1 de julho de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)

Hoje nós vamos falar sobre ouro, ouro como reserva de valor, que vários países armazenam e usam como reserva de valor, de fato. Enquanto o mundo está em crise, o gráfico do ouro não para de crescer. Enquanto bolsas de valores desabam, a inflação dispara e ativos financeiros se tornam arriscados, o ouro frequentemente se destaca como um porto seguro. Isso porque ele não depende da confiança em governos ou instituições financeiras.
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Por que o ouro é seguro?
O ouro é um ativo real. Diferente de uma moeda fiduciária, de títulos do governo ou do saldo na sua conta bancária, ele não é uma promessa de pagamento, ele simplesmente existe. Além disso, é escasso, amplamente aceito e não está sujeito às regras ou legislações de nenhum país específico.
Se um governo entra em conflito, congela ativos ou quebra financeiramente, o ouro permanece com valor. E o melhor: você não precisa de autorização de nenhum órgão para usá-lo ou transferi-lo.
A melhor reserva de valor
Desde o Egito Antigo até os dias de hoje, o ouro é valorizado por diferentes civilizações, mesmo as que nunca tiveram contato entre si. Povos como incas, maias, egípcios, hindus e diversas culturas antigas sempre atribuíram valor ao ouro. Ele está presente em tumbas, adornos, ferramentas e, mais recentemente, em microchips e aparelhos eletrônicos.
Ou seja, além de ter um valor simbólico milenar, o ouro também tem aplicações práticas na indústria moderna, o que reforça sua demanda.
Por isso, nos últimos anos, bancos centrais de diversos países (como EUA, China, Índia e Turquia) têm acelerado suas compras de ouro. Os EUA, por exemplo, mantêm mais de 8 mil toneladas em reservas.
Essa movimentação indica uma preparação para possíveis falhas sistêmicas. Afinal, se o dólar ou outro sistema monetário for contestado, o ouro continua valendo.
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O melhor investimento para lucrar na crise
Você não precisa ser um bilionário ou um paranoico guardando ouro dentro da parede. Mas considerar uma pequena alocação em ouro pode ser inteligente. Ele funciona como uma peça defensiva na carteira, especialmente útil nos momentos em que outros ativos não estão performando bem.
Se você tem um patrimônio mais modesto, como R$ 100 mil, alocar 10% disso em ouro pode não fazer muito sentido. Afinal, o maior risco sistêmico que você enfrenta nesse estágio não é uma guerra ou colapso financeiro global, é o baixo acúmulo de patrimônio.
Colocar R$ 10 mil em ouro talvez não vá te proteger de nada significativo. Mesmo que o ouro se valorize 100% em uma crise (o que é raro e improvável no curto prazo), o impacto prático disso na sua vida continua limitado.
O ouro começa a fazer sentido como reserva estratégica para famílias com patrimônios mais robustos, acima de R$ 2 milhões, por exemplo. Nesses casos, uma alocação de 5% (cerca de R$ 100 mil) pode funcionar como reserva de emergência, liquidez rápida e amortecedor de carteira.
E as joias? Servem como reserva?
Apesar da herança cultural de associar joias à proteção patrimonial, economicamente elas não são um bom investimento. O valor da joia inclui design, mão de obra, marca e não o peso do ouro em si. Você paga 4, 5 ou até 10 vezes mais do que o metal vale.
Se a ideia for proteção real, compre barras pequenas, de pureza conhecida, com procedência. E então, guarde com discrição, em local seguro. Algumas pessoas escondem em casa, outras preferem cofres externos ou contratos em bancos e corretoras.
Enfim, se você quer entender melhor sobre ouro e como investir no ativo, assista ao vídeo completo!
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