Subscrição: o que é, como funciona e vale a pena?

Subscrição de ações é o processo pelo qual os investidores podem comprar ações novas emitidas por uma empresa. Entenda como funciona!

28 de setembro de 2020 - por Sidemar Castro


A subscrição é um direito dos acionistas quando a empresa opta por emitir novas ações. Esse direito possibilita que o investidor consiga manter a sua posição como acionista em relação à porcentagem de participação de uma empresa.

Portanto, caso a companhia emita novas ações, quem já era sócio tem prioridade na compra que, por vezes, pode sair mais em conta do que o preço de mercado. Dessa maneira, com a subscrição, o acionista não vê a sua participação ser diluída.

Contudo, existem regras relativas aos preços e prazos que a empresa disponibiliza para que esse direito seja usufruído. Inclusive, é considerada a negociação na bolsa de valores da subscrição e ao pagamento de dividendos pelas novas ações emitidas pela empresa. Saiba mais!

O que é subscrição de ações?

A subscrição de ações é um processo pelo qual uma empresa emite novas ações para captar recursos. Esse processo oferece aos acionistas atuais o direito de comprar essas novas ações antes que elas sejam disponibilizadas ao público em geral.

Quando uma empresa decide aumentar seu capital, ela emite novas ações. Os acionistas existentes têm o direito de preferência para comprar essas ações, proporcionalmente à quantidade que já possuem.

Esse direito é importante porque permite que os acionistas mantenham sua participação na empresa. Sem a subscrição, a emissão de novas ações poderia diluir a porcentagem de participação dos acionistas atuais.

Normalmente, as ações são oferecidas a um preço mais baixo do que o valor de mercado. Isso incentiva os acionistas a exercerem seu direito de subscrição.

Os acionistas não são obrigados a comprar as novas ações. Eles podem optar por não exercer o direito de subscrição ou até mesmo vender esse direito no mercado.

Em resumo, a subscrição de ações é uma maneira de as empresas levantarem capital, ao mesmo tempo em que oferecem aos acionistas a oportunidade de manter sua participação e, potencialmente, adquirir ações a um preço vantajoso.

Como funciona a subscrição?

Quando uma empresa realiza a sua IPO na bolsa de valores brasileira, ela faz isso como uma forma de conseguir fundos para investir, normalmente, em sua expansão e crescimento.

Contudo, depois dessa venda inicial de ações, não entra de fato mais dinheiro para a empresa, já que as ações passam a ser negociadas entre investidores.

Dessa maneira, quando a empresa precisa novamente de verba extra, ela pode seguir alguns caminhos. Um deles é através das debêntures, em que, basicamente, a empresa pega dinheiro emprestado com os investidores e devolve com juros.

A empresa pode, também, pegar um empréstimo tradicional com os bancos, mas isso sai caro, pois estamos falando de juros de bancos.

Por fim, outra alternativa é emitir novas ações. Entretanto, quem já possuía uma porcentagem de participação da empresa passaria a ter essa porcentagem diluída com as novas ações.

Ou seja, a sua participação diminuiria. Uma forma encontrada para que a empresa emita novas ações, mas os antigos sócios não fiquem prejudicados, foi através da subscrição.

Portanto, com novas ações no mercado, o investidor tem preferência na sua compra e manutenção de sua posição como acionista. Por vezes, essas ações ainda saem por um preço mais vantajoso do que o de mercado.

A subscrição de ações vale a pena?

Depende. A subscrição é vantajosa para os acionistas que desejam manter sua porcentagem de participação como acionista. Desse modo, ele consegue manter a sua posição e as ações ainda saem mais baratas.

Outra vantagem é em relação aos juros compostos. Ao aumentar sua participação acionária, o potencial de retorno financeiro aumenta.Contudo, caso o investidor note que a empresa não tem uma boa perspectiva futura, talvez não seja vantajoso investir ainda mais nessa empresa.

Portanto, antes de aderir ao direito da subscrição, vale a pena analisar detidamente a empresa e o que os especialistas pensam sobre o assunto.

Outra questão a se considerar em relação a subscrição, é que nem todas elas pagam dividendos. Os dividendos são uma parte do lucro da empresa dividida com os acionistas.

