7 tipos de investimento que você usa do jeito errado

Será que você escolheu seu investimento de forma adequada para a sua finalidade? Hoje vou falar de 7 ativos que são usados do jeito errado!

22 de agosto de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)


A diferença entre alguém mais experiente e um amador, é justamente isso, saber no que está investindo e com qual objetivo. Então, se esse é o seu caso, hoje vou explicar sobre alguns tipos de investimento que você provavelmente usa errado. Mas isso vai mudar hoje!

Veja também: Como começar a investir o seu dinheiro: Guia de investimento para iniciantes

1. Caixinha de investimentos

As famosas “caixinhas” que são oferecidas pelo Nubank, Mercado Pago, PicPay e outros CDBs de liquidez diária se tornaram muito populares. Elas são práticas e oferecem um rendimento atrelado ao CDI.

No entanto, o problema é que muita gente usa esse tipo de investimento da maneira errada. A caixinha deve ser utilizada para o curtíssimo prazo, como um lugar de transição do salário ou de valores que serão gastos em breve.

Se o dinheiro é retirado nos primeiros dias, a tributação pode consumir todo o rendimento. O IOF começa em 98% no primeiro dia e só é zerado após 30 dias. Ou seja, mesmo depois desse período, ainda existe a cobrança de 22,5% de Imposto de Renda sobre o lucro.

Ou seja, se você coloca o dinheiro na caixinha e resgata em poucos dias, não faz sentido. Além disso, muitas promoções de “150% do CDI” só valem para valores baixos (por exemplo, até R$ 5.000). Acima disso, o rendimento pode cair para 100% ou até menos.

Por isso, se for optar pela caixinha, invista apenas valores que ficarão parados por pelo menos 30 dias.

Onde colocar a reserva de emergência?

Outro erro comum é usar a caixinha para a reserva de emergência. À primeira vista, parece uma boa ideia, mas existem riscos importantes.

Muitos bancos digitais oferecem rentabilidade atrativa, mas têm pouca estrutura de suporte em situações críticas. Se você perde o celular, sofre um bloqueio judicial ou se o banco apresenta instabilidade, pode ter dificuldade em acessar o dinheiro justamente na hora em que mais precisa.

Por isso, meu conselho é que você divida a reserva de emergência em duas partes. Coloque metade em um banco digital que pode render mais e metade em um banco tradicional (como Caixa ou Banco do Brasil), que oferece mais segurança no saque em situações de emergência.

2. LCI e LCA

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) também são mal compreendidas. Muita gente investe nesses produtos para prazos muito longos, acreditando que o benefício da isenção do Imposto de Renda já é suficiente.

O detalhe é que, muitas vezes, a taxa oferecida para prazos longos é pior que a de outros produtos como o CDB. A verdadeira vantagem da LCI e da LCA aparece em prazos curtos, quando a comparação com investimentos tributados faz diferença.

Por isso, o ideal é que você use LCIs e LCAs para investimentos de curto prazo com taxas competitivas, e não como estratégia para longos períodos.

4. CRIs e CRAs

Muitos investidores, quando buscam uma rentabilidade mais alta, acabam olhando apenas para CDBs de bancos menores ou títulos pré-fixados no mercado secundário. O problema é que em busca de um rendimento maior, o risco também aumenta.

Nesse cenário, uma alternativa interessante pode ser investir em CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio). Esses títulos são isentos de Imposto de Renda e, em alguns casos, oferecem rentabilidades muito superiores.

Mas atenção: aqui o risco é da empresa emissora. Diferente do CDB, que conta com a proteção do FGC, nos CRIs e CRAs você depende da capacidade financeira da empresa.

Por isso, se optar por CRIs e CRAs, analise a saúde financeira da empresa emissora.

5. Ações para estratégia de médio prazo

Esse é um erro muito grave que algumas pessoas tem tomado, por medo do governo e do cenário político no geral. No entanto, ações não são investimentos de médio prazo. Isso pode te prejudicar, pois quando você precisar do dinheiro, não vai conseguir dar saída como planejou. Pois, esse não é um investimento para curto e médio prazo. Então, tomem muito cuidado com isso!

6. Consórcios (não é investimento)

Essa sexta opção não é um investimento, mas preciso falar dele aqui! Muitas pessoas ainda recorrem ao consórcio, sem compreender exatamente como ele realmente funciona.

Ao entrar em um consórcio, você paga taxas de administração que podem ultrapassar 4%; reajustes anuais que acompanham índices de inflação e parcelas crescentes que podem se tornar um peso ao longo dos anos. E tudo isso, não é informado no momento da contratação.

Por isso, meu conselho é para evitar a todo custo esse tipo de “investimento”. O único caso em que ele poderia fazer sentido é caso você pense em realizar uma aquisição de curto prazo, como carros ou bens menores, em que as parcelas reajustadas não fogem do orçamento. Apenas em cenários específicos em que os juros do financiamento seriam mais altos que o custo do consórcio.

No entanto, é importante ressaltar que o risco de longo prazo, aliado às taxas e reajustes, torna o consórcio uma escolha ruim.

7. Seguro de vida

Assim como o consórcio, o seguro de vida pode ser mal compreendido. Ele não é indicado para todos os perfis. Dito isso, vamos entender em que situação o seguro de vida é útil que é quando a pessoa tem dependentes financeiros; ou quando o patrimônio ainda não é suficiente para dar segurança à família em caso de imprevistos. O problema está nos chamados seguros de vida “perenes” ou “de vida toda”. Nesses produtos, parte do valor pago é acumulado como se fosse um investimento. O grande detalhe é que a rentabilidade costuma ser muito baixa, o que torna a estratégia ineficiente.

Por isso, em muitos casos, vale mais a pena contratar um seguro de vida tradicional ou investir separadamente em uma previdência privada ou em ativos financeiros que tem maior rentabilidade.

Quer entender melhor sobre? Então, assista ao vídeo em que explico detalhadamente sobre!

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