23 de dezembro de 2025 - por Sidemar Castro
Austeridade financeira é quando o governo aperta os cintos para controlar a grana que deve. Basicamente, ele corta gastos (tipo, menos dinheiro para saúde, educação, etc.) ou aumenta impostos, ou os dois.
O objetivo é simples: fazer as contas fecharem e mostrar que o país não está à beira do abismo financeiro. Muita gente critica essa medida porque ela pode prejudicar a vida das pessoas, principalmente em momentos já difíceis.
Neste texto, vamos direto ao ponto para explicar como isso funciona e por que alguns acham importante.
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O que é austeridade?
Austeridade, em economia, é quando o governo segura a grana ao máximo. Sabe quando o governo gasta mais do que recebe e fica cheio de dívidas?
Então, a solução geralmente é apertar os cintos: cortar gastos, investir menos, diminuir benefícios, talvez até congelar o salário do pessoal e aumentar impostos pra balancear as coisas.
A ideia é deixar o país arrumado: diminuir a dívida, fazer os investidores e bancos confiarem de novo e evitar que a situação piore.
Só que isso pode pesar pro lado do povo, com cortes em serviços importantes como saúde e escola, desigualdade aumentando, a economia dando uma travada e quem mais precisa se prejudicando.
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Objetivos da austeridade
A austeridade acontece quando o governo está gastando mais dinheiro do que arrecada e precisa dar um jeito nas contas.
Para resolver isso, o governo aperta os cintos: corta gastos, diminui o que investe, segura os salários e às vezes até aumenta os impostos.
Assim, o governo mostra que está sendo responsável com o dinheiro, o que ajuda a ter a confiança de quem empresta dinheiro e dos mercados. Isso pode fazer com que, no futuro, seja mais fácil conseguir empréstimos com juros menores e prazos melhores.
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Como funciona a austeridade?
Entendendo a austeridade de um jeito mais simples, é como decidir entre arrumar as finanças e o que isso causa pras pessoas. Quando o governo corta gastos, a população sente na pele.
Quando a grana pública diminui, coisas importantes como hospitais e escolas sofrem. Isso pesa, principalmente, para quem mais precisa.
E tem mais: se cortar demais, a economia pode piorar. O governo gasta menos, o dinheiro some do mercado, as pessoas compram menos, as empresas não investem e, no fim, o governo pode até arrecadar menos impostos.
É complicado. Quem defende a austeridade acha que é o único jeito de evitar dívidas gigantes e manter a confiança no país. Eles comparam o governo a uma casa: não pode gastar mais do que ganha.
Mas quem critica diz que é uma escolha política que prejudica a maioria para beneficiar quem tem dinheiro. E que, quando a coisa piora, o governo devia gastar mais para ajudar a economia a se mexer.
No fim das contas, a austeridade até pode parecer uma forma de controlar o dinheiro do governo, mas o que ela causa na sociedade é pura discussão.
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Formas de austeridade
Geralmente, a austeridade aperta os cintos do governo, cortando gastos ou turbinando a arrecadação. Ou seja, acontece um corte na saúde, educação, estradas, ou até nos auxílios sociais do governo.
Às vezes, a solução é baixar o salário do pessoal do governo ou segurar os aumentos, tanto deles quanto de quem recebe benefícios. E, claro, sempre tem a opção de aumentar os impostos para encher os cofres.
Mas tem umas medidas mais pesadas, como amarrar o orçamento por um longo tempo, botando um teto nos gastos futuros. Aí não dá para investir e o governo não consegue aumentar os serviços que oferece.
Em certas situações, o lance é diminuir o tamanho do governo na economia, com menos regras, menos grana gasta em programas sociais e menos dedo do governo em tudo.
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Exemplos nacionais e internacionais de austeridade
A austeridade costuma ser comparada a um remédio amargo que governos tomam em tempos de crise. A lógica parece simples: gastar menos do que se arrecada para recuperar a confiança e estabilizar a economia. Mas, quando colocada em prática, essa estratégia costuma gerar efeitos complexos e profundos na vida das pessoas.
