23 de junho de 2021 - por Jaíne Jehniffer
O bônus de subscrição é um título negociável que as empresas de capital aberto oferecem aos seus acionistas. Na prática, o bônus de subscrição dá ao acionista a preferência na compra de novas ações emitidas pela companhia.
Desse modo, caso a empresa decida emitir novas ações no mercado, seus acionistas podem aproveitar a preferência para adquirir novas ações da empresa, no prazo e preços definidos por ela.
Como se trata de um direito, o investidor pode ou não exercê-lo. Sendo assim, o acionista pode comprar ações, pode optar por negociar os títulos na bolsa de valores ou pode ainda ignorar o bônus de subscrição e deixar o bônus perder a validade.
O que é bônus de subscrição?
O bônus de subscrição são títulos que as empresas listadas na bolsa de valores podem emitir. Eles dão aos seus titulares, de acordo com as condições previamente estabelecidas, o direito de subscrever ações do capital social da empresa, no limite de capital autorizado no estatuto da companhia.
Em outras palavras, o bônus de subscrição possibilita que o acionista da empresa compre em primeira mão as ações adicionais que a empresa irá colocar à venda. Subscrever significa o direito que o investidor possui de comprar as ações.
É importante notar que a emissão de bônus de subscrição tem um limite de emissão que é o capital a subscrever, que consiste no limite de aumento do capital social autorizado pelo estatuto. Enfim, as condições da compra são definidas com prazos e preços estabelecidos previamente.
Como funciona?
O bônus de subscrição funciona como uma maneira das empresas privilegiarem seus acionistas na compra de novas ações em uma oferta subsequente.
Em outras palavras, se a companhia opta por lançar mais ações no mercado, os investidores que já faziam parte da empresa têm o direito de comprar os ativos antes do restante do mercado.
Portanto, o bônus de subscrição funciona como uma forma dos acionistas comprarem em primeira mão as ações que a empresa irá colocar à venda. O bônus de subscrição é tido como uma vantagem futura para os acionistas em potencial da companhia e melhora a avaliação do mercado em relação à ação.
A assembleia geral de acionistas é quem decide se haverá a oferta desses títulos. Contudo, o estatuto da empresa pode estabelecer que o responsável por isso será o conselho de administração. Nessa situação, existe a exigência de respeito ao limite do capital.
Emissão
Depois de definir a emissão dos bônus, é preciso anunciar essa decisão ao mercado. É importante divulgar informações como:
- Preço de exercício: É o valor de compra das ações. Esse valor é estabelecido na data da emissão e não pode ser mudado.
- Data de vigência dos títulos: É o período que o acionista possui para exercer o direito ao bônus de subscrição.
- Último dia para negociação: É o prazo limite para a negociação dos títulos no mercado. Dessa forma, depois dessa data o bônus perde totalmente o seu valor.
Um detalhe importante é que mesmo depois de iniciado, a companhia ainda pode cancelar a qualquer momento, a validade dos bônus de subscrição. Enfim, depois que o acionista receber o bônus de subscrição, ele pode optar por fazer três coisas:
- Vender os títulos: Como o bônus de subscrição é um título negociável, o investidor pode vender os títulos no mercado secundário. Ou seja, o investidor pode negociar os bônus de subscrição assim como as ações normais disponíveis na bolsa.
- Exercer o direito de subscrição: Nessa opção o investidor compra as ações da companhia pelo preço e dentro do prazo estabelecido.
- Não fazer nada: Por fim, o acionista pode optar por não fazer nada e deixar os títulos perderem o valor.
Diferença entre bônus de subscrição e direito de subscrição
Os conceitos de bônus de subscrição e direito de subscrição podem ser facilmente confundidos, já que ambos são parecidos. Em síntese, o direito de subscrição é a obrigatoriedade que uma empresa possui de oferecer novas ações aos seus acionistas de forma proporcional à atual participação deles.
Sendo assim, esse direito serve para garantir que os acionistas terão a possibilidade de manter a sua participação no capital da empresa, já que a emissão de novas ações no mercado iria diminuir sua participação.
Como se trata de um direito, o investidor pode optar por adquirir as ações e manter sua participação ou então ignorar o direito e ver sua participação ser reduzida com o aumento do volume de ações disponíveis no mercado.
Por outro lado, a própria empresa define o bônus de subscrição, como uma maneira de privilegiar seus próprios acionistas.
Objetivo e vantagens dos bônus de subscrição
O objetivo principal do bônus de subscrição, é beneficiar os investidores que possuem ações da empresa, através da oferta de novas ações de maneira especial para esses acionistas.
Isso é um benefício, pois o acionista pode comprar as ações antes mesmo da oferta pública para o restante do mercado. Em contrapartida, a empresa se beneficia com essa prática, pois o mercado passa a avaliar melhor a ação e a organização.
Além disso, os bônus de subscrição são vantajosos também para que a empresa consiga captar recursos com a nova emissão de ações.
Já para o investidor, o bônus de subscrição é vantajoso, pois permite que ele adquira novas ações em primeira mão. Em outras palavras, os investidores podem negociar os títulos no mercado secundário e obter lucros.
Fontes: Suno, Mais retorno, Direção concursos e Fiis.