Samuel Barata: a vida e a carreira do controlador da DPSP

Faleceu dia 22 de abril de 2024, aos 93 anos, Samuel Barata, controlador do Grupo DPSP.

Samuel Barata revolucionou o varejo farmacêutico ao adquirir, na década de 1970, a Drogarias Pacheco, e que sob sua gestão, se tornou a quarta maior rede do país. Em 2011, Barata fundiu sua empresa com a Drogaria São Paulo, criando a DPSP, em uma das maiores transações do setor.

Na lista de bilionários da Forbes de 2023, o empresário tinha um patrimônio de R$ 5 bilhões.

Quem foi Samuel Barata?

No dia 22 de abril de 2024, o mundo do varejo farmacêutico perdeu um de seus gigantes, Samuel Barata. Como controlador da DPSP, a segunda maior rede de farmácias do Brasil, Samuel deixou uma marca indelével no setor. Ele faleceu no Rio de Janeiro aos 93 anos, após uma longa batalha contra uma doença renal.

Samuel era uma figura discreta, sem nenhuma foto disponível na internet. Ele deixa para trás uma grande família, composta por quatro filhos, oito netos e 12 bisnetos. Seu irmão, Jacob Barata, conhecido como o “Rei dos Ônibus” do Rio, faleceu seis meses antes.

Em 1974, Samuel adquiriu a Drogaria Pacheco, que na época tinha apenas algumas lojas. Com visão e determinação, ele transformou a Pacheco em uma potência do setor. Em 2011, realizou uma das maiores transações do setor ao fundir a Pacheco com a Drogaria São Paulo, criando a DPSP.

Hoje, a DPSP possui mais de 1.530 lojas e registrou um faturamento de R$ 14,8 bilhões no ano passado, com um EBITDA de R$ 1,3 bilhão e um lucro líquido de R$ 76 milhões.

Samuel era conhecido por sua racionalidade e frieza, características que o ajudaram a se destacar no varejo farmacêutico. Entre outros, o empresário era respeitado por colegas do setor, como Eugênio de Zagottis, um dos acionistas da Raia Drogasil.

A fusão da Pacheco com a Drogaria São Paulo consolidou a posição da rede no varejo farmacêutico.

Além de seu negócio no varejo, Samuel deixa para seus herdeiros um dos maiores portfólios imobiliários do Rio de Janeiro e uma fortuna estimada pela Forbes em mais de US$ 1,4 bilhão.

Carreira de Samuel Barata

A jornada de Samuel Barata no setor farmacêutico começou em 1974, quando ele adquiriu a marca Drogarias Pacheco.

Samuel entrou no setor do varejo quase por acaso. Nos anos 70, ele era dono de uma grande distribuidora de medicamentos do Rio, a Jamyr Vasconcellos, e assumiu a Pacheco por conta de dívidas que ela tinha com sua empresa.

Na época, a empresa tinha apenas algumas lojas. Com sua visão e gestão, Barata transformou a Drogarias Pacheco na quarta maior rede de farmácias do Brasil.

Em 2011, Samuel Barata deu um passo significativo ao fundir a Drogarias Pacheco com a Drogaria São Paulo. Essa fusão resultou na criação do Grupo DPSP, que se tornou uma das maiores redes de farmácias do Brasil, e uniu Samuel com a família Carvalho, com quem ele já tinha relação comercial há mais de 30 anos.

Segundo dados da época, Samuel ficou com 51% da nova empresa e os Carvalho com 49%, porém, um acordo de acionistas deu direitos iguais às famílias por 20 anos.

Hoje, o grupo possui mais de 1.443 lojas em oito estados do Brasil e no Distrito Federal.

Samuel Barata deixou um legado impressionante no setor varejista de farmácias. Ele foi responsável por revolucionar o varejo farmacêutico. Sob sua liderança, o Grupo DPSP obteve um faturamento de R$ 13,5 bilhões.

Na lista de bilionários da Forbes de 2023, Barata ocupou a 74ª posição, com um patrimônio de R$ 5 bilhões. Sua fortuna teve origem no grupo que ele comprou em 1974 e transformou em uma grande rede farmacêutica.

Samuel Barata, que faleceu aos 93 anos no Rio de Janeiro, foi um verdadeiro visionário. Ele transformou uma pequena rede de farmácias em uma das maiores do país, deixando um impacto duradouro no setor varejista de farmácias do Brasil. Seu legado continua a inspirar muitos empresários e líderes do setor.

• Leia mais: Gostou da carreira de Samuel Barata? Então, conheça a carreira de outro empreendedor brasileiro, o CEO e fundador da Petz, Sergio Zimerman.

Fontes: Forbes Br, Brazil Journal, Forbes