A Grécia talvez seja o exemplo mais marcante. Depois da crise de 2009, o país só conseguiu novos empréstimos da União Europeia e do FMI ao aceitar um pacote rígido de austeridade. Isso significou cortes pesados em salários e aposentadorias, aumento de impostos e queda brusca no investimento público. A recessão se aprofundou, o desemprego explodiu e o impacto social foi enorme.
O Reino Unido seguiu caminho parecido após a crise financeira global. A partir de 2010, adotou cortes prolongados em áreas essenciais, como saúde, educação e assistência social. A promessa era de que o esforço fiscal abriria espaço para crescimento, mas muitos especialistas avaliam que essas reduções deixaram o país menos preparado para enfrentar desafios posteriores, incluindo a pandemia.
A Alemanha do pós-Primeira Guerra também aparece como um exemplo histórico. As duras exigências do Tratado de Versalhes, com reparações e medidas severas de austeridade, ajudaram a criar um ambiente de instabilidade econômica e política que, mais tarde, contribuiu para a ascensão do nazismo.
No Brasil, a austeridade ganhou força a partir de 2015, durante a recessão. A Emenda Constitucional 95 congelou por duas décadas os gastos primários federais, afetando áreas como saúde e educação. A reforma da Previdência, em 2019, caminhou na mesma direção ao endurecer regras e tentar conter o avanço das despesas públicas no longo prazo.
A Argentina, por sua vez, vive repetidos ciclos de ajuste ligados a negociações com o FMI. Os pacotes incluem cortes de subsídios, redução de gastos e desvalorização da moeda. Esses movimentos costumam gerar reações imediatas da população, que sente o aumento das tarifas e a queda do poder de compra, mostrando o constante choque entre exigências externas e o bem-estar interno.
O que os especialistas dizem sobre a austeridade?
Quando o pessoal que entende do assunto fala de grana curta, não é só papo de número. É sobre escolhas que afetam a vida da gente.
Alguns dizem que segurar os gastos públicos é importante para o país não quebrar, mostrar que somos confiáveis e baixar os juros lá na frente. Essa é a ideia de quem curte economia mais livre e quer o governo sempre no azul.
Só que tem não concorde e diga que cortar gastos na hora errada significa: menos dinheiro em saúde, escola, aumenta o desemprego e, no fim das contas, pode sair mais caro para todo mundo.
A explicação é que o resultado da economia depende da situação: se for feito com cuidado quando tudo está dando certo e com um plano bom, pode até funcionar. Mas, se for de repente quando a coisa já está feia, geralmente piora tudo.
No fim das contas, a maioria dos estudiosos concorda que não tem uma solução mágica: a conversa é técnica, mas também política. E, sempre que der, juntar o controle dos gastos com ações que ajudem quem precisa e que façam o país crescer sem problemas.
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Importância da austeridade
A austeridade é importante porque pode ajustar as contas do governo a longo prazo, mas a opinião sobre ela muda muito, dependendo de como você olha a economia e a sociedade.
Quem defende a austeridade acha que ela é super importante para a saúde financeira de um país. Eles veem isso como a forma mais certa de usar o dinheiro do povo quando o governo gasta mais do que ganha e fica cheio de dívidas.
A principal importância da austeridade é trazer a confiança de volta. Ao mostrar que está realmente tentando cortar gastos e gastar só o que tem, o governo manda um recado forte para o mercado financeiro e para quem investe de fora.
Isso pode atrair dinheiro de outros países, diminuir os juros que o Brasil paga pelas suas dívidas e liberar dinheiro que ia para os juros para investir em outras coisas.
Basicamente, a austeridade é importante porque prepara o terreno para uma economia estável, o que é essencial para qualquer crescimento que dure, evitando crises financeiras e uma quebra geral, o que seria bem pior para todo mundo.
Fontes: Mais Retorno, Politize, Carta Capital, Significados e Suno.