A verdade não contada sobre dinheiro: como construir riqueza do nada

Você já parou para pensar que grande parte do dinheiro que circula no mundo não é exatamente “real”? Na verdade, boa parte dele é inventada e isso acontece todos os dias no mercado financeiro. Parece improvável, mas este é o mesmo mecanismo usado por bilionários e grandes empresas para multiplicar patrimônio, sem necessariamente colocar dinheiro vivo na mesa.

E hoje, vou te ensinar como você pode inventar dinheiro!

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A base de tudo: ter um negócio lucrativo

Para entender como dinheiro é criado, precisamos começar do começo: você precisa ter uma empresa. Não existe criação de patrimônio no mercado financeiro, sem um negócio que gere lucro ou que, pelo menos, consiga contar uma boa história sobre o que poderá gerar no futuro.

Imagine uma padaria fictícia, a Pada 3, ela lucra R$ 1 milhão por ano, mas longe de ser algo extraordinário. Para isso, essa empresa investiu cerca de R$ 2 milhões em maquinário e estrutura.

Nesse ponto, estamos falando de lucro real, não de faturamento. Uma empresa que fatura R$ 1 milhão não lucra R$ 1 milhão, muito pelo contrário. Mas no nosso exemplo simplificado, a padaria tem um bom resultado.

Enfim, o dono decide que quer profissionalizar e vai para o mercado captar dinheiro. Essa não é a realidade que se aplica ao mundo real, não com esse faturamento. Estou apenas simplificando as coisas, para facilitar a compreensão.

O próximo passo: quanto vale essa empresa?

Aqui entra o famoso valuation, a estimativa de quanto uma empresa vale no mercado.

O valuation leva em conta fatores como:

• fluxo de caixa
• projeção de lucro
• ativos
• setor
• potencial de crescimento
• narrativa

Sim, a história que você conta sobre o futuro da empresa importa muito. Em algumas rodadas de investimentos, uma apresentação bem feita, pode valer milhões.

No nosso exemplo, o dono da PadaTrês cria uma narrativa ousada: tecnologia, diferenciação, promessa de expansão. Isso eleva o valuation estimado da empresa para R$ 5 milhões.

A magia do IPO

O momento em que o dinheiro é criado de verdade é quando a empresa abre capital na bolsa de valores, o famoso IPO (Oferta Pública Inicial).

Nesse processo, a empresa decide vender apenas uma parte do negócio, 25%. Ou seja, a Pada 3 emite 5 milhões de ações a R$ 1 cada. Isso confirma o valuation de R$ 5 milhões e assim o dono vende 25% da empresa, levantando R$ 1,25 milhão.

Até aqui tudo normal. Mas é no dia seguinte ao IPO que a mágica começa.

Free Float

Imagine que um investidor pequeno, o João, comprou apenas 100 ações no IPO, gastando R$ 100. No dia seguinte, ele decide vender essas ações por R$ 2 cada.

Um investidor que não conseguiu participar do IPO aceita a oferta e compra. Uma única negociação, de apenas R$ 200, muda toda a precificação do mercado.

A partir desse momento:

• Se uma ação foi vendida a R$ 2, todas as ações passam a valer R$ 2.
• O valuation da Pada 3 dobra instantaneamente de R$ 5 milhões para R$ 10 milhões.

E o que isso significa? O dono da empresa que antes tinha cerca de 3,75 milhões de ações, agora vê seu patrimônio multiplicar para R$ 7,5 milhões, mesmo sem vender nada.

Com uma transação de R$ 200, a empresa “criou” milhões em valor de mercado. E agora vem a questão, esse dinheiro de fato existe?

Sim e não. O patrimônio criado é real, enquanto houver alguém disposto a pagar esse preço pela ação.

Mas, ao mesmo tempo, ele é um número baseado em negociações pontuais, não significa que exista, de fato, R$ 50 milhões “guardados” em algum lugar. E é basicamente assim, que você pode inventar dinheiro!

E esse é o mesmo mecanismo utilizado por Elon Musk, Jeff Bezos, Bill Gates e Mark Zuckerberg. Todo o patrimônio deles é calculado exatamente dessa forma.

Quer entender melhor todo esse processo de criação de dinheiro? Então, assista ao vídeo em que explico detalhadamente sobre!

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