Análise on-chain: saiba o que é e como funciona

23 de novembro de 2022, por Jaíne Jehniffer

Tempo de leitura médio: 3 min, 22 seg


A análise on-chain é uma forma de identificar e estudar os dados on-chair fornecidos por redes de blockchain.

As redes de blockchain, por sua vez, são responsáveis pelos armazenamento de dados, que ao serem analisados, podem proporcionar uma visão ampla e precisa do mercado de criptoativos.

Em resumo, a análise on-chain analisa dados como: tokens e moedas transferidos, valores e taxas das criptomoedas, data e hora das movimentações e etc.

Sendo que os dados analisados são públicos. Ou seja, qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo pode acessar essas informações.

Vale notar que a análise técnica é diferente da análise on-chain. Isso porque, a análise técnica foca apenas nas altas e baixas das moedas digitais.

Por outro lado, a análise on-chain leva em conta vários outros dados. Sendo assim, a análise on-chain é muito mais focada em fundamentalismo que em valores propriamente ditos.

Indicadores mais importantes para a análise on-chain

A análise on-chain pode proporcionar uma visão ampla sobre o mercado de criptoativos. Desse modo, ela ajuda a separar a especulação da real demanda por moedas.

Enfim, para analisar os dados na on-chain, é preciso usar indicadores específicos. Alguns dos principais são:

1- RHODL ratio

RHODL Ratio faz a análise da relação entre a banda RHODL de 1 semana versus a banda RHODL de 1-2 anos.

Em resumo, ele consegue identificar com uma grande precisão a alta do preço de cada um dos macrociclos anteriores do Bitcoin.

Sendo que, quando essa taxa fica alta, quer dizer que existem muitos hodlers de curto prazo e que o mercado está sobreaquecido ou sobrecomprado.

Portanto, isso quer dizer que muitos hodlers são recentes e que talvez começaram a comprar por causa da empolgação com a subida de preços.

Logo, não existe garantias de que eles vão continuar com as moedas a longo prazo.

SOPR (spent output profit ratio)

O indicador de análise on-chain SOPR aponta quando os investidores estão vendendo suas moedas com lucros ou perdas.

Dessa forma, ele é um bom indicador para verificar como está o sentimento do mercado. Por exemplo, se muitos investidores estiverem vendendo com perda, quer dizer que eles estão assustados.

Sendo que, muitas vezes, as pessoas vendem os ativos com prejuízos quando ouvem alguma notícia ruim sobre o mercado de criptos.

Portanto, este é um bom indicador pois analisa se a capitalização dos investidores faz sentido ou é apenas medo.

3- MVRv-z

Por fim, outro indicador de on-chain interessante é o MVRv-z, que compara a capitalização de mercado atual com o valor realizado.

Em outras palavras, ele compara a capitalização com o quanto as pessoas realizaram lucros.

Sendo assim, esse indicador aponta quando cada moeda se moveu pela última vez. Com base nisso, uma média é traçada, a partir do preço naquele dia.

Dessa maneira, quando o valor de mercado está acima do valor em que os investidores mais realizaram lucros, é porque o preço está sobreaquecido.

Por outro lado, quando ele está muito baixo, significa que o preço está sobrevendido, isto é, está barato.

Limitações da análise on-chain

A análise on-chain tem algumas limitações. Isso porque, com mais camadas 2 se integrando ao protocolo, a tendência é que a análise seja afetada.

Isso porque a Lightning Network (LN) é um protocolo de pagamento de “camada 2” adicionado ao blockchain do Bitcoin que permite transações fora da cadeia.

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Fontes: Xpi, Cointimes e Novadax.