RPA: o que é, para que serve, como funciona e como emitir?

Neste texto, vamos explorar em detalhes o RPA, seus benefícios e o passo a passo para a sua emissão. Continue lendo para entender melhor!

14 de outubro de 2024 - por Nathalia Lourenço


No mundo do trabalho autônomo e das contratações temporárias, o Recibo de Pagamento Autônomo (RPA) desempenha um papel fundamental.

Este documento é uma ferramenta essencial para aqueles que prestam serviços de forma independente, garantindo que tanto prestadores quanto contratantes estejam em conformidade com a legislação tributária.

Neste texto, vamos explorar em detalhes o RPA, seus benefícios e o passo a passo para a sua emissão. Continue lendo para entender melhor esse importante aspecto da prestação de serviços autônomos.

O que é o RPA?

Os profissionais autônomos, como freelancers e consultores, usam o Recibo de Pagamento Autônomo (RPA) para receber pagamentos de empresas. Esse documento prova que eles prestaram um serviço e que o pagamento foi feito. O RPA também permite que a empresa retenha impostos, como INSS e IRRF.

O recibo deve incluir os dados do prestador e do contratante, a descrição do serviço, o valor e o período de trabalho. Os autônomos e as empresas devem usar o RPA para formalizar acordos em contratações temporárias. Assim, ambos ficam cientes de suas obrigações fiscais.

Para que serve o RPA?

O Recibo de Pagamento Autônomo (RPA) serve para formalizar o pagamento por serviços prestados por profissionais autônomos a empresas. Ele, por sua vez, desempenha várias funções importantes:

  • Comprova a prestação de serviços: Assim, ele serve como prova de que o trabalho foi realizado.
  • Facilita a retenção de impostos: Além disso, permite que a empresa retenha impostos, como INSS e IRRF.
  • Formaliza acordos: Dessa forma, estabelece um registro legal das contratações temporárias ou esporádicas.
  • Garante direitos fiscais: Por fim, ajuda o profissional a ter os devidos registros para pagamento de impostos.

Portanto, o RPA é essencial tanto para o prestador de serviços quanto para a empresa contratante.

Quais são os documentos necessário para emitir o RPA?

As informações básicas para preencher o Recibo de Pagamento Autônomo (RPA) podem ser obtidas a partir dos documentos de identificação do contratante e do prestador de serviços. Além disso, é importante incluir o número de inscrição no INSS para o prestador, se houver.

Para o Prestador de Serviço (Pessoa Física):

  • Nome completo
  • CPF
  • Endereço completo
  • Número de telefone
  • E-mail
  • Inscrição no INSS (se houver)

Para o Contratante (Pessoa Física ou Jurídica):

Dados Pessoais (Pessoa Física):

  • Nome completo
  • CPF
  • Endereço completo
  • Número de telefone
  • E-mail

Dados da Empresa (Pessoa Jurídica):

  • Razão social
  • CNPJ
  • Endereço completo
  • Número de telefone
  • E-mail

Dessa forma, todos os dados necessários para a elaboração do RPA estarão devidamente organizados. Assim, o processo de preenchimento se torna mais claro e eficiente.

Como emitir o RPA?

Para emitir um Recibo de Pagamento Autônomo (RPA), siga os passos abaixo:

  • Reúna as informações necessárias: Primeiramente, colete os dados do prestador e do contratante, como nome, CPF, endereço, telefone e e-mail. No caso do prestador, não se esqueça de incluir a inscrição no INSS, se houver.
  • Use um modelo de RPA: Em seguida, você pode encontrar modelos de RPA online ou criar um documento próprio. O recibo deve conter os seguintes elementos:
    • Identificação do prestador (nome, CPF, endereço)
    • Identificação do contratante (nome ou razão social, CPF ou CNPJ, endereço)
    • Descrição dos serviços prestados
    • Valor a ser pago
    • Data da prestação de serviços
    • Retenção de impostos, se aplicável
  • Preencha o recibo: Depois, insira todas as informações coletadas nos campos apropriados do modelo.
  • Assine o RPA: Em seguida, tanto o prestador quanto o contratante devem assinar o recibo para validar o documento.
  • Faça uma cópia: Após isso, guarde uma cópia do RPA para seus registros e entregue uma cópia ao contratante.
  • Registre o pagamento: Por fim, anote a data e o valor do pagamento para controle financeiro.