Por fim, ao emitir novas ações, a empresa pode estabelecer se essas ações terão direito a dividendos ou se terão apenas parte do valor.

O que é o direito de subscrição?

direito de subscrição é um mecanismo que permite aos acionistas de uma empresa adquirir novas ações emitidas durante um aumento de capital, garantindo a manutenção de sua participação proporcional na companhia. Quando uma empresa decide aumentar seu capital social, ela pode emitir novas ações.

O direito de subscrição assegura que os acionistas existentes tenham a preferência para comprar essas novas ações na mesma proporção de suas participações atuais. Por exemplo, se um investidor possui 1.000 ações e a empresa emite 30% a mais de ações, esse investidor terá o direito de subscrever 300 novas ações.

Como funciona o direito de subscrição?

O processo funciona através de uma notificação. A empresa informa os acionistas sobre a emissão das novas ações, incluindo detalhes como quantidade, preço e prazo para exercer o direito de subscrição.

Os acionistas podem optar por comprar as novas ações ou não. Caso decidam não exercer o direito, ele se extingue após o prazo estabelecido.

Se alguns acionistas não exercerem seu direito, as ações não compradas ficam disponíveis para outros investidores. Assim, os que já manifestaram interesse podem adquirir mais ações do que inicialmente permitido.

Processo de subscrição

Quando a empresa opta por emitir novas ações, várias informações são enviadas por e-mail aos acionistas. Essas informações são referentes a quantidade de novas ações que estarão disponíveis e os preços para a sua subscrição.

Além disso, é possível verificar quantas ações o acionista terá direito para manter a atual posição como acionista e a data limite para aderir a subscrição. Portanto, o acionista tem o direito de manter sua atual posição como acionista, porém, ele não é obrigado a isso.

Enfim, as informações que serão enviadas aos acionistas quando a empresa optar por emitir novas ações serão:

  • A data em que a companhia vai emitir novas ações;
  • A porcentagem que o acionista tem direito na subscrição;
  • Os preços das novas ações;
  • A data máxima para o acionista aderir ao direito.

Desse modo, o acionista não é obrigado aderir à subscrição e comprar novas ações. Ou seja, se até a data estipulada ele não aderir, a empresa considera que ele não teve interesse em participar.

Algumas empresas também permitem que o acionista que não quer usar o seu direito à subscrição o negocie na bolsa de valores, contudo não são todas que permitem isso.

E o que é o bônus de subscrição?

O bônus de subscrição é um título emitido por empresas de capital aberto que dá aos acionistas o direito de comprar novas ações da empresa a um preço pré-determinado. Esse bônus é uma forma de incentivar os acionistas a investirem mais na empresa.

Para entender melhor, suponha que uma empresa decide emitir novas ações para captar recursos. Os acionistas existentes têm a preferência na compra dessas ações, garantindo que possam manter sua participação proporcional na empresa. Esse direito é oferecido através do bônus de subscrição.

Como funciona o bônus de subscrição?

Ele funciona oferecendo aos acionistas o direito de comprar ações adicionais da empresa a um preço fixo, dentro de um prazo determinado. Isso significa que, ao receber esse bônus, o acionista tem a opção de aumentar sua participação na companhia antes que as novas ações sejam oferecidas ao público em geral.

A empresa decide emitir bônus de subscrição, que são aprovados em assembleia geral. Essa decisão inclui detalhes como o preço das novas ações e o período em que os bônus podem ser exercidos.

Após receber os bônus, o acionista pode exercer o direito de comprar as novas ações pelo preço fixado.

Ele também pode vender os bônus e negociá-los no mercado secundário, transferindo seu direito a outros investidores. Ou pode escolher não fazer nada e deixar os bônus expirarem, caso não tenha interesse em adquirir mais ações.

Diferença entre bônus e direito de subscrição

Embora esses termos sejam muito confundidos, os bônus de subscrição e o direito de subscrição têm diferenças importantes.

O direito de subscrição é uma obrigação da empresa de oferecer novas ações aos acionistas na mesma proporção de suas participações atuais. Já o bônus de subscrição é uma opção adicional, onde a empresa decide se irá ou não emitir esses títulos para seus investidores.

Fontes: Suno, Nubank, Modal Mais, Pag Bank

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