonomia do Brasil no longo prazo.
3 possíveis benefícios dessa relação
Apesar dos pesares, a aproximação com a China também traz vantagens concretas e não podemos ignorá-las.
1. Investimentos em infraestrutura estratégica
A China tem investido em áreas críticas do Brasil, como ferrovias, portos e geração de energia. Esses aportes ajudam a suprir deficiências históricas que temos aqui e podem impulsionar a competitividade do setor produtivo.
Ainda que esses investimentos venham com interesses próprios, eles também podem gerar benefícios estruturais duradouros.
2. Acesso a produtos mais baratos
A indústria chinesa oferece produtos com alta escala e preços acessíveis. Isso pode ajudar a baratear o custo de vida dos brasileiros e ampliar o acesso a bens de consumo e tecnologia.
3. Alternativa ao domínio ocidental
Durante décadas, o Brasil esteve sob forte influência dos EUA. A aproximação com a China oferece uma diversificação de parcerias internacionais, algo positivo em um mundo cada vez mais multipolar.
Por isso, ampliar o leque de aliados pode nos proporcionar mais margem de manobra nas negociações diplomáticas e comerciais.
Independente de qualquer coisa, é muito importante que os brasileiros saibam tirar proveito dessa situação! Quer entender como lucrar com tudo isso? Então, assista ao vídeo completo!
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