Bolsa brasileira em QUEDA LIVRE em 2024! O que está acontecendo?

Entenda o que está acontecendo para a bolsa brasileira estar em queda livre nos últimos meses e como isso impacta o investidor! Leia mais.

4 de junho de 2024 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)


A bolsa de valores brasileira está em queda livre, e isso tem gerado muita preocupação entre os investidores. O índice Bovespa, que reflete o desempenho das ações mais negociadas na B3, atingiu a mínima desde novembro de 2023, marcando 123.456 pontos, e segue caindo.

Mas o que está por trás dessa queda e como isso impacta a vida do pequeno investidor? Neste artigo vamos conversar sobre as razões reais por trás dessa queda e possíveis maneiras de lidar com essa situação.

Ibovespa em Queda

Neste momento, o Ibovespa apresenta uma queda de 7,29%. Para se ter uma ideia, se essa porcentagem representasse a perda do seu dinheiro na conta bancária, certamente você sentiria o impacto com força.

Desde o início do ano, o índice já perdeu 9.667 pontos. Essa perda não é um evento isolado. Diversos fatores contribuem para a queda do Ibovespa. Entre eles, se destaca a desvalorização das commodities, especialmente o minério de ferro, que tem caído continuamente.

A Vale do Rio Doce, uma das maiores empresas de mineração do mundo e uma das principais componentes do índice, recentemente sofreu uma queda de 1,11% no preço do minério, o que balançou a Ibovespa de forma significativa.

Além disso, a pressão sobre outras grandes empresas como Petrobras e os bancões também pesa no desempenho do índice.

Como funciona o Ibovespa?

O Ibovespa é um índice que reflete o desempenho de uma carteira teórica de ações, formada pelos ativos mais negociados na B3.

Ele é um indicador importante, mas não exatamente o melhor para os investidores de longo prazo, apesar de ser para os traders. Isso porque ele é ajustado frequentemente, com volumes de ações entrando e saindo da carteira.

Por exemplo, a Vale sozinha representa 13% do índice. Assim, quando a companhia desvaloriza, o Ibovespa sente o baque.

Cenário externo afeta o Brasil

O mercado financeiro brasileiro é fortemente influenciado pelo cenário internacional. Recentemente, vimos quedas nos principais índices americanos, como Dow Jones e S&P 500, devido ao aumento da aversão ao risco e preocupações com as políticas monetárias do Federal Reserve, como o corte da taxa de juros.

E é claro que quando esses mercados caem, o Brasil acaba seguindo pelo mesmo caminho, refletindo a instabilidade global.

Déficit público e risco fiscal

O déficit público brasileiro tem aumentado, gerando preocupações sobre a sustentabilidade fiscal do país. Em abril, o déficit nominal chegou a R$ 69,638 bilhões, com um acumulado no ano de R$ 224,45 bilhões, representando 6,04% do PIB. Em 12 meses esse déficit chegou a R$ 1 trilhão, ou 9,41% do PIB.

Esses números indicam uma situação fiscal complicada, que afeta a confiança dos investidores e pressiona o mercado de ações.

Incertezas derrubam a Bolsa de Valores

O mercado financeiro não gosta de incertezas. No Brasil, temos visto mudanças frequentes nas políticas econômicas e fiscais, além de um cenário político conturbado.

A troca de comando no Banco Central, com a possível entrada de Galípolo, também gera algumas incertezas, já que essa mudança vai acelerar o corte da taxa de juros para aquecer a economia, mas por outro lado terá o governo efetuando ainda mais gastos com programas federais.

Todas essas variáveis geram um ambiente de receio e desconfiança, fazendo com que investidores busquem alternativas mais seguras, como a renda fixa.

Neste meu vídeo eu mostro em detalhes como está o cenário para quem investe na Bolsa:

Onde investir durante uma crise?

Durante períodos de crise, quando a bolsa brasileira em queda, a tendência é buscar investimentos mais seguros. A renda fixa, por exemplo, é uma opção que se torna mais atraente graças à sua capacidade de ser previsível.

Mas esse acaba sendo um dos maiores erros que os investidores menores cometem, já que, pelo menos no Brasil, é nos momentos de crise que surgem as maiores oportunidades.

Isso porque em tempos de maiores incertezas, aquelas empresas mais sólidas, com lucros consistentes há mais de dez anos e Tag ALong de 100%, passam a custar um pouco menos para quem deseja investir, sem perderem a capacidade de se manterem no mercado, resistindo às turbulências do mesmo.

Pequeno investidor: o que fazer agora?

Para o pequeno investidor, a dica é manter a calma e não tomar decisões no calor do momento e nem dar ouvidos para quem não tem ideia do que está falando.

Se você realiza aportes mensais e ainda não chegou no patamar dos grandes players do mercado, esse é o seu momento de brilhar.

Durante as crises, você consegue adquirir ações a preços mais atraentes, e as chances de incrementar a sua carteira aumentam.

Quem já é rico precisa tomar cuidado para não sangrar as contas e se blindar melhor, mas para o pequeno investidor, a crise é um terreno fértil para cultivar seus futuros rendimentos.

Se você estiver procurando ajuda para aprender a aproveitar as oportunidades, faça sua análise de perfil na AUVP, nossa escola de investimentos e aprenda a investir no Brasil e no mundo inteiro e a gerenciar melhor sua carteira e seu patrimônio.

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Agora que você já sabe o que fazer com a bolsa brasileira em queda, não deixe de ler After market: o que é e como funciona esse período?

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