Dessa forma, você conseguirá emitir o RPA de forma correta e organizada, facilitando o processo para ambas as partes.

Quais são impostos sobre o RPA?

Na emissão do Recibo de Pagamento Autônomo (RPA), é fundamental considerar os impostos que devem ser recolhidos:

  • INSS (Instituto Nacional do Seguro Social):
    • Primeiramente, há uma contribuição de 11% sobre a remuneração mensal.
    • Esse imposto garante direitos previdenciários, incluindo aposentadoria.
  • IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte):
    • Em seguida, temos um desconto variável que segue uma tabela anual, podendo chegar a 27,5%.
    • O cálculo é feito somando os valores recebidos no mês, uma vez que não há teto para esse imposto no RPA.
  • ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza):
    • Além disso, trata-se de um imposto municipal com alíquota que varia entre 2% e 5%.
    • As regras específicas são definidas pela prefeitura local.
    • Se o profissional tiver um cadastro municipal, o ISS pode ser recolhido anualmente, isentando-o de outra retenção no recibo.

Ao calcular o RPA, é essencial considerar o valor de cada alíquota para determinar a base de cálculo e o valor final.

Por fim, é importante observar que certos profissionais, como caminhoneiros autônomos que realizam transporte rodoviário, podem ter que pagar impostos adicionais. Nesse caso, tributos como o TAC (Transportadores Autônomos de Cargas) devem ser incluídos no cálculo.

Quem pode emitir o RPA?

Vários profissionais podem emitir o Recibo de Pagamento Autônomo (RPA). Para isso, eles precisam estar registrados e autorizados a trabalhar. Isso inclui, por exemplo, médicos, advogados, engenheiros, arquitetos, contadores, consultores, escritores, artistas e técnicos.

Além disso, esses profissionais usam o RPA para formalizar os pagamentos que recebem pelos seus serviços.

No entanto, é importante seguir as regras fiscais e trabalhistas. Isso significa que é necessário recolher os impostos e contribuições previdenciárias corretamente.

Por fim, alguns profissionais podem também optar por se tornar Microempreendedores Individuais (MEI), desde que sua atividade seja permitida pela lei. Essa opção pode trazer benefícios em termos de formalização e impostos.

Quais são as vantagens do RPA?

O Recibo de Pagamento Autônomo (RPA) oferece muitas vantagens para profissionais autônomos e empresas no Brasil. Primeiro, ele permite contratações temporárias, o que é bom para empresas que não querem vínculos permanentes.

Além disso, o RPA facilita o pagamento e a documentação, pois não é necessário fazer contratos de trabalho complicados. Assim, empresas e autônomos conseguem evitar burocracias e demoras.

Para os profissionais autônomos, o RPA é uma maneira legal de formalizar os serviços prestados. Além disso, ele dá acesso a benefícios, como aposentadoria e auxílio-doença, desde que os impostos sejam pagos corretamente.

Por outro lado, para as empresas, o RPA reduz encargos trabalhistas, pois não é preciso pagar FGTS ou 13º salário. Isso, portanto, ajuda na tomada de decisões e garante a continuidade dos serviços. Em resumo, o RPA cria uma relação mais independente entre a empresa e o prestador, economizando tempo e tornando o processo mais seguro para todos.

Fontes: contabilizei, contaazul, omie, docusign, exame e totvs

DMPL: o que é, para que serve e como fazer?

Guidance: o que é, para que serve e qual a importância?

SFH: o que é e como funciona o sistema financeiro de habitação?

SFI: o que é e como funciona o sistema financeiro imobiliário?