27 de agosto de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)

Assunto bombástico no Brasil! O Caito da Chilli Beans disse que não vai mais negociar em dólar. De acordo com ele, as compras de importação para a empresa serão feitas diretamente em yuan. Será o fim do dólar? Esse movimento não é único e exclusivo de Caito, várias empresas tem feito esse mesmo movimento.
Nos últimos anos, temos acompanhado um movimento silencioso, mas muito significativo, no comércio internacional que é a substituição gradual do dólar pelo yuan (moeda chinesa) em transações comerciais.
Esse fenômeno ganhou força especialmente após a guerra da Ucrânia, quando os EUA aplicaram sanções econômicas à Rússia. Muitos países e empresas passaram a temer a dependência do dólar e buscaram alternativas, com destaque para o yuan.
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O peso do dólar no comércio mundial
O dólar continua sendo a moeda dominante, mas sua força vem diminuindo. Cerca de 54% do comércio mundial ainda é feito em dólar. No mercado financeiro global, o domínio americano é maior, já que quase todas as operações internacionais passam pelos Estados Unidos.
Nas reservas internacionais, o dólar caiu de 70% (anos 2000) para 58% hoje. Muitos países aumentaram suas reservas em ouro e, em menor escala, em yuan.
Em contrapartida, o yuan já representa 24% das exportações e importações da China. Ocupa ainda 7% do mercado de câmbio mundial, tornando-se a quinta moeda mais negociada. E está cada vez mais presente em operações de financiamento do comércio internacional, alcançando quase 6%, próximo ao euro.
Esse avanço ainda enfrenta barreiras. Principalmente a desconfiança por conta do governo chinês e o controle político sobre a economia. Mas o movimento é claro, o yuan está conquistando espaço.
EUA x China
O Brasil estava no lugar perfeito para não fazer nada. Afinal, nosso maior parceiro comercial é a China e o segundo é os EUA. Ou seja, isso nos coloca no centro da disputa entre as duas maiores potências do mundo e nós caímos na provocação e eu acho que não deveríamos ter feito isso.
Em vez de apenas assistir à disputa, o Brasil poderia usar sua força como fornecedor global de alimentos e matérias-primas para negociar contrapartidas. Assim como fazem EUA, Europa e a própria China. No entanto, a neutralidade é o que mais poderia nos trazer vantagens.
Enquanto a geopolítica se desenrola, o mercado já está dando sinais:
- O Ibovespa segue em alta.
- O real tem se valorizado, mesmo sem grandes avanços na política fiscal.
- O EWZ (ETF da bolsa brasileira em dólar) cresceu 25% em 2025, contra apenas 9,6% do S&P 500.
Grande oportunidade
Isso mostra que o mercado internacional já enxerga o Brasil como uma oportunidade. Para investidores, as opções vão desde aproveitar o dólar em queda até diversificar em ETFs globais.
Ou seja, se soubermos negociar, poderemos transformar a condição de “país do futuro” em realidade no presente. Mas, para isso, precisamos de estabilidade política, visão estratégica e coragem para exigir contrapartidas.
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