20 de novembro de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)
Muita gente ouve falar sobre CDB, mas poucas pessoas realmente entendem como ele funciona. E é exatamente por isso que tantos brasileiros deixam de aproveitar boas oportunidades de investimento. Conhecimento muda completamente a forma como você usa um produto financeiro e o CDB é um ótimo exemplo disso.
CDB significa Certificado de Depósito Bancário. Na prática, ele é um título emitido por um banco para captar dinheiro. Ou seja, em vez de você tomar crédito do banco, você empresta dinheiro pra ele. O banco usa esse capital para realizar operações, como financiamentos, crédito pessoal, cartão de crédito, etc.
Existem três categorias principais:
- Pré-fixado
- Pós-fixado
- Indexado à Inflação (IPCA + taxa prefixada)
Veja mais: Como encontrar bons CDBs no mercado?
Tipos de rendimento do CDB
CDB Prefixado
A taxa de juros é definida no momento da aplicação. A principal vantagem é que você sabe exatamente quanto vai receber. A desvantagem é que se a Selic subir muito, você pode perder oportunidades melhores.
Esse tipo de CDB é ideal quando as taxas de juros do país estão altas, pois você trava um bom rendimento por anos.
2. CDB Pós-fixado (indexado ao CDI/Selic)
Esse é o CDB mais comum. E ao contrário do primeiro, ao invés de exibir uma taxa pronta, o banco oferece algo como: 102% ou 105% do CDI.
Essa taxa varia, porque o CDI muda todos os dias. Ele acompanha a Selic e serve como base para diversos investimentos.
E esse tipo de CDB é indicado quando a taxa Selic está subindo ou com tendência de alta. Assim, você acompanha o movimento da economia, sem travar sua rentabilidade.
3. CDB Indexado à Inflação (IPCA + taxa prefixada)
Esse é o famoso “IPCA + X%”. E ele garante a inflação do período, mais uma taxa fixa. Ou seja, protege o seu poder de compra ao longo dos anos.
Esse CDB é ideal para objetivos de médio e longo prazo, principalmente quando a inflação está alta ou instável.
CDB é seguro?
Sim, CDB é um dos investimentos mais seguros do país. Ele conta com proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre: até R$ 250 mil por instituição, com limite de R$ 1 milhão a cada 4 anos por CPF. Isso vale não só para CDBs, mas também para: LCI, LCA e contas poupança.
Ou seja, o CDB tem o mesmo nível de proteção da poupança, mas com potencial de rendimento muito maior.
Como escolher um CDB na prática?
1. Compare o rendimento com o Tesouro Selic
Antes de aplicar em CDB, compare com o Tesouro Selic. Se o CDB rende menos que o Tesouro Selic, então é melhor optar pelo tesouro. Afinal, o tesouro é mais seguro que qualquer banco, porque você está emprestando dinheiro diretamente para a União.
Se rende mais, o CDB já se torna uma opção interessante.
2. Cuidado com CDBs promocionais
CDBs oferecendo 200% do CDI quase sempre vêm com:
- Limite baixo (ex: até R$ 5 mil)
- Regras escondidas
- Rendimento reduzido acima do limite
- IOF muito alto para resgates rápidos
Esses produtos servem para atrair novos clientes, não para ser a base da sua carteira.
3. Avalie a liquidez
Tesouro Selic costuma ser melhor para quem pode precisar do dinheiro a qualquer momento. CDBs de liquidez diária podem compensar, mas nem sempre oferecem vantagem suficiente.
4. Diversifique vencimentos
Evite colocar todo seu dinheiro em um único CDB com vencimento longo. Monte uma escada de vencimentos (curto, médio e longo prazo), para aproveitar oportunidades quando a taxa de juros mudar.
5. Atenção ao limite do FGC
Nunca ultrapasse R$ 250 mil por instituição e por emissor, incluindo os rendimentos futuros. Mesmo que você invista R$ 200 mil, ao longo do tempo, pode ultrapassar esse limite.
Nos bancos grandes, esse risco é muito menor, mas para bancos pequenos, essa regra é essencial.
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